Um dos principais teóricos da inovação no país, ex-reitor da Unicamp, Diretor Científico da Fapesp, o professor Carlos Henrique da Brito Cruz foi o responsável pelas principais definições que ocorreram nos anos 90, sobre universidade, institutos e inovação.
Coube a ele delimitar claramente o papel da universidade (como formadora de pessoal), dos institutos de pesquisa (como pesquisa experimental) e das empresas (como agentes principais da inovação).
Membro do Conselho Temático de Inovação do Projeto Brasil (www.projetobr.com.br), Brito Cruz está preparando o programa de inovação de José Serra para o governo do estado. Na sabatina da Associação Paulista de Jornais (APJ) ontem à tarde, Serra considerou que o programa de Brito Cruz será sua principal aposta se eleito.
A idéia será criar uma Agência de Desenvolvimento, com uma perna na inovação, outra no financiamento, articulando todos os agentes envolvidos no processo: universidades, institutos, associações empresariais, Sebrae etc. Segundo Serra, o interior de São Paulo é uma pequena Europa, com potenciais enormes para serem explorados.
A propósito, repito nota que bloguei em 9 de junho, sobre as fraquezas de Alckmin:
“Segunda fraqueza: jogar fora oportunidades históricas”
“Em nenhum setor do governo FHC havia mais excelência do que na área de tecnologia e inovação. Quando começou o governo Lula, a área mais criticada era justamente o Ministério de Ciência e Tecnologia, com Roberto Amaral desmontando o trabalho do governo anterior.”
“Se tivesse visão de estadista, Alckmin teria convocado um Américo Pacheco, um Britto Cruz (reitor da Unicamp), um Vogt (presidente da Fapesp) e montado um sistema de inovação no Estado à altura de qualquer grande país europeu. São Paulo tem universidades excepcionais, institutos de pesquisa de ponta, uma instituição de financiamento da pesquisa exemplar, a estrutura da FIESP, do Sebrae. Um secretário com visão de futuro teria revolucionado a área”.
“Em vez disso, em um arranjo político interno, Alckmin nomeou para a pasta João Carlos Meirelles, um agricultor sem conhecimento do riscado. O resultado foi pífio. Não se soube de nenhuma articulação entre universidades, empresas e institutos patrocinada pelo governo do Estado”.
No site você encontrará a palestra de Brito Cruz no último seminário de inovação do Projeto Brasil, assim como link para seu trabalho.
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