Antiga Pérsia, um verdadeiro tesouro da civilização

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Arte e Arquitetura  

Depois da conquista da Pérsia pelos árabes no ano 641, o Irã passou a fazer parte do mundo islâmico. A arquitetura continuou sendo a principal forma artística durante o período Islâmico e obteve no Irã enormes progressos, especialmente com relação aos edifícios religiosos.

A mesquita foi a principal tipologia arquitetônica do Irã. Entre os exemplos mais importantes da primeira fase da arquitetura islâmica do Irã, estão a mesquita de Bagdá (764), a grande mesquita de Samarra (847) e a primeira mesquita de Na’in (século X).

Depois da conquista de Bagdá pelos mongóis em 1258, renovou-se um tipo de construção mais apegada às tradições iranianas e foram erguidos vários dos melhores edifícios de toda a história da arquitetura no Irã, como a grande mesquita de Veramin (1322), e a mesquita azul de Tabriz. Outras obras importantes são o mausoléu do conquistador mongol Tamerlão e sua família em Samarcanda.

Embora grande parte da arquitetura do Irã, durante o período islâmico tenha sido destruída ao longo dos anos, devido a terremotos ou bárbaros exércitos invasores, há ainda um número de edifícios muito impressionantes para mostrar.

Diversas grandes mesquitas do período Seljuq ( 1051- 1220 AC), ainda permanecem existentes; dentre elas destaca-se a Imã Reza “Mesquita de Sexta-Feira” (Masjid-i-Jamé), localizada na cidade de Isfahan.

Nos períodos dos Timuridas ( sec. XIV ) e Safavidas ( 1501 a 1722), cúpulas e minaretes tornaram-se cada vez mais afilados e o uso de azulejos esmaltados, que era típico entre todas as modernas construções religiosas Persas, passou a ser de uso geral.

Isfahan, em particular, a capital dos Safavidas, com suas numerosas mesquitas, palácios, pontes e caravanas, representa uma joia da arquitetura iraniana deste notável período.

No Irã, há uma série de locais históricos que foram registrados pela UNESCO  como património da humanidade: jardim Fin, Tchogha Zanbil, o Palácio Apadana, Ruína do palácio Real em Pasárgada, entre outros.

Nos chegam sempre notícias e imagens negativas do Irã. Associamos o Irã a guerra, armamentos nucleares, terremotos, a uma terra de leis conservadoras e de radicais religiosos. Quando vi essas imagens, belíssimas, magníficas, meus olhos, que são a janela da alma, agradeceram e pensei: como posso esquecer que o Irã, antiga Pérsia, é uma terra de heranças históricas, uma nação multicultural que inclui vários grupos étnicos e linguísticos, com arte e arquitetura com um grau de perfeição e harmonia, que é patrimônio da humanidade que influenciou e influência o Ocidente? Por isso tive vontade de compartilhar.

A Antiga Persa é realmente um tesouro da civilização!

Mafalda Pequenino é atriz e mora no Rio

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mafalda e jns

    Excelentes fotos.

    O mundo deve muito a essas civilizações. Lamentável que o mundo ocidental tenha escondido ou minimizado a importância delas.

    1. Lamentavel esses ataques de

      Lamentavel esses ataques de petismo do Assis Ribeiro, acho q ele vive noutro mundo…..

      Nas aulas de historia do segundo grau, escola publica, aprendi a cultura grega, europeia, fenicia, americana, persa, rio Eufrates e etc..

      Acho que pelo menos um dos dois neuronios de Assis, aquele escalado para a memoria, esta avariado, precisa de recall..

       

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador