balanço de pagamentos

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…As remessas líquidas de renda para o exterior totalizaram US$3,2 bilhões em maio, elevação de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. ….
NOTA PARA A IMPRENSA – 22.6.2010 Setor  Externo
 
I – Balanço de pagamentos – Maio de 2010
O balanço de pagamentos registrou superávit de US$4,6 bilhões em maio.
As transações correntes foram deficitárias em US$2 bilhões, acumulando déficit de US$36,4 bilhões nos últimos doze meses, equivalentes a -1,94% do PIB.
A conta financeira apresentou ingressos líquidos de US$6,6 bilhões no mês. Destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos e em carteira, US$3,5 bilhões em cada modalidade.
 
A conta de serviços apresentou déficit de US$2,6 bilhões no mês, 48% superior ao registrado em maio de 2009. As despesas líquidas com transportes somaram US$530 milhões, aumento de 49% na mesma base de comparação. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$748 milhões, ante déficit de US$426 milhões em maio do ano anterior, com aumento de 48,3% nos gastos efetuados por brasileiros no exterior e de 15,4% nas despesas de turistas estrangeiros no País. Dentre os demais itens da conta de serviços, no mesmo período comparativo, destacaram-se as elevações nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, 51,4%, royalties e licenças, 21,2%, e computação e informações, 4,3%. Houve declínio nas despesas líquidas com seguros, 56,9%. Os outros serviços registraram ingresso líquido de US$583 milhões, acréscimo de 49,5% na comparação com o ocorrido em maio de 2009.
 
As remessas líquidas de renda para o exterior totalizaram US$3,2 bilhões em maio, elevação de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
As saídas líquidas de renda de investimento direto somaram US$1,7 bilhão, ante US$1,9 bilhão no mesmo período comparativo. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira atingiram US$1,4 bilhão, ante US$604 milhões em maio de 2009. No mês, a despesa líquida de renda de outros investimentos somou US$248 milhões, ante US$474 milhões verificados no mesmo período do ano anterior. As despesas líquidas totais de lucros e dividendos atingiram US$2,9 bilhões, crescimento de 12,6% no período comparativo, enquanto aquelas relacionadas a juros somaram US$413 milhões, acréscimo de 8,9%.
 
Em maio, as transferências unilaterais acumularam ingressos líquidos de US$361 milhões, 54,1% superiores ao resultado de maio de 2009.
 
Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$2,4 bilhões, compreendendo US$3,5 bilhões em saídas de investimentos líquidos em participação no capital e US$1,1 bilhão de retornos líquidos de empréstimos intercompanhias concedidos ao exterior.
 
Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$3,5 bilhões. Os ingressos líquidos em participação no capital de empresas no País, incluídas as conversões em investimentos, atingiram US$3,2 bilhões, enquanto os desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias totalizaram US$296 milhões.
 
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$3,5 bilhões no mês. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País e em ações negociadas no País e no exterior registraram ingressos líquidos de US$1,7 bilhão, comparados a ingressos líquidos de US$4,6 bilhões no mês anterior. Os bônus negociados no exterior tiveram remessas líquidas de US$156 milhões, decorrentes de amortizações de US$137 milhões e ágios de US$19 milhões. Os investimentos em notes e commercial papers apresentaram ingressos líquidos de US$1,9 bilhão no mês, com captações de US$2,1 bilhões e amortizações de US$153 milhões. Os ingressos líquidos em títulos de curto prazo somaram US$102 milhões em maio, comparados a US$78 milhões no mês anterior.
 
Os outros investimentos brasileiros no exterior resultaram em aplicações líquidas de US$2,3 bilhões em maio, compreendendo concessão líquida de empréstimos de curto prazo, US$5,2 bilhões, e redução de depósitos de bancos brasileiros no exterior, US$2,8 bilhões.
 
Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$4 bilhões em maio. O crédito comercial de fornecedores registrou desembolsos líquidos de US$2,1 bilhões, fundamentalmente constituídos por operações de curto prazo, US$2,3 bilhões. Os empréstimos aos demais setores apresentaram ingressos líquidos de US$1,9 bilhão, compostos por desembolsos líquidos de empréstimos diretos, US$742 milhões; organismos, US$331 milhões; créditos de compradores, US$280 milhões; e agências, US$77 milhões. Os empréstimos de curto prazo somaram ingressos líquidos de US$490 milhões.
II – Reservas internacionais
 
Em maio, a liquidação do saldo remanescente das operações de empréstimo em moedas estrangeiras, US$24 milhões, propiciou a convergência dos estoques de reservas internacionais, conceitos caixa e liquidez, os quais atingiram US$250 bilhões. Em relação a abril, houve elevação no estoque de US$2,5 bilhões, no conceito liquidez, e de US$2,6 bilhões, no conceito caixa.
 
Ainda em maio, a autoridade monetária adquiriu US$4,2 bilhões no mercado de câmbio à vista. A remuneração das reservas gerou receitas de US$290 milhões, enquanto as demais operações externas, que incluem principalmente as variações de preços e de paridades, reduziram o estoque de reservas internacionais em US$1,9 bilhão.
III – Dívida externa
 
Em maio, a dívida externa total foi estimada em US$218 bilhões, elevando-se US$6,8 bilhões em relação à posição apurada do primeiro trimestre do ano. No mesmo período, a dívida de longo prazo, US$181 bilhões, aumentou US$5,1 bilhões, enquanto a de curto prazo, US$37,4 bilhões, cresceu US$1,7 bilhão.
 
No período, os principais fluxos que afetaram o estoque da dívida externa de longo prazo foram os ingressos líquidos de Notes, US$4,4 bilhões; e de empréstimos em moeda, US$1,5 bilhão. A variação por paridade reduziu em US$560 milhões o estoque.
 
Quanto à dívida externa de curto prazo, os acréscimos observados de US$1,7 bilhão se devem, em sua maioria, à ampliação do estoque de linhas de crédito comerciais devidas por bancos residentes no Brasil…..
 
 

Redação

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