Temer gasta últimos esforços para aprovação da reforma da Previdência

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Michel Temer durante cerimônia de Entrega de 900 UH do Condomínio Residencial Rubi III A V, do Programa Minha Casa Minha Vida (Alan Santos/PR), em Limeira (SP) 
 
Jornal GGN – O presidente Michel Temer inicia o mês de dezembro anunciando que seguem as articulações para projetar medidas de seu interesse, incluindo a Reforma da Previdência e o desembarque do PSDB, chamado por ele de “elegante”, da base aliada.
 
Durante uma cerimônia de entrega de unidades de condomínio residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Limeira, no interior de São Paulo, o mandatário foi questionado por jornalista sobre como o peemedebista estava tratando pontos polêmicos de sua gestão neste último mês do ano.
 
Anunciou que irá se encontrar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste final de semana, para trabalhar os votos necessários até a próxima semana para aprovar a reforma da Previdência.
 
Da Agência Brasil

Temer falou à imprensa após a entrega de unidades habitacionais em Limeira, no interior de São Paulo.

Reforma da Previdência

Questionado sobre a reforma da Previdência, o presidente disse que vai fazer “o possível e o impossível” para votar a proposta ainda este ano. “Os presidentes da Câmara e do Senado estão muito entusiasmados em nome do Brasil, não em nome do Congresso. Porque nós todos sabemos que a reforma, embora reduzida como ficou, traz uma grande economia. Isto significa uma economia, ao longo de 10 anos, de R$ 480 bilhões”, disse.

Temer contou que amanhã (3) se reúne com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e que vai trabalhar para ter os votos necessários até a próxima quinta ou sexta-feira para aprovar a reforma. “Acho que podemos sensibilizar [os deputados e senadores]. A sociedade já começa a compreender a importância da reforma da Previdência, especialmente porque ela não causa prejuízos aos mais carentes, ela só quebra os privilégios, mas isso já traz uma grande economia”, ressaltou. “Vamos fazer todos os esforços. Só se não tivermos votos, não levaremos a plenário”.

Saída do PSDB

O presidente Michel Temer também comentou a saída do PSDB da base aliada do governo. “Tudo será feito de uma maneira muito elegante, não tenho dúvida. Tenho certeza que o PSDB deu uma grande colaboração para o governo. O partido esteve presente um ano e meio, aliás, em ministérios de grande porte, como o Ministério das Cidades. Deram uma grande colaboração na área externa [Ministério das Relações Exteriores], primeiro com o ministro [José] Serra, agora com o ministro Aloysio [Nunes]”, disse.

Na última semana, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o PSDB não integra mais a base aliada do governo do presidente Michel Temer, mas afirmou que ministros do partido podem permanecer nos cargos como parte da “cota pessoal” de Temer.

 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  1. Conversando com um amigo, lá
    Conversando com um amigo, lá do Bom Jardim, ele falou: Macho, é trágica – e ao mesmo tempo cômica – a expectativa de boa parte da sociedade com uma solução encantada, através de um fuhrer, encarnado na figura teatral de um Bolsomito. A máxima se repete, Tomasi explica: “É preciso mudar para que tudo permaneça como é.” Nosso maior problema está na conjunção de dois vetores: Juros e tributação regressiva – acompanhada de uma estratosférica sonegação, principalmente por aqueles que tanto benefício fiscal já dispõem. Lula atendeu ao desejo do topo da pirâmide e serviu de mudança para que tudo continuasse como é. Pouco antes de sua posse, viajou para Washington e de lá voltou com o Meireles a tiracolo. Sem contar a famosa carta. Proporcionou, é fato, crescimento econômico, redução da miséria, programas sociais importantes, mas não mexeu nada na estrutura central do problema, deixando vulneráveis os tímidos avanços que tivemos. Agora, a ‘nobreza’ financista procura uma nova aposta de ‘novo’, mas com cheiro de naftalina. Já ventilou um farsante gestor e até um animador de palco. Talvez a as esperanças de bancar algo menos tosco estejam se esvaindo com a proximidade acelerada do pleito eleitoral. Então, eles ensaiam duas alternativas: Primeiro, tentar o golpe dentro do golpe, impedindo aquele com cujo ‘pacto de paz e amor’ foi rompido e, agora, talvez represente a verdadeira mudança, ou mudando, na cara dura, o regime presidencialista. Segundo, apostar as fichas num caricato capitão do mato. Percebendo este movimento, o Bolsimito, que é tosco, mas não tão burro assim, já avisou ao ‘deus’ mercado: “Não temam. Eu sou aquele que Fabrizio Salinas desejou.”Né não?   

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