Tesouro Nacional compra R$ 1,3 bilhão em títulos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Tesouro Nacional realizou nesta terça-feira (20) um leilão de R$ 1,3 bilhão em títulos prefixados (que possuem juros definidos com antecedência), em uma nova medida para conter a forte variação dos juros dos papéis do governo. Operação semelhante foi realizada na segunda-feira (19), quando a entidade adquiriu R$ 1,6 bilhão em títulos públicos junto aos investidores.
 
Segundo o Tesouro, foi comprado o equivalente a R$ 1,122 bilhão em Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimento em 2016 e 2017, e R$ 179,50 milhões em Notas do Tesouro Nacional, série F (NTN-F), com vencimento em 2021 e 2023. Dos 2 milhões de LTN autorizados para recompra, o órgão adquiriu 1,550 milhão. Em relação à NTN-F, o governo comprou apenas 197 mil papéis da oferta total de 2 milhões de títulos.
 
Técnicos do órgão afirmam que os leilões são necessários pois, em momentos de turbulência financeira, as taxas dos títulos tendem a se descolar dos fundamentos da economia brasileira. Além disso, a instabilidade faz o aplicador ter a sensação de que está perdendo dinheiro ao manter o título. No entanto, na hora de se desfazer do papel, o investidor não encontra compradores que ofereçam preço justo. Nessas horas, o Tesouro recompra os títulos para fornecer um referencial de preços e taxas de juros.
 
No caso dos títulos prefixados, a tensão é maior porque os juros pagos aos investidores (taxa de retorno) são definidos com antecedência e não variam conforme as oscilações do mercado e da economia. Quem compra agora um papel desse tipo sabe exatamente quanto receberá daqui a vários anos. No momento em que os juros dos títulos aumentam por causa da turbulência financeira, os investidores desses papéis temem ter prejuízo porque a taxa de retorno não pode mudar. O dinheiro para recompra dos títulos vem, na maior parte, da reserva da dívida pública. Esse instrumento foi usado em 2005, 2006 e 2008, quando estourou a crise financeira internacional.
 
Por meio dos títulos da dívida pública, o Tesouro Nacional vende papéis para arrecadar dinheiro dos investidores e honrar os compromissos de curto prazo. Em troca, o governo compromete-se a devolver a quantia com algum acréscimo. A correção pode ser prefixada (com juros determinados no momento da emissão) ou seguir a inflação, a taxa Selic (juros básicos da economia) ou o dólar.
 
Com informações da Agência Brasil
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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