Petrobras encerra 2015 com prejuízo de R$ 34,83 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Ajuste de ativos, queda do barril de petróleo e aumento do Risco Brasil afetaram desempenho

Jornal GGN – A Petrobras registrou prejuízo de R$ 34,836 bilhões em 2015, resultado bem acima das perdas contabilizadas em 2014, que totalizaram R$ 21,587 bilhões (resultado afetado pelo registro do prejuízo com o esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato). Apenas no quarto trimestre, o prejuízo da empresa foi de R$ 36,938 bilhões.

Entre as causas do prejuízo, a empresa cita “o impairment (ajuste) de ativos e de investimentos, principalmente em função do declínio dos preços do petróleo e incremento nas taxas de desconto, reflexo do aumento do risco Brasil pela perda do grau de investimento (R$ 49,748 bilhões); despesas de juros e perda cambial (R$ 32,908 bilhões). O prejuízo operacional ficou em R$ 12,4 bilhões, o que significa queda de 42% em comparação com o ano anterior.

“A queda do Brent impactou negativamente o resultado da Companhia, devido ao reconhecido de perdas por impairment. A desvalorização cambial também exerceu influência negativa, afetando o resultado financeiro”, diz a estatal, em comunicado divulgado após o fechamento dos mercados.

Os investimentos somaram R$ 76,3 bilhões, uma redução de 12% em relação a 2014. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 23,1 bilhões, uma redução de 38%. O segmento de Exploração e Produção concentrou 83% dos recursos.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 73,9 bilhões, montante 25% superior ao de 2014, em função dos maiores preços de diesel e gasolina, além da redução dos gastos com participações governamentais e importações de petróleo e derivados.

Já o fluxo de caixa livre positivo em R$ 15,6 bilhões, ante um resultado negativo de R$ 19,6 bilhões em 2014, favorecendo a redução em 5% do endividamento líquido, em dólares. Desde 2007, não se registrava fluxo de caixa livre positivo.

Apesar das perdas, a estatal divulgou que reduziu sua dívida. O endividamento líquido caiu 5%, chegando a US$ 100,4 bilhões em 31 de dezembro de 2015. A petroleira também aumentou o prazo médio de vencimento da dívida: de 6,10 anos, ao final de 2014, para 7,14 anos, ao final de 2015.

Em 2015, a produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, atingiu a média diária de 2,787 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), representando um crescimento de 4% em relação a 2014.  A produção exclusiva de petróleo no Brasil superou a meta estabelecida no plano de negócios: a marca de 2,128 milhões de barris por dia (bpd) atingida no período representa alta de 4,6% sobre o resultado de 2014. Já a produção exclusiva de gás natural subiu 10% em relação ao ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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