Indústria avança 5% em relação a 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A indústria brasileira apresentou um crescimento de 5% em fevereiro na comparação com igual mês do ano anterior, com predomínio de resultados positivos, já que as quatro categorias de uso e 21 dos 27 ramos apontaram expansão na produção, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O efeito calendário pode ser um fator de referência para o avanço, uma vez que fevereiro de 2014 (20 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior (18).

Entre as atividades, a de veículos automotores, que avançou 12,9%, exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada em grande parte pela maior fabricação de automóveis, de veículos para transporte de mercadorias, de chassis com motor para caminhões e ônibus, de caminhão-trator para reboques e semirreboques e de caminhões. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43,3%), máquinas e equipamentos (9,3%), outros equipamentos de transporte (14,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (32,9%), farmacêutica (10,0%), alimentos (2,6%), bebidas (7,1%), vestuário e acessórios (27,4%) e borracha e plástico (6,8%).

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2013, entre as seis atividades que reduziram a produção, os principais impactos foram observados em edição, impressão e reprodução de gravações (-7,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), outros produtos químicos (-2,5%) e produtos de metal (-3,7%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (20,9%) e bens de capital (12,4%) assinalaram crescimento de dois dígitos em fevereiro de 2014. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) e de bens intermediários (1,1%) também apontaram taxas positivas nesse mês, mas que ficaram abaixo da média nacional (5%).

No caso do setor de bens de consumo duráveis, o avanço apurado foi o mais intenso desde março de 2010 (25,8%) e interrompeu quatro meses de resultados negativos consecutivos nesse tipo de comparação. Nesse mês, o setor foi particularmente influenciado pela maior fabricação de automóveis (21,1%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (87,8%). Vale citar também os impactos positivos vindos de telefones celulares (26,1%), de motocicletas (7,3%), de eletrodomésticos da “linha branca” (2,3%), de outros eletrodomésticos (9,1%) e de artigos do mobiliário (5,6%).

O setor de bens de capital, que subiu 12,4% em fevereiro, mostrou o décimo quarto resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelo crescimento em todos os seus grupamentos, com claro destaque para o avanço de 15,5% assinalado por bens de capital para equipamentos de transporte, impulsionado em grande parte pela maior fabricação dos itens aviões, veículos para transporte de mercadorias, chassis com motor para ônibus e caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e caminhões. Os demais resultados positivos foram registrados por: bens de capital para construção (44,5%), 11ª taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, de uso misto (7,1%), para fins industriais (6,2%), agrícola (2,0%) e para energia elétrica (0,9%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (3,6%) e de bens intermediários (1,1%) também apontaram taxas positivas em fevereiro de 2014. No primeiro, que interrompeu seis meses de resultados negativos consecutivos, o desempenho nesse mês foi impulsionado pelos avanços em todos os grupamentos, com destaque para alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (3%) e carburantes (10,9%). Os demais resultados positivos foram observados nos grupamentos de outros não-duráveis (1,7%) e de semiduráveis (4,9%).

A expansão na produção de bens intermediários ajudou o setor a reverter dois meses de queda na produção, e foi explicada pelos avanços vindos dos produtos associados às atividades de alimentos (6,7%), borracha e plástico (6,7%), minerais não-metálicos (1,7%), indústrias extrativas (0,9%), metalurgia básica (0,7%), produtos têxteis (1,8%) e veículos automotores (0,6%), enquanto as influências negativas foram registradas por refino de petróleo e produção de álcool (-2%), outros produtos químicos (-2,4%), produtos de metal (-5,7%) e celulose, papel e produtos de papel  (-1,3%).

Ainda nessa categoria de uso, a pesquisa destaca os índices positivos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (2,9%), após dois resultados negativos consecutivos, e de embalagens (1,7%), que interrompeu três meses seguidos de queda na produção.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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