A apreciação do real no Índice Big Mac

Do Yahoo!

Novo índice Big Mac aponta real como a moeda mais cara do mundo

O real é a moeda mais cara do mundo, de acordo com o novo índice Big Mac, calculado pela revista “The Economist”. O estudo, que neste ano passou a considerar não apenas o preço do sanduíche, mas também o PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos países em análise, mostra que a moeda brasileira está 149% sobrevalorizada em relação dólar.Em seguida, vêm o peso colombiano, com sobrevalorização de 108% sobre a moeda norte-americano, e o argentino, com 101%.

Reformulado com a inclusão do PIB per capita, o indicador mede o custo do sanduíche do McDonald’s numa relação de 48 países, levando em consideração a paridade do poder de compra (PPP, da sigla em inglês), a fim de dar um quadro melhor das disparidades cambiais. Sob o novo critério, o yuan, apresenta sobrevalorização de 3% sobre o dólar, contrariando as queixas de Washington de que a moeda chinesa estaria subvalorizada.No critério antigo, em que apenas o preço do sanduíche é levado em consideração, o resultado é bastante diferente. O Brasil continuaria atrás de Noruega, Suíça e Suécia. O Big Mac nacional custa US$ 6,16, o quarto mais caro da lista. O Big Mac mais caro do mundo é o da Noruega, vendido por US$ 8,31. O preço médio do Big Mac nos EUA é de US$ 4,07. Na China, é de apenas US$ 2,27, ou 44% mais barato. Na comparação antiga, isso sugere que o yuan está desvalorizado 44% em relação do dólar.

Nessa lógica, o euro está sobrevalorizado em 21% e a libra levemente desvalorizada.Embora amplamente conhecido, o índice é considerado distorcido por muitos economistas, devido a diferenças em custos locais, como moradia e salários. A revista, aliás, está procurando um substituto para o Big Mac. Mas está difícil encontrar um substituto à altura. A “Economist” lembra que Alan Greenspan, quando presidia o banco central americano (Fed), gostava de observar as vendas de cuecas, porque, dizia, numa recessão os homens renovam menos o guarda-roupas.Já discutiu-se também o uso do iPod, cafés da Starbucks, estantes da Ikea e até a própria Economist, mas nenhum destes tem o mesmo alcance do Big Mac.

A revista está aceitando sugestões dos leitores pelo email [email protected]

Com informações da Agência O Globo

Luis Nassif

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