A queda do mercado imobiliário e o indicador inventado pelas próprias construtoras

Por Alexandre Weber

Panorama do mercado imobiliário, que foi prostituído pelas próprias construtoras que utilizaram um indicador fajuto, “FINGE-ZAP” que inflacionou o mercado levando os preços muito além do razoável patamar fornecido pela oferta e procura.

Com preços turbinados pela especulação, compras ruinosas abundaram e agora, sem o lubrificante dos especuladores, os “espertos” construtores enxergam uma falência rápida pela proa.

A carta abaixo é de um operador do mercado que se indignou com a visão curto prazista que facilitará a invasão do setor da construção por abonados e bem relacionados estrangeiros que não irão entregar depois a rapadura com moleza.

A carta comentando matéria do Infomoney:

Cenário é um dos piores já vistos no mercado imobiliário, diz presidente da Fiabci – InfoMoney

O mercado vinha de 15 anos de estagnação e de repende (2007-2008) com a escolha da Sede da Copa houve um BOOM, as construtoras fizeram seus IPO’s e entraram nessa de construir que nem loucas para atender a filas de especuladores na frente dos stands, vendiam tudo em questão de dias, não se importavam se seria pequeno, longe, caro ou inacessível, bastava o recém criado por elas “FINGE-ZAP” (o índice que calcula a ganância imobiliária pois só calcula quanto o pessoal pede, nunca por quanto são vendidos, se são vendidos mesmo) dizer que estavam valorizand 30% a.a., aí quando tudo começou a ficar pronto (2011-2012) e os especuladores tentaram repassar para ter o lucro prometido veio a surpresa hoje até o “FINGE-ZAP’ mostra perdas e quedas, por mais incrível que pareça a coisa está tão ruim que não conseguem mais manipular o mercado com ele.

Já é de anos que estão cancelando lançamentos, estão com vendas baixas. estoques altos, distratos altos, prejuízos recorrentes, dívidas impagáveis na casa dos BILHÕES.

Como estão com estoques altos e lannçamentos assim não fazem o menor sentido, logo elas estarão resumidas a apenas uma sala com corretores e linhas telefônicas 24 horas incomodando cidadãos que não querem nem saber de jogar CENTENAS DE MILHARES DE REAIS no lixo em tijolo e argamassa caros e de péssima qualidade.

Não há dúvida de que vão falir, é só uma questão de tempo, o governo já não pode mais ajudar e os bancos não vão jogar mais dinheiro nelas, a curiosidade é sobre qual vai ser a mais nova ENCOL, eu apostaria na PDG pois a situação dela é mais crítica como já avaliou a Moody’s jogando ela para o grau lixo de investimento.

Lembrando sempre aquele caso que apareceu na Rede Globo, o cara comprou um apto por R$ 320k e colocou para vender por R$ 990k, claro que ninguém deu a menor bola para a pretensão de lucro fácil dele e ele vem reduzindo sistematicamente o preço, na reportagem ele já estava aceitando R$ 800k, sem sucesso, ele não se tocou que as construtoras estão com milhares de aptos similares ao dele em estoque, com descontos e brindes cada vez maiores, ele vai ter sorte se conseguir os R$ 320k de volta.

Redação

9 Comentários

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  1. foi muita loucura misturada a esperteza
    O que aconteceu no pais referente a imoveis foi uma loucura e muita esperteza de alguns.

    Conheço uma situação que pessoas que compraram imoveis de valor de 500 mil que já estão deixando de pagar o condominio. Estariam pagando o financiamento?
    Não creio.

  2. Essa avassaladora inflação

    Essa avassaladora inflação que se verificou no imobiliário, notadamente nos imóveis de médio e alto padrões deve-se também à lavagem, além da especulação.

    É algo muito perceptível em Natal e João Pessoa, por exemplo. Para dinheiro sujo, não há preços muito altos. Esses, os lavadores, estão tranquilos.

    Agora, o sujeito que comprou para morar, que comprou para especular ou como reserva de valor, terá problemas.

    Os donos de construtoras, principalmente das grandes, não terão muitos problemas com as quebras. Quebram-se as empresas e os sócios saem bem e ninguém encontra seus patrimônios.

    Tenho pena apenas dos trabalhadores da construção civil. O resto, ou não está perdendo nada, ou perde quando tinha condições de perceber a loucura em que entrava, por avidez.

     

     

  3. Calma, não vai ser tão ruim

    Calma, não vai ser tão ruim assim.

    O diagnóstico é por demais catastrófico. Não tem como vc comparar preços de uma economia em 4% de expansão com uma de 4% de recessão. 

    E o exemplo não foi muito feliz.  A PDG vinha mal no meio do boom. Portanto não foi nenhuma crise que a fez entrar em dificuldades, foi expansão incompetentemente. 

     

    O que que as construtoras têm que fazer é sair de SP. Todo mundo quer fazer IPO bilionário mas se for para ficar estático no mesmo lugar não dá . Foi aí onde tiveram prejuízo. Porque o mercado e local  

    Tivessem feito expansão como a BrasilBrokers, não teriam tantos prejuizos.

    Estavam combrando 15000 o metro em Itaboraí, klkkkkk

    A demanda MCMV continua no mesmo lugar, fora de SP. Vai querer ou prefere fechar e mudar de ramo?

  4. A notícia é sobre a bolha das

    A notícia é sobre a bolha das construtoras que não estão vendendo e não sobre pessoas que não estão pagando. Inadimplência de condomínio não é sinal de nada, pelo menos aqui em Recife, onde o povo acha que pode morar sem pagar. Faz 27 anos que moro em apartamento. Todo prédio em que morei tinha inadimplentes, e dos grandes. 

    Os preços de imóveis e de aluguéis subiram vergonhosamente nos últimos anos. Nunca entendi porque as pessoas aceitavam pagar caro por coisa ruim. Até nas periferias o preço ficou abusivo. Agora estão voltando a patamares mais justos. Isso demonstra que parte do empresariado brasileiro é muito ruim, quer lucro altíssimo e imediato. Isso não é capitalismo, mas terrorismo de mercado.

  5. Índice Fipezap

    FipeZAP – Índice Fipezap de Preços De Imóveis Anunciados

    O Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados é o primeiro indicador com abrangência nacional que acompanha os preços de venda e locação de imóveis no Brasil. O índice é calculado pela Fipe com base nos anúncios de apartamentos prontos publicados na página do ZAP Imóveis e em outras fontes da Internet, formando uma base de dados com mais de 500.000 anúncios válidos por mês.

    http://www.fipe.org.br/pt-br/indices/fipezap/

    http://www.zap.com.br/imoveis/fipe-zap-b/

     

  6. E pra alimentar as
    E pra alimentar as construtoras, o governo teve participação crucial com a farra do crédito através dos bancos públicos, sobretudo a Caixa. Como o brasileiro médio só enxerga a parcelinha que cabe no bolso, e não o valor quase triplicado que vai pagar no total do financiamento (se não perder o emprego até lá), caiu na euforia do boom e no medo de não comprar logo e meses depois ver os preços dos imoveis ainda mais altos. Sem falar no minha casa minha vida, que ainda hoje estimula a venda de caixotes mal acabados por valores que não condizem com a obra. Isso tudo com subsídio do tesouro. O ajuste será grande.

    1. Exatamente.
      O governo foi o

      Exatamente.

      O governo foi o maior responsável, pois fez de tudo para alimentar a bolha, com crédito “barato” (na verdade, prazos absurdos de 35, 40 anos), mais o subsídio do MCMV (“imóveis até 150 mil”, o que fez com que automaticamente todos os outros subissem de preço).

      Meu pai comprou, aos 26 anos de idade e com salário de bancário, um apê naquele BNH existente na Vila Madalena-SP. Não tem nem 60m2. Hoje um apê naquele condomínio está anunciado por 500 mil. Quem é que pode pagar isso? E para morar em um BNH?

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