Poupança volta a registrar retiradas em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A caderneta de poupança voltou a registrar retirada recorde de recursos: os saques superaram os depósitos no mês passado em R$ 5,850 bilhões, configurando o pior abril desde que os dados começaram a ser coletados, em 1995. Antes, o recorde correspondia a abril de 2003, quando a captação da poupança ficou negativa em R$ 2,196 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central.

Foi também o quarto mês seguido em que a diferença entre saques e depósitos na poupança (chamada de captação líquida) ficou negativa. No acumulado do ano, o saldo é negativo em R$ 29,081 bilhões. Em março, a poupança registrou retirada líquida de R$ 11,44 bilhões, a pior para todos os meses desde o início da série histórica. Em linhas gerais, a caderneta vem sofrendo desfalques porque as famílias estão apertadas com o endividamento e a inflação elevada. Além disso, com os juros básicos mais altos, ela perde atratividade como investimento.

No mês passado, os saques na poupança somaram R$ 156,36 bilhões, superando os depósitos, que ficaram em R$ 150,5 bilhões. O valor total nas contas ficou em R$ 648,3 bilhões. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,869 bilhões. Do saldo das cadernetas de poupança em abril, R$ 510,116 bilhões pertencem ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e R$ 138,192 bilhões, à poupança rural.

Pela regra atual, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Essa fórmula está em vigor desde o fim de agosto de 2013, quando a Selic ultrapassou o patamar de 8,5%. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

 

 

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Parabéns a gerentes da CEF e do BB !

    E aos gerentes dos demais bancos no Brasil que fazem um esforço danado para o poupador não deixar grana em caderneta de poupança.

    Propõem Ourocap, renda fixa, e seja mais o que for – para que o cliente saia fora da poupança que, como se imagina, não deve pagar comissão aos captadores.  

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