Acordo com Grécia ainda é possível, diz Merkel

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (18) que ainda é possível um acordo entre a Grécia e os credores. “Estou convencida de que onde existe vontade, existe um caminho”, disse a premiê aos deputados alemães no Parlamento.
 
“Se as autoridades gregas têm essa vontade, um acordo continua sendo possível, desde que Atenas aplique de forma decidida as reformas estruturais prometidas”, acrescentou.
 
A Grécia e os credores − Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu −, negociam há um mês a liberação de uma ajuda financeira vital para o país, à beira de um default (suspensão de pagamentos).
 
A posição da Alemanha “não mudou” e os esforços se concentraram na permanência da Grécia na zona do euro, destacou Merkel, que nas últimas semanas intensificou os contatos com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
 
O governo de Tsipras resiste a aplicar as reformas exigidas pelos credores, já que muitas delas contradizem as promessas eleitorais do partido Syriza, de esquerda radical.
 
As negociações serão abordadas em uma reunião hoje dos ministros das Finanças do Eurogrupo em Luxemburgo, mas as duas partes já anteciparam que descartam a possibilidade de um acordo no encontro.
 
Segundo o presidente do Banco Central da Alemanha, Jens Weidmann, a existência da moeda única europeia não depende da Grécia. “A existência do euro não está necessariamente ligada ao desenvolvimento da Grécia, mas alguns efeitos de contágio não podem ser completamente descartados, sobretudo no cenário de um Grexit [saída da Grécia da zona do euro]”, explicou Weidmann.
 
A avaliação de Weidmann foi feita em entrevista aos jornais Les Echos, publicado na França, ao espanhol El Mundo e ao italiano La Stampa.
 
O presidente do Banco Central alemão ponderou que “o caráter da união monetária também será afetado se um dos sócios não assumir a responsabilidade para com a estabilidade do conjunto”. “Esse também é um efeito de contágio cujas consequências não devem ser minimizadas”, completou. Weidmann disse que “em última instância, a responsabilidade da permanência da Grécia no euro é do governo grego”. 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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