Vendas no varejo fecham 2015 com queda de 4,3%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O volume de vendas do comércio varejista encerrou o ano de 2015 com queda de 4,3% em relação ao visto no ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda é a mais expressiva da série histórica, iniciada em 2001.

Tal comportamento foi acompanhado por um perfil disseminado de taxas negativas entre as oito atividades que compõem o varejo, das quais sete fecharam o ano com queda no volume de vendas: móveis e eletrodomésticos (-14%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%); tecidos, vestuário e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%).

As demais atividades com desempenho negativo foram: livros, jornais, revistas e papelaria (-10,9%); equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-1,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,3%). Na comparação com o ano de 2014, o único setor que apresentou aumento no volume de vendas foi artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 3% de avanço.

Na avaliação mensal, a série ajustada sazonalmente mostra que a passagem de novembro para dezembro de 2015 registrou recuo de 2,7% no volume de vendas, com predomínio de resultados negativos alcançando seis das oito atividades que compõem o varejo.

Os principais destaques foram observados em móveis e eletrodomésticos (-8,7%), que vinha apresentando resultados positivos nos três meses anteriores, período que acumulou 7,8% de crescimento; outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,6%), após avanço de 4,1% no mês anterior; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1%), atividade de maior peso no varejo, que recua pelo segundo mês nessa comparação; tecidos, vestuário e calçados, que apontou queda de 2,1%, após dois meses de variações positivas, período que acumulou exatos 2,1%; e livros, jornais, revistas e papelarias (-1,4%), que registrou a segunda taxa negativa seguida. Houve também expressiva redução de 9,1% em equipamentos de escritório, informática e comunicação, compensando, em dezembro, o ganho de 18,8% registrado no mês anterior.

As taxas positivas foram registradas no setor que comercializa uma parcela de bens essenciais, como é o caso de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%) e em combustíveis e lubrificantes (0,5%), setor que avançou após oito taxas negativas seguidas, período que acumulou uma perda de 7,7%. Considerando o varejo Ampliado, a variação foi de -0,9%, com veículos e motos, partes e peças (0,4%) e material de construção (1,1%), permanecendo no campo positivo.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor varejista mostrou queda de 7,1% em dezembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos entre as atividades que compõem o comércio varejista. Os principais impactos negativos na formação da taxa geral vieram dos recuos de 17,7% no volume de vendas no setor de móveis e eletrodomésticos e de 3,7% no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, seguidos por tecidos, vestuário e calçados (-10,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%) e combustíveis e lubrificantes (-10%). Esses cinco setores juntos respondem por mais de 95% do resultado global para o varejo.

As demais atividades registraram taxas negativas a dois dígitos, mas praticamente não tiveram influência significativa no resultado interanual do volume de vendas em dezembro: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-15,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-14,9%). Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 3,1% frente a dezembro de 2014, foi o único a exercer pressão positiva.

Em termos regionais, a passagem de novembro para dezembro de 2015 (série com ajuste sazonal) mostra que as vendas no varejo foram negativas para as 27 unidades da federação, com as maiores taxas observadas no Pará (-11,0%), Bahia (-7,2%) e Sergipe (-6,4%).

Frente a dezembro de 2014, série sem ajuste sazonal, o comércio varejista também registrou queda no volume de vendas para os 27 estados, com destaque em termos de magnitude para o Amapá (-24,9%). Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se São Paulo (-5,8%) e Rio de Janeiro (-5,5%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador