No Paraná, Justiça nega reintegração de posse de escolas ocupadas

Jornal GGN – Ontem (10), a Justiça negou pedido de reintegração de posse de 120 escolas que foram ocupadas por estudantes na rede pública do Paraná. A decisão do Judiciário afirma que o movimento é pacífico e legítimo.

O pedido de reintegração foi movida pela Secretaria de Educação do Governo do Estado do Paraná, na tentativa de reverter as ocupações que tiveram início no começo do mês. Os alunos protestam, principalmente, contra a Medida Provisória da reforma do Ensino Médio.

Na semana passada, o governador Beto Richa (PSDB) disse que os jovens não sabe por que estão protestando, dizendo que eles estão sendo usados por movimentos sindicais e falando em uma “perfeita doutrinação ideológica das escolas do Paraná e do Brasil”.

Também na semana pasada, a Promotora de Justiça Hirmínia Dorigan de Matos Diniz e o Procurador Murillo José Diagíacomo do Ministério Público do Paraná, divulgaram nota defendendo o direito à livre manifestação dos estudantes.

Leia mais abaixo:

Do blog do Esmael Morais

Justiça nega reintegração de escolas ocupadas por estudantes no Paraná

A Justiça negou ontem (10) a reintegração de posse de escolas de 120 escolas ocupadas pelos estudantes na rede pública de ensino do Paraná. O Poder Judiciário considerou o movimento pacífico e legítimo.

Os estudantes ocupam mais de 120 escolas em todo o estado, segundo página do movimento Ocupa Paraná.

O indeferimento do pedido de reintegração de posse dos colégios representa uma dura derrota para os governos de Beto Richa (PSDB) e de Michel Temer (PMDB), que são os alvos dos protestos.

Portanto, o Paraná converte-se a partir de hoje na “República do Fora Temer” — redimindo Curitiba que outrora fora rotulada como “capital dos coxinhas”.

As manifestações contra Temer são em razão da reforma do ensino médio (MP 746), que extingue disciplinas do currículo, e da aprovação da PEC 241, que vai congelar por 20 anos os investimentos na saúde e na educação; já Richa enfrenta denúncia de corrupção (Operação Quadro Negro) e desmonte do ensino.

Nas últimas horas, as ocupações estudantis ganharam apoio de pais, educadores (APP-Sindicato), jornalistas (SindiJor) e do Ministério Público que, a exemplo da Justiça, defende a legitimidade das ocupações das escolas.

Sobre as ocupações

Nas escolas ocupadas, o clima é de reparo, limpeza e ordem. Os próprios estudantes aproveitam o movimento para retocar a pintura dos prédios, como no Colégio Estadual Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Eles fazem a parte que o governo do Paraná não o fez porque o dinheiro foi desviado para campanhas políticas, segundo denúncia do Ministério Público.

É importante o apoio da comunidade às ocupações. A coordenação pede mantimentos como arroz, feijão, ovos, acompanhamentos de todos os tipos, panelas, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, etc.

As ocupações tiveram início na segunda-feira (7) no Colégio Estadual Padre Arnaldo Jansen, localizado também na cidade de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

Redação

4 Comentários

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  1. É essa rapaziada, como já

    É essa rapaziada, como já dizia o saudoso Gonzaguinha, que me faz acreditar que as coisas ainda podem mudar nesse país.  Garotas e garotos de muita fibra! Bravo!

    1. De volta ao interesse Público.

      Parece que depois de colocar-se de corpo inteiro em apoio ao GOLPE, ao arrepio das leis e do interesse Público, o MP pretende mitigar os danos a sua imagem, severamente abalada pela ação de Dallagnois e Janots e outros tantos Tuiuius golpistas e quadrilheiros.

  2. Tiro pela culatra

    Diz-se que aprendizes de feiticeiro semeiam furacão onde há brisa. Pois que os aprendizes em “democracia”, “politicas de estado”, deram um golpe tendo como mote a judicialização de tudo o que possa contestar/abalar o status quo. Pois bem, semearam politização em uma classe média que até então abominava politica e de patriota só a camiseta da seleção uma vez a quatro anos.

    Pois a conversa invadiu os almoços de domingo e essa classe média percebeu que, mesmo sem sair do sofá e apenas com panelas, podem fazer politica. Imaginem agora se esta classe pegar gosto pela coisa. Paraná é bem conservador, mas tem um povo que ama a honestidade e a dignidade da família.

    Mexeram no vespeiro e agora o caboclo corre o risco de morrer pelas vespas!

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