BRF lucra R$ 208 milhões durante o segundo trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A BRF (fusão entre as empresas Sadia e Perdigão) encerrou o segundo trimestre de 2012 com um lucro líquido de R$ 208,4 milhões, com margem líquida de 2,8%, ante 0,1% no segundo trimestre de 2012. O valor foi cerca de 30 vezes maior ante o mesmo período do ano passado (quando a variação foi de R$ 6 milhões), impulsionado pela melhora do desempenho no mercado externo. No ano, o lucro líquido foi de R$ 567 milhões, aumento de 255%.

A receita líquida da BRF somou R$ 7,5 bilhões, valor que representa crescimento de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior. “(A alta da receita é) notadamente atribuída ao desempenho de receitas obtidas nas exportações e lançamentos de novos produtos, amenizando os impactos gerados pelo acordo firmado com o Cade (TCD)”, informou a companhia em comunicado. No acumulado do ano, a receita líquida da BRF chegou a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 11,8% em comparação ao primeiro semestre de 2012.

Entre os fatores que contribuíram para a melhora do desempenho destacam-se a recuperação gradual das exportações, com o equilíbrio oferta/demanda; desvalorização do real frente ao dólar; evolução de resultados nos segmentos de food service e lácteos; e o lançamento de 70 produtos, contemplando diversos segmentos.

O lucro bruto totalizou R$ 1,9 bilhão, avanço de 26% ante o segundo trimestre de 2012, com aumento de 3,1 pontos percentuais na margem bruta, que passou de 21,8% para 24,9%. O resultado foi favorecido por ganhos relativos à performance comercial e ao arrefecimento de custos das principais matérias primas. O lucro bruto no período totalizou R$ 3,6 bilhões, 26,2% superior ao primeiro semestre do ano passado, favorecido pela melhor performance dos mercados e arrefecimento da pressão de custos.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)  ajustado chegou a R$ 910 milhões, 61% acima, com margem EBITDA ajustada de 12,1%. O total ajustado e apurado no primeiro semestre chegou a R$ 1,8 bilhão, aumento de 61%, com margem de EBITDA de 12% ante 8,3% ao exercício anterior. 

As vendas no mercado interno totalizaram R$ 3,1 bilhões (o valor não computa receitas das áreas de Food Service e Lácteos) no segundo trimestre, aumento de 4,3% na comparação a igual período de 2012. O lucro operacional chegou a R$ 225,4 milhões, evolução de 24%, com margem de 7,3% contra os 6,1% no período anterior. No mercado interno, as receitas atingiram R$ 6,2 bilhões, crescimento de 4,2%, mesmo com os efeitos do TCD, e o lucro operacional chegou a R$ 642,3 milhões, avanço de 37,9%. 

No mercado internacional, a recuperação progressiva dos principais mercados internacionais, desvalorização cambial e acomodação dos custos das principais matérias primas favoreceram o desempenho no mercado externo. De acordo com a empresa, as exportações atingiram R$ 3,4 bilhões, aumento de 19,4% em comparação ao mesmo trimestre do exercício anterior, enquanto os volumes obtiveram crescimento de 4,9%.

“À medida em que a oferta equilibrou-se nos principais mercados e  devido aos efeitos cambiais, o preço médio cresceu 13,8% em reais enquanto os custos médios subiram 8,1%, permitindo a recuperação das margens operacionais, que passaram de 2,3% para 6,4% no período”, diz a empresa. 

No período, as exportações registradas ao longo do ano somaram R$ 6,5 bilhões, evolução de 24,7%. E os volumes embarcados totalizaram 1,3 milhão de toneladas.  Destaque no período para o crescimento do valor de mercado da companhia, que foi de 59,6% em relação ao primeiro semestre de 2012, chegando a R$ 42,3 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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