Do blog Cinema Secreto: Cinegnose
A semiótica das fotografias de casamento
Cresce o número de divórcios no País, mas o mercado de casamentos é promissor com uma expectativa de movimentar 16 bilhões de reais em 2013. Como explicar o paradoxo de uma instituição que simbolicamente se esvazia diante de formas alternativas de relacionamentos afetivos, mas que economicamente cresce como mercado de consumo de bens e serviços? Talvez encontremos uma pista nas fotografias de casamento. Com a ajuda da Semiótica, podemos descobrir no sistema de significados dessas fotografias estratégias irônicas e de autodistanciamento que explicariam como noivos e familiares perpetuam uma instituição cada vez mais psiquicamente colocada em xeque.
Outro caso exemplar é a da instituição do Casamento. Muito se fala, escreve-se e pesquisa-se sobre o seu esvaziamento simbólico e crise diante de formas alternativas de relacionamentos afetivos (relacionamentos abertos, poligamia, poliandria, monogamia sequencial, casamento sartreano etc.), mas o fato é que o casamento tradicional mantém-se e, pelo menos, economicamente se fortalece: mais de um milhão de casamentos são feitos por ano no Brasil, com uma expectativa de movimentação nesse mercado de 16 bilhões de reais em 2013, 8% a mais do que no ano passado.
Um sistema distintivo
O Making of
A equivalência de significação é óbvia: demonstração do quão dispendiosa é a produção para valorizarmos o que veremos adiante. Assim como o making of do filme “Titanic” (por favor, sem trocadilhos com navios que afundam!) valoriza a narrativa com a demonstração dispêndio e complexidade da produção. Encontramos aqui a primeira evidência de esvaziamento simbólico do casamento: é como se o Dia da Noiva fosse uma estratégia de saturação sígnica para tentar preencher de significado o ritual do casamento, nem que seja por meio da demonstração de despesa, luxo e desperdício.
O Sagrado e a Natureza
O Profano
Considerações finais
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