Em São Paulo, festival de curtas Entretodos debate direitos humanos

Da Agência Brasil

A oitava edição do Festival de Curtas de Direitos Humanos Entretodos, que ocorre entre os dias 5 e 9 de outubro, na capital paulista, terá como tema “Cidade Educadora”. Serão exibidos 28 filmes, sendo 14 nacionais e 14 internacionais. A programação é gratuita e ocorre em 78 pontos de exibição, como centros culturais, salas de cinema, cineclubes, centros educacionais unificados (CEUs), escolas, além de parques e praças.

As exibições contemplarão todas as regiões da cidade. A mostra é promovida pela prefeitura e organizada pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

Jorge Grinspum, que divide a curadoria do festival com Manuela Sobral, informou que o tema proposto reforça ações cotidianas e rotineiras da cidade e que contribuem para o envolvimento da população com esse espaço. “Ações espontâneas, movimentações comunitárias, manifestações como um sarau, uma projeção de cinema na periferia em praça pública, festas populares e passeatas. Tudo isso a gente entende como o papel da cidade para a população.”

O festival quer promover o cinema independente, valorizando o audiovisual como ferramenta de formação de educadores. Os curtas serão premiados por um júri oficial e pelo voto popular. O valor das premiações chega a R$ 7 mil.

Os filmes foram divididos em cinco programas, com cada sessão durando cerca de uma hora e meia. Grinspum acrescentou que os curtas foram reunidos em um mesmo grupo pela aproximação de linguagem audiovisual ou por uma similaridade de tema.

O programa Diversidades reúne seis filmes, sendo quatro estrangeiros, do Senegal, da Alemanha, de Cingapura e da França. O curador esclareceu que esses curtas se aproximam pela discussão das diferenças, especificamente de gênero e de idade. O programa dois com o tema Distâncias agrupa quatro filmes ligados pelas distâncias geográfica e de gerações. “O filme A boneca e o silêncio é sobre uma menina que perde a mãe e tem sério problema com o pai. Ele tem um desfecho problemático”, explicou Grinspum.

Os sete curtas reunidos no grupo Olhares propõem uma metalinguagem do cinema. Além de produções brasileiras, participam diretores da Argentina, Alemanha e França. No programa quatro, denominado Dualidades, os filmes retratam facetas diferentes de um mesmo aspecto.

Um dia é um dia do [deputado] Marcelo Freixo. A dualidade é mostrar o dia de um político com ações positivas”, adiantou. Os filmes do programa Extremo reúnem curtas com temas diversas, mas que expressam uma radicalidade das decisões que os personagens assumem na produção.

Além das exibições, o festival promoverá debates. No dia 6, às 14h, o bate-papo será com a diretora Carol Rodrigues do curta A boneca e o silêncio, na Fundação Gol de Letra. O diretor e roteirista Rafael Aidar, do curta Submarino, conversará com o público no dia 7, no Instituto Criar. No mesmo dia, Louis Mota, diretor de Mc Don’t, participará de debate na Fundação Tide Setubal.

Os vencedores serão anunciados no dia 9 de outubro, a partir das 18h, no Centro Cultural São Paulo.

A programação completa pode ser acessada no site do festival.

Redação

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