Mercado volta a reduzir prognóstico para o PIB em 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A estimativa das instituições financeiras para o processo de encolhimento econômico em 2015 voltou a sofrer ajustes: o prognóstico para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) ao fim deste ano caiu pela décima sexta semana consecutiva, passando de -3,02% para -3,05%, segundo dados do boletim Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central (BC). A variação para 2016 caiu pela quarta semana, de -1,43% para -1,51%.

O quadro de crescimento menor vem acompanhado de uma inflação acima do teto da meta – de 6,50%, enquanto o centro da meta é de 4,50%. De acordo com os dados divulgados, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim de 2015 foi elevada pela sétima semana consecutiva, de 9,85% para 9,91%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique em 6,29% (décimo terceiro ajuste registrado), um resultado abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta.

A pesquisa também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu de 8,42% para 10,11%, este ano. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 8,34% para 9,59%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi alterada de 9,66% para 9,86%, este ano. A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano, foi mantida em R$ 4. Para o fim de 2016, a projeção está em R$ 4,20.

Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015, mas essa projeção deve cair para 13% em 2016. A projeção mediana para o fim de 2016 é esperada em 13% ao ano.

A queda estimada para a produção industrial ao fim deste ano foi mantida em -7% pela terceira semana consecutiva, ao passo que a variação para 2016 foi reduzida pela segunda semana, de -1,50% para -2%.

O saldo da balança comercial seguiu estável tanto para o fim deste ano (-US$ 14 bilhões) como para 2016 (-US$ 26,30 bilhões). Quanto ao câmbio, a projeção para o fechamento do dólar no fim deste ano permaneceu em R$ 4 pela quarta semana consecutiva, com a média do período caindo de R$ 3,41 para R$ 3,40. Para 2016, os números para o fim do ano foram mantidos em R$ 4,20, e a média avançou pela décima quarta semana consecutiva, de R$ 4,05 para R$ 4,11.

O volume de investimento direto no país estimado para este ano subiu de US$ 62,50 bilhões para US$ 64,65 bilhões, e o total para 2016 foi mantido em US$ 60 bilhões pela terceira semana consecutiva.

Segundo o relatório, a variação para a dívida líquida do setor público neste ano perdeu força e passou de 35,85% para 35,80% do PIB, e os números para 2016 subiram de 39,20% para 39,30%. O déficit em conta corrente permaneceu estável em -US$ 65 bilhões pela segunda semana, e os dados para a próxima semana foram mantidos em -US$ 46,35 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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