Volume de negociações da bolsa perde força em maio

 

Jornal GGN – A instabilidade gerada pelo cenário político nacional causou um impacto visível nas negociações da bolsa de valores. Segundo dados divulgados pela BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), o segmento Bovespa registrou a movimentação de R$ 159,58 bilhões ao longo do período, bem abaixo do total de R$ 166,80 bilhões apurado em abril. No fim do mês, o índice Ibovespa acumulou uma desvalorização de -10,09%, aos 48.471 pontos.

 

De acordo com os dados divulgados, a média diária de negócios realizados com ações foi de R$ 6,64 bilhões, o que corresponde a uma redução de ante os R$ 8,34 bilhões registrados no mês anterior. Ao todo, foram realizados 19,650 milhões de negócios, ante 20,752 milhões no mês anterior. A média diária de negócios atingiu 935.726, ante 1,038 milhão em abril. 

 

O valor de mercado (capitalização bursátil) das 356 empresas com ações negociadas na bolsa, ao final de maio, atingiu R$2,07 trilhões. Em abril, esse valor era de R$ 2,26 trilhões, referente a 358 companhias. Em maio, o mercado a vista (lote-padrão) respondeu por 96,2% do volume financeiro; seguido pelo de opções, com 2,9%; e pelo mercado a termo, com 1%.

 

Apesar das incertezas no cenário político, os investidores estrangeiros continuaram puxando as operações do mercado ao longo do mês, ao apresentarem uma participação de 53,4% no total dos negócios. Por outro lado, os investidores institucionais reduziram sua participação de 26% em abril para 23,6% no mês seguinte. As variações das outras categorias foram as seguintes: pessoa física teve um aumento discreto, de 16,1% para 16,9%; empresas públicas/privadas passaram de 1% para 0,8%; e as instituições financeiras subiram de 5,1% para 5,3%.

 

Quanto aos mercados do segmento BM&F, o tiotal de contratos negociados chegou a 56,846 milhões, gerando um volume financeiro de R$4,17 trilhões, ante 63,060 milhões de contratos e giro de R$ 5,13 trilhões em abril. Ao final do último pregão de maio, o número de contratos em aberto foi de 42,090 milhões de posições, bem acima das 33,190 milhões de posições no período anterior. Em maio, o volume de dólares negociados no mercado interbancário e registrados na Clearing de Câmbio da Bolsa foi de US$22,52 bilhões, com 221 negócios, ante US$25,68 bilhões e 1.803 negócios, em abril.

 

 

Embora os investidores estrangeiros sigam puxando as operações do mercado, o balanço da negociação registrado em maio foi negativo em R$1,81 bilhão, decorrente de compras no valor de R$73,54 bilhões e de vendas de ações de R$75,36 bilhões.

 

Quanto aos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Não Patrocinados, foram realizados 1.669 negócios com os papéis disponíveis para negociação na bolsa. O resultado apresentou crescimento em relação ao visto em abril, quando o número de negócios foi de 1.362. O volume financeiro foi de R$364,90 milhões, ante R$273,85 milhões no mês anterior.

 

No caso dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Patrocinados, foram realizados 22.585 negócios, acima dos 21.784 negócios contabilizados no mês anterior. O volume financeiro foi de R$249,15 milhões, ante R$177,58 milhões no mês anterior.

 

Em maio, foram realizados 188.567 negócios com os ETFs (fundos de índices) negociados na bolsa. Em abril, o número de negócios foi de 205.097. O volume financeiro, em maio, foi de R$ 4,03 bilhões, ante R$ 4,22 bilhões em abril.

 

Já o volume financeiro com empréstimos de ações atingiu R$ 52,75 bilhões, ante a marca de R$ 54,75 bilhões em abril. O número de operações foi de 101.967, ante 104.622 no mês anterior. 

 

De acordo com o balanço da bolsa, o mercado de renda fixa privada da Bolsa totalizou R$ 17,11 milhões, ante R$ 50,43 milhões em abril. No mercado de Fundos de Investimento Imobiliários (FII), a movimentação chegou a R$ 657,54 milhões em 158.596 negócios. No mês anterior, o volume financeiro registrado foi de R$399,43 milhões, em 71.893 operações.