Ronaldo Bicalho
Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Uma agenda para a indústria de petróleo no Brasil

Por Thales Viegas, do Blog Infopetro

A Associação Brasileira de Estudos em Energia – AB3E– promoveu no final do ano passado um seminário para discutir a agenda da política energética brasileira para o próximo governo. Esta postagem resume os pontos essenciais dessa agenda abordados na sessão específica desse seminário dedicada à indústria de petróleo no Brasil.

A indústria do Petróleo no Brasil ganhou ainda mais importância com as grandes descobertas na camada pré-sal. Um conjunto amplo de mudanças e desafios de natureza regulatória, macro e microeconômica e tecnológica deverá ser enfrentado nos próximos anos. O incremento projetado para a produção de petróleo nas próximas décadas figura entre os maiores do mundo. Desta forma, o Brasil tende a se tornar peça fundamental na geopolítica internacional, o que requer a criação de uma estratégia eficiente de comercialização e penetração do petróleo brasileiro frente à dificuldade de acessar os mercados internacionais.

No plano doméstico, há que se tornar mais transparente o processo de formação de preços dos derivados, sobre os quais a tributação também tem uma importância grande. A participação dos investimentos do setor petróleo no PIB vem crescendo e a tendência é continuar se elevando nos próximos anos. Diante da elevada oferta de petróleo projetada, fatalmente será necessária a exportação de petróleo cru de forma que o desejo de exportar derivados (com maior valor agregado) não implica numa dicotomia entre as duas opções. Deve-se identificar uma composição adequada desses elementos capaz de promover a indústria nacional sem inviabilizar o escoamento da produção doméstica.

Como a exploração na camada pós-sal é importante para o aumento da produção, as rodadas de licitação nas áreas de concessão devem ser retomadas. O retorno à normalidade mantém a atratividade da exploração e permite às empresas instaladas renovarem seus portfólios exploratórios além de atrair novas empresas, mantendo o ambiente de multiprodutores. É preciso que fiquem claros quais encaminhamentos serão dados para as áreas exploratórias que estiverem fora das ditas áreas estratégicas. (…) continua no Blog Infopetro.

Ronaldo Bicalho

Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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