Déficit das contas externas é o maior para o mês

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O saldo negativo apresentado pelas transações correntes chegou a US$ 9,018 bilhões durante o mês de julho, atingindo assim o valor mais elevado para o período na série histórica elaborada pelo Banco Central, que teve início em 1947. Nos sete meses do ano, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 52,472 bilhões, contra US$ 28,990 bilhões em igual período de 2012. Esse resultado correspondeu a 3,95% de tudo o que o país produz, o PIB (Produto Interno Bruto). No mesmo período do ano passado, essa relação estava em 2,24%.
 
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, ressaltou que, apesar do crescimento, o saldo negativo decorre, principalmente, do investimento estrangeiro direto, que atingiu US$ 5,212 bilhão, em julho, e a US$ 35,239 bilhões, nos sete meses do ano. “É a melhor forma de financiar o déficit em transações correntes [por ser de longo prazo]. Mas existem outras fontes que continuam fluindo favoravelmente”, disse Maciel. 
 
O país também recebeu investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil e no exterior que registraram ingresso líquido de US$ 269 milhões, em julho, e de US$ 6,547 bilhões, nos sete meses do ano. Também houve investimentos em títulos de renda fixa negociados no país, com ingresso líquido de US$ 4,235 bilhões, no mês passado, e de US$ 15,272 bilhões.
 
Maciel disse ainda que, se alta do dólar persistir, o déficit em transações correntes tende a se reduzir. Um dos itens dessa conta de transações correntes é a viagem internacional. “Se persistir esse câmbio, é possível que tenhamos reações em algumas contas de transações correntes”, destacou.
 
Com o dólar em alta, a expectativa é que, nos próximos meses, os gastos de brasileiros em viagens internacionais se reduzam, assim como as compras de itens do setor externo. “As importações de bens de consumo tendem a reagir de forma mais rápida, nos próximos meses”, disse Tulio Maciel, ressaltando que as remessas de lucros e dividendos ao exterior também tendem a reagir, já que com o dólar mais alto encarece o envio de recursos para fora do país.
 
Com informações da Agência Brasil
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Excelente o artigo, colocando

    Excelente o artigo, colocando as claras como está o deficit em transações correntes, mas este valor não pode ser analisado sozinho, sem o acopanhamento das outras fontes de entrada de dolares no  país, e que mostra ainda existir entrada liquida de dolares no  pais no total do ano.  Mas acho parcial e incompleta a chamada do artigo, considerando o conteúdo do artigo.

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