Maria é simplesmente feliz: conceitos de felicidade

Enviado por Odonir Oliveira

Maria é uma “sem-terra”. Quando ela chegou ao acampamento de Frei Umberto, no Brasil, ela não tinha nada, ela estava com fome, mas eles a ajudaram. Ela começou a trabalhar, a colher feijão, milho… Atualmente ela tem seu pedaço de terra, sua casinha, sua alma. Ela até mesmo faz curso para aprender a ler e escrever. Ela é simplesmente feliz.

O que é riqueza para você? O que é felicidade? Dona Maria, ex-sem terra, com tão pouco, vai te dar uma lição de vida em 5 minutos

Do Pragmatismo Político

O cineasta Yann Arthus-Bertrand passou três anos viajando o mundo e conversando com pessoas para entender qual é a essência e o significado da vida humana. Esses anos foram transformados em um documentário emocionante chamado “HUMAN”.

O filme é composto de 2000 depoimentos pessoais incríveis. São entrevistas com pessoas de todas as esferas da vida, e que expõe vários aspectos daquilo que nos torna humanos.

Uma das entrevistadas é dona Maria, que chegou a um acampamento, no nordeste do Brasil, sem nada. Foi lá que começou a plantar e, com o árduo trabalho, conseguiu comprar um pedacinho de terra – que havia prometido, com determinação, ao pai.

A vida difícil quase consegue ser camuflada pelo brilho nos olhos. Agora, a senhora está aprendendo a ler e escrever.

Mesmo relembrando os dias tão duros, é impossível não se encantar: com tão pouco, ela é simplesmente feliz.

Redação

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  1. ESTAR FELIZ

    Feliz, assim

    Feliz assado

     

    Feliz instante

    Feliz momento

     

    Feliz comendo

    Feliz bebendo

     

    Feliz cantando

    Feliz chorando

     

    Feliz dando

    Feliz recebendo

     

    Feliz sendo

    Feliz estando

     

    Feliz com

    Feliz sem

     

    Feliz dentro

    Feliz fora

     

    Feliz de pé

    Feliz deitado

     

    Feliz junto

    Feliz separado

     

    Feliz instante

    Feliz momento.

     

    Odonir Oliveira

    1. POESIA DA FELICIDADE

       

      Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. 
      Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. 
      Se achar que precisa voltar, volte! 
      Se perceber que precisa seguir, siga! 
      Se estiver tudo errado, comece novamente. 
      Se estiver tudo certo, continue.
      Se sentir saudades, mate-a. 
      Se perder um amor, não se perca! 
      Se o achar, segure-o! 
        
      FERNANDO PESSOA

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=8Qw3Q5hUCUM%5D

      1. OSTRA FELIZ NÃO FAZ PÉROLA – Rubem Alves

        Rubem acreditava num Deus jardineiro, que valorizava o prazer à dor. “No paraíso, Deus não construiu altares e catedrais. Plantou um jardim. Deus é um jardineiro. Por isso plantar jardins é a mais alta forma de espiritualidade”, afirmava. Ainda assim, Rubem sabia como ninguém tirar proveito de seus momentos de dor para escrever verdadeiros tesouros em forma de contos e crônicas. “Ostra feliz não faz pérola. Ostra pra fazer pérola tem que ter um grão de areia dentro dela. O grão de areia faz a ostra sofrer e a ostra faz a pérola pra deixar de sofrer. As histórias vêm porque estou sofrendo”, explica.

        Crítico da pressa da sociedade moderna (em especial dos cursos de leitura dinâmica, que julgava ser uma heresia), Rubem sempre afirmou que o prazer requer tempo. “Prazer rápido só galo e galinha têm. Temos que gastar tempo porque a vida é pra isso. Não dá para ler Guimarães Rosa em 30 minutos. Quando a gente fala que está ganhando tempo, estamos, na verdade, estragando tempo… A vida é perdida no sentido de que vamos morrer, mas até lá é um desafio, uma aventura e está cheia de uma coisa maravilhosa que se chama alegria”.

        Assim como Bachelard, Rubem concordava que “fomos criados para a felicidade”, mas alertava que precisamos estar atentos pra não deixar este momento passar. “A gente precisa prestar atenção porque a alegria vem e às vezes não percebemos. Ela não vem em coisas grandes. Felicidade é muito grande, não existe, o que existe são momentos de alegria. Quer coisa mais gostosa do que fazer xixi ou tomar um banho quente? Que felicidade fantástica e a gente não presta atenção nisso… Felicidade não é uma causa perdida porque as coisas essenciais da vida, a gente encontra a cada momento SE a gente souber prestar atenção”.

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=ZmCAqyHUfdE%5D

        1. A FELICIDADE CLANDESTINA

          Clarice Lispector

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=p4zG5KSvKjQ%5D

          A FELICIDADE CLANDESTINA

          Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

          Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.

          Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

          Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

          Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

          Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

          No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

          Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.

          E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

          Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

          Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

          E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

          Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

          Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

          Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

          Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

          Clarice Lispector, A legião Estrangeira, Ática, SP, 1977

          1. Camila Nogueira – coletânea de frases sobre a felicidade

            A colunista Camila Nogueira, de 18 anos, uma leitora voraz e onívora, decidiu compartilhar conosco grandes frases e reflexões sobre temas de eterna relevância na marcha da humanidade. Seguindo o primeiro artigo, relativo ao amor, a segunda parte da série aborda um tema tão importante quanto este: a felicidade e os meios de a obter.

            “Guardemo-nos de chamar um homem feliz, antes que ele tenha transposto o termo de sua vida sem ter conhecido a tristeza”, Sófocles

            “Filha minha, em primeiro lugar, o que a sociedade menos perdoa, a julgar de acordo com o que me disseste, é a felicidade, que lhe deve ser ocultada”, Honoré de Balzac

            “A felicidade pertence somente aos burros e aos cretinos. Felizmente, nós somos infelizes”, Jorge Amado

            “O sol da alegria jamais ilumina o coração por inteiro. Uma mancha escura lembra o homem que a felicidade completa não existe nesse mundo, mas só no céu”, Alexandre Dumas

            “Carrega-se menos facilmente a extrema alegria do que o mais pesado desgosto”, Honoré de Balzac

            “O melhor que posso desejar-lhe é um pouco de infelicidade”, William Thackeray

            “É possível apreciar a perfeição quando ela é constante na vida de alguém?”, Julia Quinn

            “Tudo na vida demonstra que a felicidade terrena é destinada a ser reconhecida como malograda ou como uma ilusão”, Arthur Schopenhauer

            “Só se deve cuidar da felicidade pessoal. No dia em que cada um for feliz a humanidade o será”, Jorge Amado

            “Desejo, como todos os mortais, ser perfeitamente feliz; mas, como todos os mortais, quero ser feliz à minha maneira”, Jane Austen

            “Graças a alguma lei justa e compensatória desta vida, se por um lado a doença e a tristeza são contagiosas, também não pode haver nada mais irresistivelmente contagioso do que o bom humor e uma gostosa gargalhada”, Charles Dickens

            “O semblante de sua ama tinha se iluminado, mas agora se toldava de novo, e ela estava pensativa. Talvez estar tão feliz não fosse fácil. Na verdade, estar feliz talvez fosse um estado perigoso – saber que o pleno êxito fora alcançado”, Jo Baker

            “Sempre preferi ser feliz a manter o amor-próprio”, Charlotte Brontë

            “A felicidade não é um bem precioso, é uma propriedade do pensamento, um estado mental”, Daphne du Maurier

            “Pois tem razão o filósofo que diz que nada mais grosso que a lâmina de uma faca separa a felicidade da melancolia; e vai além ao opinar que uma é irmã gêmea da outra; e tira daí a conclusão de que todos os extremos dos sentimentos são aparentados com a loucura”, Virginia Woolf

            http://www.diariodocentrodomundo.com.br/uma-selecao-de-frases-sobre-a-felicidade-por-camila-nogueira/

    1. João Bosco, é preciso procurar o restante desse filme

      Essa reportagem eu trouxe do Pragmatismo Político.

      A FELICIDADE

      Tom e Vinícius

      Tristeza não tem fim

      Felicidade sim

      A felicidade é como a gota
      De orvalho numa pétala de flor
      Brilha tranquila
      Depois de leve oscila
      E cai como uma lágrima de amor

      A felicidade do pobre parece
      A grande ilusão do carnaval
      A gente trabalha o ano inteiro
      Por um momento de sonho
      Pra fazer a fantasia
      De rei ou de pirata ou jardineira
      Pra tudo se acabar na quarta-feira

      Tristeza não tem fim
      Felicidade sim

      A felicidade é como a pluma
      Que o vento vai levando pelo ar
      Voa tão leve
      Mas tem a vida breve
      Precisa que haja vento sem parar

      A minha felicidade está sonhando
      Nos olhos da minha namorada
      É como esta noite, passando, passando
      Em busca da madrugada
      Falem baixo, por favor
      Pra que ela acorde alegre com o dia
      Oferecendo beijos de amo.

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=Rm9IAyUOSs4%5D

          1. Há muito tempo já aprendi a nao esperar demais das pessoas

            Sobretudo a nao exigir que elas sejam perfeitas. Menos ainda heróicas (e, francamente, ser feliz em circunstâncias muito difíceis é um dom raro, quase um heroísmo…).

    1. Vocação para a felicidade

      Carlos Drummond de Andrade

      “Não serei o poeta de um mundo caduco.” 

      Não escreverei versos chorosos, cantando tristezas infinitas, 
      amores impossíveis, saudades dolorosas, 
      paixões trágicas e não correspondidas. 

      Tenho a vocação para a felicidade. 
      Ser feliz não me traz sentimento de culpa. 
      Não preciso da tristeza para justificar a inutilidade da vida. 
      Não preciso morrer e ir ao céu para encontrar a felicidade. 
      Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do aqui e do agora. 

      A felicidade, tal e qual o amor, está dentro de mim 
      E transborda em ternuras, em melodias, 
      em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos. 

      Sou feliz e não preciso me justificar. 
      Sorrio sem ver passarinho verde. 
      Não tenho medo de ser feliz. 

      Faço minha estrela brilhar. 
      Sem receio dos encontros, desencontros, 
      encantos e desencantos que o amor me diz. 

      Contrariedades? Eu as tenho. 
      E quem não as tem na vida secular ? 
      Escassez de dinheiro? Nem é bom falar 
      Amores não correspondidos? Separações? 
      Rejeições? Saudades incuráveis? 
      Carinhos reprimidos, ternuras guardadas, 
      sem a contra parte do outro? 
      Eu tenho aos montões. 
      Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento. 

      Contudo quem não soube a sombra não sabe a luz. 
      E num livro de matemática existencial 
      juntei todos esses problemas insolúveis, 
      com as respostas nas últimas páginas. 
      Mas pra que me debruçar 
      sobre eles, procurando a solução 
      se a própria vida me conduz 
      a resposta final? 

      Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali 
      por onde os caminhos, as trilhas, 
      Os atalhos me levarem, traçando meu rumo. 
      Às vezes com alguma tristeza, 
      mas quem disse que felicidade 
      é o contrário de tristeza? 
      Tristeza é só uma momentânea falta de alegria! 

      É, amigo, amanhã é sempre um novo dia 
      E quando a infelicidade passar por aqui, 
      minhas malas estarão prontas 
      para eu ir por ali.

       

  2. É dessa matéria preciosa e

    É dessa matéria preciosa e indomável que o verdadeiro Brasil é feito. Se  nessa década ela não florescer, florecerá em alguma das próximas décadas.

  3. As pessoas tem que entender

    As pessoas tem que entender que dinheiro é um meio não um fim, quando compreederem isso vão parar de acumular dinheiro na suiça e compartilhar com o proximo mais amor, mais companheirismo, utópico eu sei.

    1. Utópico nada, naldo, é aos poucos que acontece. Repara só.

      Já tem muita gente a nosso redor fazendo assim. Claro, há quem seja bem diferente, mas se fixe nos mais próximos e veja bem.

      Então pra você:

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=ZpH7YDrN_gc%5D

      LUA CURIOSA

      Zé Geraldo

       

      Moro naquela casinha

      na beirada da lagoa

      lá no pé do cafezal

      Onde o Criador na alvorada

      ensaia a passarinhada

      num grande coral

      Quando é bem de tardezinha

      eu mais a morena minha

      dá de namorar

      E é coisa tão maravilhosa

      que a lua curiosa

      vem logo espiar

  4. Auto-estima: Happy, happy

    FELICIDADE

    Tem pai e mãe que ficam juntos
    a vida inteira, até bem
    velhinhos, sem nunca se separar.

    Mas às vezes o novelo se rompe
    e o pai e a mãe decidem seguir
    cada um seu próprio caminho.

    Mesmo que seja difícil,
    para que um não destrua o outro
    é melhor se separar.

    A casa se divide em duas casas.
    No começo não há sol nem luar.
    No coração dos filhos
    o temporal demora a passar.

    Felicidade é frágil borboleta
    mas sempre se recompõe.
    Semente mágica em novo casulo.

    Uma outra vida começa
    e como tudo na vida
    com coisas boas e más.

    A namorada do pai,
    o namorado da mãe, os filhos dos
    outros casamentos que
    a gente olha enviesadamente como
    um navio de bandeira
    inimiga até a desconfiança passar.

    Seja qual for o caso da sua casa,
    tire do casulo mágico a borboletafelicidade, porque felicidade é
    sempre palavra azul, mar,
    montanha, vento, e a gente é quem
    escolhe se vai ou não vai usar.

    (Murray, Roseana, Felicidade. São Paulo: FTD,1995)

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=5fCUL7bQuZU%5D

  5. SIMPLICIDADE

    Pato fu

    Vai diminuindo a cidade
    Vai aumentando a simpatia
    Quanto menor a casinha
    Mais sincero o bom dia

    Mais mole a cama em que durmo
    Mais duro o chão que eu piso
    Tem água limpa na pia
    Tem dente a mais no sorriso

    Busquei felicidade
    Encontrei foi Maria
    Ela, pinga e farinha
    E eu sentindo alegria

    Café tá quente no fogo
    Barriga não tá vazia
    Quanto mais simplicidade
    Melhor o nascer do dia.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=I_4JVwE-x3s%5D

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