Vale e mídia: o samba da sucessão louca

No dia 30 de março, a Folha publicou matéria informando que o Bradesco deveria indicar Tito Martins para  a sucessão de Roger Agnelli, na Vale. A matéria informava que o banco aceitara o pescoço do seu executivo por conta de outros interesses com o governo.

De manhã, o Bradesco soltou um desmentido. O jornal deu na primeira página e na matéria de abertura do caderno Dinheiro.

Segunda à noite, houve reunião dos acionistas da Vale para escolher o sucessor. Optou-se por Murilo Ferreira. Aí matéria da sucursal de Brasília da Folha informava que o candidato do Bradesco era Tito – apesar do próprio jornal ter dado o desmentido – mas que Dilma Roussef atropelara – apesar do próprio jornal falar em acordo de interesses do banco.

Filtrando, peneirando, separando o joio do trigo, identificando as intrigas, os dados objetivos são esses:

  1. Optou-se por uma lista tríplice, da qual sairia o novo presidente, a ser indicado pelo Conselho de Administração.
  2. A lista tinha o nome de Tito Martins. Murilo Ferreira e José Carlos Martins, diretor de marketing da Vale. O candidato de Roger era José Carlos. O nome de Tito foi levantado para ser queimado.
  3. Na segunda, o presidente do Conselho, Ricardo Flores, pediu a Roger que estivesse junto, quando fosse anunciado o nome do seu sucessor. Roger disse que só ficaria se o escolhido fosse o seu homem. Quando soube que era Murilo, tratou de viajar para São Paulo.
  4. Tito Martins foi sacrificado, sendo inocente.
Luis Nassif

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