Mercado estima alta juros e retração econômica em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os analistas do mercado financeiro aguardam uma inflação mais elevada, taxa de juros maiores e queda mais expressiva da economia em 2015, segundo dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central.

A estimativa dos analistas para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ampliada pela décima semana consecutiva. Agora, o prognóstico passou de 8,79% para 8,97%. Para 2016, a estimativa segue em 5,50%, há cinco semanas. A inflação este ano deve estourar o teto da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%.

A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,08% para 7,31%, este ano – este foi o terceiro ajuste consecutivo do indicador. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa para 2015 avançou pela terceira semana, de 6,94% para 7%. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu pela terceira semana seguida, de 8,39% para 8,45%.

Quanto a taxa de juros, as estimativas de mercado para a taxa Selic ao fim de 2015 subiram de 14% para 14,25%, com a média do período passando de 13,50% para 13,63%. No último dia 03, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou a taxa básica de juros pela sexta vez consecutiva, chegando a 13,75% ao ano – o mesmo patamar apurado em janeiro de 2009. No final de 2016, a Selic deve ficar em 12% ao ano, patamar estável pela quarta semana consecutiva. Embora os juros ajudem no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.

A expectativa das instituições financeiras para a retração do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 ganhou força pela quinta semana consecutiva, passando de 1,35% para 1,45%. Para o próximo ano, a projeção de crescimento foi reduzida pela segunda semana, de 0,90% para 0,70%. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 3,65% este ano, enquanto o ritmo de crescimento para 2016 foi reduzido de 1,60% para 1,50%.

A projeção para a cotação do dólar foi mantida em R$ 3,20 ao final de 2015, em sua oitava semana consecutiva de estabilidade, e os números para 2016 subiram de R$ 3,30 para R$ 3,40.

De acordo com os dados, a projeção dos analistas para a dívida líquida do setor público foi ajustada de 37,95% na semana passada para 37,90% do PIB, enquanto a variação para 2016 passou de 38,50% para 38,20% do PIB. O déficit em conta corrente para o fim deste ano passou de -US$ 84 bilhões para -US$ 84,50 bilhões, ao passo que a variação para 2016 passou de -US$ 76,35 bilhões para -US$ 76 bilhões.

O volume de investimento estrangeiro direto perdeu força pela segunda semana consecutiva, de US$ 67 bilhões para US$ 66,50 bilhões. Os dados para 2016 foram mantidos em US$ 65 bilhões pela quarta semana consecutiva.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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