Após S&P e Estados Unidos, Ibovespa opera em queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Embora o governo brasileiro continue com grau de investimento, o rebaixamento de perspectiva de “estável” para “negativo” da nota do Brasil por parte da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) foi suficiente para que a bolsa começasse esta sexta-feira (7) em forte queda. O humor só começou a melhorar depois da divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano

Às 12h27, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda de 0,8%, aos 52.462 pontos e um volume negociado de R$ 2,565 bilhões. A mínima do dia foi registrada logo na abertura da manhã, aos 52.029 pontos (-1,60%).

“Os mercados começaram em compasso em espera, mas foram contaminados pela S&P”, explica Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW. “A nota não mudou, mas baixou a perspectiva de estável para negativo e realizou duras críticas ao governo, citando perda de credibilidade da política monetária e os gastos abusivos. Foi uma mensagem direta. Na verdade, eles reforçaram tudo o que todo mundo está falando, mas parece que o governo não enxerga. Os fundamentos fiscais estão mais fracos e existe uma perda de credibilidade”.

Para o analista, outras agências devem repetir o discurso. “Se não rebaixar o rating, apenas a perspectiva, tudo bem. Mas se mexer com o rating, a coisa ganha um contorno mais grave”. A agência norte-americana também rebaixou a perspectiva das estatais Eletrobrás e Petrobras.

O humor dos agentes só começou a mostrar alguma melhora após a divulgação dos números do mercado de trabalho norte-americano. Segundo os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho do país, o índice de desemprego subiu um décimo e atingiu 7,6% (ante os 7,5% inicialmente esperados pelo mercado), enquanto a economia registrou um aumento líquido de 175 mil empregos (ante 165 mil inicialmente esperados). “Se viesse muito bom e o desemprego se reduzisse, existiria o risco do início da retirada de compra de títulos. E o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) sinalizou que, quando os dados de desemprego atingirem 6,5%, começa a cortar os incentivos. Se os números viessem bons seria ruim, e se viessem ruins, também seria ruim”, diz Galdi. “Nossa bolsa ainda está no vermelho, mas chegou a cair mais de 1%. Lá fora está tudo azul, mas aqui está se recuperando”.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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