Agronegócio responde por um terço de exportações no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Soja, milho, celulose e carne foram alguns dos destaques no trimestre

Jornal GGN – O Brasil obteve registrou superávit de US$ 8,4 bilhões na balança comercial no primeiro trimestre de 2016, o que representa um aumento de US$ 13,9 bilhões em relação ao déficit apresentado no mesmo período do ano passado.

O resultado está relacionado à queda de 33,4% das importações, que somaram US$ 32,2 bilhões no período, mas também à retração de 5,1% nas exportações, que atingiram US$ 40,6 bilhões. A corrente de comércio para o período foi de US$ 72,8 bilhões, o menor resultado apurado desde 2010, e uma retração de 20,1% ante o primeiro trimestre de 2015, demonstrando desaceleração no comércio brasileiro.

No primeiro trimestre de 2016, os 10 principais produtos exportados renderam um total de US$ 17,4 bilhões para o país, o equivalente a 42,8% do valor total. Dentre esses, oito são do agronegócio. Juntos, esses itens tiveram vendas externas de US$ 13,4 bilhões e participação de 33,1% nas exportações totais brasileiras, segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

No período, os destaques do agronegócio nas exportações foram: soja em grão, com US$ 3,8 bilhões (crescimento de 46,1%), aparecendo como o principal produto nos embarques totais do Brasil; milho em grão, que teve receita de US$ 2,0 bilhões (crescimento de 110,7%), sendo 3º colocado na pauta; celulose, com vendas de US$ 1,5 bilhão ( crescimento de 13,4%) em 5º lugar na lista, e carne bovina, com US$ 1,1 bilhão ( crescimento de 11,4%) na 10ª posição. Para esses produtos, houve crescimento no valor exportado na comparação com o primeiro trimestre de 2015.

A expectativa do mercado para 2016 é a continuidade de um Real desvalorizado em relação ao dólar, o que contribui para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

O aquecimento das exportações de carne bovina no primeiro trimestre de 2016 está relacionado à elevação dos preços da proteína no mercado doméstico, que diminui a demanda interna pelo produto e ao fator câmbio, incentivando as exportações. No ano, o indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa – estado de São Paulo – subiu 5,8%, encerrando o mês de março em US$ 43,8 por arroba. A reabertura de mercados – China, Arábia Saudita e Irã – para carne bovina brasileira in natura, ocorrida em 2015, também estimula as vendas externas do produto.

Outros fatores devem continuar a impulsionar as exportações de carne bovina em 2016, como a habilitação de mais cinco frigoríficos de carne bovina para exportação para a China, totalizando 16 frigoríficos. Segundo o Rabobank, em 2015, a China aumentou em 60% suas importações totais de carne bovina, que alcançaram 473 mil toneladas. Outro fato bastante aguardado é a expectativa de abertura do mercado norte-americano, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre desse ano.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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