Por Thales Viegas, do Blog Infopetro
A Associação Brasileira de Estudos em Energia – AB3E– promoveu no final do ano passado um seminário para discutir a agenda da política energética brasileira para o próximo governo. Esta postagem resume os pontos essenciais dessa agenda abordados na sessão específica desse seminário dedicada à indústria de petróleo no Brasil.
A indústria do Petróleo no Brasil ganhou ainda mais importância com as grandes descobertas na camada pré-sal. Um conjunto amplo de mudanças e desafios de natureza regulatória, macro e microeconômica e tecnológica deverá ser enfrentado nos próximos anos. O incremento projetado para a produção de petróleo nas próximas décadas figura entre os maiores do mundo. Desta forma, o Brasil tende a se tornar peça fundamental na geopolítica internacional, o que requer a criação de uma estratégia eficiente de comercialização e penetração do petróleo brasileiro frente à dificuldade de acessar os mercados internacionais.
No plano doméstico, há que se tornar mais transparente o processo de formação de preços dos derivados, sobre os quais a tributação também tem uma importância grande. A participação dos investimentos do setor petróleo no PIB vem crescendo e a tendência é continuar se elevando nos próximos anos. Diante da elevada oferta de petróleo projetada, fatalmente será necessária a exportação de petróleo cru de forma que o desejo de exportar derivados (com maior valor agregado) não implica numa dicotomia entre as duas opções. Deve-se identificar uma composição adequada desses elementos capaz de promover a indústria nacional sem inviabilizar o escoamento da produção doméstica.
Como a exploração na camada pós-sal é importante para o aumento da produção, as rodadas de licitação nas áreas de concessão devem ser retomadas. O retorno à normalidade mantém a atratividade da exploração e permite às empresas instaladas renovarem seus portfólios exploratórios além de atrair novas empresas, mantendo o ambiente de multiprodutores. É preciso que fiquem claros quais encaminhamentos serão dados para as áreas exploratórias que estiverem fora das ditas áreas estratégicas. (…) continua no Blog Infopetro.
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