Consultoria privada diz que produção industrial no Brasil ainda

Jornal GGN – Uma avaliação feita de forma independente pelo Banco de Tokyo-Mitsubishi classificou recentemente como “fraca” a produção industrial brasileira. Segundo o levantamento, a produção nacional ficou estável se comparados os meses de julho e agosto. O primeiro teve queda de -0,9%, enquanto o mês seguinte ficou em baixa de -0,8%. O levantamento aponta ainda que alguns segmentos, em especial o de “não duráveis”, também tiveram valor negativo.

Por outro lado, a consultoria afirma que ouve “forte aumento” em bens de capital, atingindo a faixa de crescimento de 2,6%. O balanço classifica de positivo esse dado, já que é indicador dos investimentos que vêm acontecendo no setor industrial. Afirma que os bens de capital são o segmento responsável por continuar a impulsionar a produção industrial, o que fica evidenciado pela avaliação dos últimos 12 meses, segundo a consultoria.

De um total de 27 setores da indústria, houve crescimento na produção de pelo menos 15 deles. A consultoria calcula que houve, ainda, aumento considerável na produção do setor alimentício, com 2,5% e 1,7% no setor automotivo. Para os consultores, a indústria brasileira tem demonstrado “comportamento volátil”, e apresenta baixas expectativas em relação aos cálculos de setembro e a continuidade de produção “fraca” este ano. “Entre as empresas, a confiança é baixa”, diz o relatório.

“A recuperação da confiança do consumidor, juntamente com o mercado de trabalho robusto, leva a uma queda da taxa de inadimplência do consumidor e um menor endividamento das famílias, o que estimula o consumo e mitiga a contribuição negativa da produção industrial para a economia”, diz o levantamento, que estima que as concessões de infraestrutura podem ser positivas no começo, mas os riscos de fracasso nos leilões do governo federal podem resultar em cenário de baixa na produção industrial.