Percentual de famílias endividadas cai para 60,8% em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Número de famílias com dívidas em atraso também caiu

Jornal GGN – Embora siga em patamar elevado, o percentual de famílias com dívidas perdeu força e chegou a 60,8% em fevereiro – abaixo dos 61,6% observados em janeiro, porém superior aos 57,8% registrados no mesmo período do ano passado, segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O número de famílias com contas ou dívidas em atraso, assim como das que permanecerão inadimplentes, teve o mesmo comportamento: recuo na comparação mensal, porém aumento em relação a fevereiro de 2015. O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso registrou 23,3% do total, em comparação com 23,7% em janeiro e 17,5% no mesmo período do ano passado. O índice de famílias que permaneceriam inadimplentes atingiu 8,6% em fevereiro de 2016, ante 9% em janeiro e 6,4% em fevereiro de 2015.

A redução do número de famílias endividadas na comparação com o mês imediatamente anterior foi observada em ambos os grupos de renda. Na comparação anual, ambas as faixas de renda apresentaram alta. Entre as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual daquelas com dívidas foi de 62,4% em fevereiro de 2016, ante 63% em janeiro e 58,7% em fevereiro de 2015. Entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual daquelas endividadas passou de 54,3%, em janeiro de 2016, para 53,2%..

O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso mostrou tendências distintas entre os grupos de renda pesquisados na comparação mensal, mantendo-se estável na faixa de renda inferior e recuando na faixa de renda superior. Na comparação anual, observou-se aumento do indicador em ambas as faixas.

No grupo de menor renda, o percentual com contas ou dívidas em atraso ficou estável no patamar de 26,3% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016. Em fevereiro de 2015, 19,4% das famílias nessa faixa de renda haviam declarado ter contas em atraso. Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percentual de inadimplentes alcançou 10,4% em fevereiro de 2016, ante 11,8% em janeiro de 2016 e 8,6% em fevereiro de 2015.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 64,3 dias em fevereiro de 2016 – acima dos 60,5 dias de fevereiro de 2015. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7,1 meses, sendo que 26,2% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 34,0%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou na comparação anual, passando de 28,8% para 31,5%, e 25,4% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Já a análise por faixa de renda do percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso apresentou comportamento semelhante entre os grupos pesquisados em ambas as bases de comparação. Na faixa de maior renda, o indicador atingiu 3% em fevereiro de 2016, ante 3,8% em janeiro de 2016 e 2,7% em fevereiro de 2015. No grupo com renda até dez salários mínimos, o percentual de famílias sem condições de quitar seus débitos diminuiu de 10,2%, em janeiro de 2016, para 10,1% em fevereiro de 2016. Em relação a fevereiro de 2015 houve aumento de 2,8 pontos percentuais.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Bom sinal

    É só um mês, mas se formar tendencia pode significar que as familias estão se ajustando, os cortes no orçamento já estão fazendo efeito, não precisarão cortar muito mais, é esse sinal que precisamos.

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