Indústria começa 2020 com crescimento de 0,4%, segundo IBGE

Apesar do resultado positivo, setor registra recuperação lenta e segue 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A produção da indústria brasileira avançou 0,4% em janeiro frente ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Embora tenha avançado pelo nono mês consecutivo, o segmento ainda se encontra 12,9% abaixo do nível recorde apurado em maio de 2011 – e, de acordo com o IBGE, o setor tem ampliado a distância ante às perdas do início da pandemia, que acumularam -27,1%.

“Observamos a manutenção do comportamento positivo do setor industrial, mas com desaceleração no seu ritmo no mês de janeiro. Em abril do ano passado, a diferença para o patamar recorde era de -38,8%. Agora estamos mais perto (-12,9%), mas ainda com uma perda de dois dígitos”, diz o gerente da pesquisa, André Macedo. “Porém, também chama atenção neste mês a quantidade de ramos que ficaram no campo negativo, que foram maioria (14 de 26), um comportamento que não foi observado nos meses anteriores dessa sequência de nove meses de crescimento”.

Segundo o IBGE, o comportamento foi menos acentuado do que o registrado nos meses anteriores e menos disseminado entre as atividades: duas das quatro das grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção.

Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi assinalada pela atividade de produtos alimentícios, que avançou 3,1% e acabou eliminando parte da queda de 11% acumulada nos três últimos meses de 2020.

Por outro lado, entre as 14 atividades que apontaram recuo na produção, metalurgia, com queda de 13,9%, apontou o principal impacto negativo em janeiro. O ramo de vestuário e acessórios ficou estável (0,0%).

Já entre as grandes categorias econômicas, os bens de capital assinalaram a taxa positiva mais acentuada em janeiro de 2021 (4,5%), enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis avançou 2%. Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-1,3%) e de bens de consumo duráveis (-0,7%) tiveram taxas negativas no mês.

Redação

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