Mercado projeta queda do PIB de 2,55% em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A projeção de instituições financeiras para a retração econômica brasileira em 2015 sofreu novo ajuste: segundo dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) foi reduzida pela nona semana consecutiva, de -2,44% para -2,55%. A expectativa de retração em 2016 foi alterada de -0,50% para 0,60%, na sexta piora consecutiva.

A análise mostra ainda que a produção industrial este ano deve apresentar retração de 6,2%, ante 6% na semana anterior, em sua quarta semana consecutiva de queda. A variação para 2016 está em patamar positivo, mas voltou a perder força: os números foram reduzidos pela terceira semana, de 0,72% para 0,50%.

O quadro de piora vem acompanhado de inflação acima da meta. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o fim deste ano foi ajustado de 9,29% para 9,28% – sendo que a meta é de 4,50%, com limite superior de 6,50%. Os números para o próximo ano foram ajustados pela sexta semana consecutiva, de 5,58% para 5,64%.

A pesquisa também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 7,75% para 7,77%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 7,63% para 7,77%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,33% para 9,30%, este ano.

A autoridade monetária tentou trazer a inflação para mais perto da meta com o aumento de juros em sete reuniões consecutivas. Após esse ciclo de alta, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano – projeção que deve se manter até o fim deste ano, segundo dados do relatório Focus (média de 13,63%, estável pela sétima semana consecutiva). Para 2016, os números foram mantidos em 12% pela terceira semana consecutiva.

De acordo com a pesquisa, o percentual estimado para os preços administrados ao fim deste ano foi mantido em 15,20% pela segunda semana consecutiva, e os dados para 2016 seguiram em 5,88%.

A estimativa dos agentes para o déficit em conta corrente ao fim deste ano foi ajustada pela segunda semana consecutiva, de -US$ 74,55 bilhões para -US$ 73,50 bilhões, enquanto a variação para 2016 seguiu estável em US$ 65 bilhões. Já a variação para a dívida líquida do setor público em 2015 subiu de 36,15% para 36,20% do PIB, ao passo que os números para o próximo ano subiram pela terceira semana consecutiva, de 38,90% para 39,10% do PIB.

Quanto ao dólar, a projeção para o fim deste ano subiu pela segunda semana consecutiva, de R$ 3,60 para R$ 3,70 (média do período subiu de R$ 3,29 para R$ 3,32, segunda semana de ajuste). Para 2016, os dados para o fim do ano também avançaram pela segunda semana, de R$ 3,70 para R$ 3,80 (média do período avançou pela sétima semana, de R$ 3,65 para R$ 3,75).

O volume de investimento estrangeiro direto estimado para 2015 foi mantido em US$ 65 bilhões pela quinta semana consecutiva, ao passo que o prognóstico para 2016 subiu de US$ 63,95 bilhões para US$ 64,90 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Vai passar!

    O potencial deste país continua sendo extraordinário: demanda reprimida, população jovem, riquezas naturais INCOMPARÁVEIS em todo o planeta Terra.

    O problema, desde sempre, é o pé no pescoço, por conta do império do momento…

    Quem sabe a crise dos refugiados dê uma sacudida nisso, especialmente quando a população começar a perceber que tem algo errado no fato de que a grande mídia fique caladinha em relação à responsabilidade dos EEUU na deflagração dos conflitos e na covarde omissão deles em ajudar as vítimas. A população vai perceber, um pouco mais, a manipulação da grande mídia, que perderá mais um pouco de seu domínio, e o Brasil poderá respirar um pouquinho mais…

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