O Minotauro Global e o Sátiro Francês, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Uma das coisas mais interessantes sobre o livro de Yanis Varoufakis é sua capacidade de desafiar narrativas consensuais e fomentar debates que são evitados.

A União Europeia, segundo a narrativa oficial, teria nascido de uma aspiração exclusivamente europeia:

No dia 9 de maio de 1950,[35] cinco anos após a rendição do regime nazi, Schuman lançou um apelo à Alemanha Ocidental e aos países europeus para que instituíssem uma única autoridade transnacional comum para administração das respectivas produções de aço e carvão.[36] Este discurso, conhecido como Declaração Schuman, foi acolhido de maneira díspar dentro dos governos europeus e marcou o início da construção europeia, ao ser a primeira proposta oficial concreta de integração europeia.[34] Ao submeter a produção das matérias-primas fundamentais à indústria bélica numa única autoridade, os países-membros da organização teriam grandes dificuldades em iniciar um conflito entre si.”

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia

Sempre que um europeu menciona a UE podemos ver os ecos das palavras de Schuman:

“O contributo que uma Europa viva e organizada pode dar à civilização é indispensável para a manutenção de relações pacificas. A França, ao assumir-se desde há mais de vinte anos como defensora de uma Europa unida, teve sempre por objetivo essencial servir a paz. A Europa não foi construída, tivemos a guerra.

Europa não se fará de uma só vez, nem numa construção de conjunto: far-se-á por meio de realizações concretas que criem em primeiro lugar uma solidariedade de facto. A união das nações europeias exige que seja eliminada a secular oposição entre a França e a Alemanha.”

https://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_Schuman

A ambição de construir a imagem de uma UE criada exclusivamente pela diplomacia europeia pode ser percebida, por exemplo, no seu website:

“Alguns visionários que passamos a enumerar inspiraram a criação da atual União Europeia. Sem a sua energia e motivação, não estaríamos a viver na esfera de paz e estabilidade que hoje consideramos como adquirida. De combatentes da resistência a advogados, os Pais Fundadores da UE formavam um grupo de personalidades provenientes de diferentes quadrantes que partilhavam o mesmo ideal: a criação de uma Europa pacífica, unida e próspera. Para além das personalidades aqui referidas, muitas outras inspiraram o projeto europeu e trabalharam de forma incansável com vista à sua realização A presente secção sobre os Pais Fundadores da UE está, por conseguinte, longe de ser exaustiva.”

https://europa.eu/european-union/about-eu/history_pt

Varoufakis desafia o consenso ao afirmar que quem criou a UE foram os norte-americanos.

“Os estudantes que têm de aprender sobre a integração europeia são ensinados que a União Europeia começou sua existência na forma da CECA. O que eles têm menos probabilidade de ouvir é o bem guardado segredo de que foram os Estados Unidos que persuadiram, forçaram, ameaçaram e seduziram os europeus para que ela fosse criada.” (O Minotauro Global, Yanis Varoufakis, Autonomia Literária, 2ª edição, São Paulo, 2017, p. 107)

Um pouco adiante, o autor grego afirma que:

“…a Alemanha Ocidental foi tirada da geladeira e a França gradualmente aceitou sua reindustrialização – um desenvolvimento essencial ao Plano Global dos new dealers. É irrefutável que, sem a mão orientadora dos Estados Unidos, a CECA não teria se materializado. Contrariamente à narrativa eurocentrista (para a qual a unificação europeia era um sonho tornado realidade graças à diplomacia europeia e a um forte desejo de deixar para trás o violento passado do continente), a realidade é que a integração foi uma grande ideia de Washington, implementada pela cúpula da diplomacia norte-americana. O fato de terem trazido para sua causa líderes europeus esclarecidos, como Schuman, não muda esta realidade.

Houve um político que viu isto claramente: o general Charles De Gaulle, futuro presente da França, que esteve prestes a se estapear com os Estados Unidos nos anos 1960 – tanto que tirou a França da ala militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Quando a CECA foi formada, De Gaulle condenou-a por se tratar de uma criação da Europa unida na forma de um cartel restritivo e, mais importante, numa criação americana mais apropriada a servir seu Plano Global do que a gerar uma base sólida para a Nova Europa. Por estas razões, De Gaulle e seus seguidores votaram contra a formação da CECA o parlamento francês.” (O Minotauro Global, Yanis Varoufakis, Autonomia Literária, 2ª edição, São Paulo, 2017, p. 108)

Como Varoufakis citou Charles De Gaulle vale a pena transcrever aqui as palavras daquele estadista francês. Para De Gaulle:

“Esta hora de la verdade pone de relieve el estado de debilidade en que Francia está aún sumida en relacion con los fines que ella persigue y con los cálculos interesados de los otros. Éstos van, con toda naturalidad, a sacar provecho de la situación para intentar coaccionarnos a propósito de los litígios en suspenso, o para relegarnos a un puesto secundario en el concierto que edificará la paz. Pero quiero esforzarme en no dejarles hacerlo. Aún más, creyendo que en el derrumbamiento de Alemania, el desgarramiento de Europa, el antagonismo russo-americano ofrecen a Francia, salvada de milagro, unas possibilidades de acción excepcionales, paréceme que el nuevo período me permitirá quizás empreender la ejecución del amplio plan que he forjado para mi país.

Garantizarle la seguridad de Europa occidental, impidiendo que un nuevo Reich pueda amenazarla de nuevo. Colaborar com el Oeste y el Este, concertar si es necessário, en uno u otro campo, las alianzas precisas, sin aceptar nunca ninguna clase de dependência. Para prevenir los riesgos, todavia vagos, de dislocación que la Unión Francesa se transforme progressivamente en una libre asociación. Hacer que se agrupen desde los puntos de vista político, económico y estratégico los Estados colindantes con el Rin, los Alpes, Los Pirineos. Hacer de esta organización una de las tres potencias planetarias y, si algún día es necesario, el árbitro entre los dos campos, soviético y anglosajón. Desde 1940, los que he podido hacer y decir reservaba esas posibilidades. Ahora que Francia está en pie, voy a intentar utilizarlas.” (Memorias de Guerra – La Salvacion [1944-1946], Charles De Gaulle, Luis de Caralt, Editor, Barcelona, 1970, p. 199/200)

As palavras de De Gaulle confirmam a tese de Varoufakis. Ao fim da II Guerra Mundial, o estadista francês imaginava a União Francesa como uma potência europeia livre da influência norte-americana e capaz de arbitrar os previsíveis conflitos entre os EUA e a URSS. A vitória da CECA no Parlamento da França equivaleu, portanto, a derrota do projeto de De Gaulle de realizar seu principal projeto.

Há séculos os norte-americanos cultuam os Pais Fundadores dos EUA. Eles fazem isso com uma reverência que não podia ser vista em nenhum outro país. Nesse sentido, o texto divulgado pelo website oficial da União Europeia homenageando seus Pais Fundadores da UE pode ser considerado um ato falho, uma confissão involuntária de que a Europa se transformou num puxadinho de Washington.

Sob a pressão da diplomacia norte-americana, que garantiu a criação da CECA na Europa e fomentou guerras de independência na África e na Ásia, a União Francesa imaginada por De Gaulle esfarelou nos anos 1950. Sob o controle do Minotauro Global em crise, porém, podemos ver um pequeno Sátiro Francês tocando sua flauta entre a França e a Guiana Francesa.

De Gaulle tinha uma visão nacional e foi derrotado. Correndo o risco de ser processado e encarcerado, Michel Temer não consegue vislumbrar nada além de sua própria salvação pessoal. Em troca da garantia de impunidade, o usurpador brasileiro transformou a Petrobras e as províncias petrolíferas do nosso litoral num puxadinho de Wall Street.

É verdade que os gringos estavam pressionando o Brasil desde 2012 http://economia.ig.com.br/empresas/2012-07-09/euforia-do-pre-sal-sucumbe-a-realidade-diz-wall-street-journal.html. Os norte-americanos rejeitavam a exigência de conteúdo local defendida por Dilma Rousseff e a primeira coisa que Michel Temer fez ao chegar ao poder foi destruir toda a cadeia produtiva brasileira ligada à exploração do Pré-Sal. Mas as coisas poderiam ter sido bem diferentes, se ao invés de sabotar o Brasil os gringos tivessem investido contra o sátiro francês.

A Guiana Francesa tem aproximadamente de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo http://www.alem-do-amazonas.com/artigo/sociedad/petroleo-na-guiana-francesa/. As condições de exploração daquele petróleo são semelhantes às do Pré-Sal. Todavia, nenhum jornalista brasileiro parece ter notado que os norte-americanos não pressionaram a França para aumentar a prospecção de petróleo na Guiana Francesa com a mesma ousadia que eles utilizaram em relação ao Brasil.

Um ano antes de Wall Street cobiçar abertamente o nosso petróleo, o sátiro francês havia descoberto novas províncias petrolíferas em seu litoral http://br.rfi.fr/franca/20110909-franca-celebra-descoberta-de-petroleo-na-guiana-francesa. Só naquela região existem 15 bilhões de barris de petróleo http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/12/disputa-entre-venezuela-e-guiana-afeta-exploracao-energetica.html, ou seja, quase o dobro do que existe no litoral brasileiro.

O Sátiro Francês explora lentamente suas reservas de petróleo. Porque o Brasil não poderia fazer o mesmo? Porque nós não temos armas nucleares e os franceses tem? Isso explica a sanha persecutória contra o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva? Ele acredita que sim https://www.cartacapital.com.br/revista/975/almirante-othon-minha-condenacao-interessa-ao-sistema-internacional. A mim parece que ele tem razão, pois não confio mais num sistema de justiça que submeteu o Brasil totalmente aos interesses estrangeiros protegendo a quadrilha que assaltou o poder. 

Fábio de Oliveira Ribeiro

7 Comentários

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  1. bom, muito bom!

    É sempre bom ter outra visão do mesmo assunto.

    Eu mesmo fui “educado” que a CECA e o que veio depois é uma criação unicamente europeia.

    Mas pensando bem, talvez não seja como contam. Certamente teve o apoio dos EUA, pois se não tivesse não teria ocorrido.

    Pré-sal. Quanto a nós so nos resta chorar. Temer não vale a cueca suja do De Gaulle.

     

    1. “Temer não vale a cueca suja

      “Temer não vale a cueca suja do De Gaulle.” Verdade. Todavia, creio que Michel Temer não valeria nem mesmo a sujeita na cueca de De Gaulle.

  2. Yanis Varoufakis e a praga do celebrismo

    O fato de ser um economista de alta reputação (e é mesmo) não impede de ser isento de críticas. Muito interessante a sua postura no embalo de tentar resgatar a Grécia ….. na medida em que encarou a realidade, resolveu deixar o seu parceiro Tsipras com a batata quente, tachá-lo de “traidor de causas”,  sair para escrever críticas disso e daquilo do que virou o Syriza, e transforma-se em celebrity internacional, nos moldes TEDs e afins.  Uma demonstração no mínimo “interessante”.

    A propósito, o celebrismo é uma praga que chegou até aos economistas. Exemplo clássico: Nouriel Roubini – da sala de aula matutina na NYU às festas de arromba de sua cobertura em Midtown em Manhattan. 

    A influência norte-americana na recuperação e no início das tratativas integracionistas já se fazia antes mesmo do estabelecimento da CECA (em 1952), tendo em tela a criação em 1948 da Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE), órgão criado para gerenciar os recuros do Plano Marshall, e que veio, posteriormente, a se tornar a OCDE (1961), com a expansão geográfica para além do velho continente.

    1. Você culpou Varoufakis porque

      Você culpou Varoufakis porque a União Europeia rejeitou e sabotou o programa econômico anti-neoliberal que ele concebeu para a Grécia. Esta é a sua maneira de dizer que você mesmo é adepto do neoliberalismo? 

      1. Varoufakis – Celso Furtado: uma diferença amazônica

        Antes de tudo, um prazer interagir contigo. Leio suas postagens e seus coimentários com muito afinco, concordando ou não com ela. 1 abraço para você.

        Não se trata de uma questão de ser ou não ser neoliberal, ou de questionar o trabalho intelectual deste economista.. A minha crítica está na postura um tanto vaselina, oportunista e celebrista do Varoufakis quando se defrontou com a realidade dos fatos. Ao invés de buscar, como ministro das finanças, se adaptar à realidade das NOVAS CIRCUNSTÂNCIAS, resolveu deixar-se sair do barco. Ao invés de seguir o rumo, foi oportunista em querer se mostrar promotor de um ideal do que poderia ser feito, e não so que deveria ser feito, frente à realidade dos fatos. Pior de tudo, é se deixar promover por isso a ponto de se credenciar como uma autoridade mundial de economistas progressistas. Óbvio, na medida em que é cômodo e mais fácil estar “out”, deixando a batata quenta nas mãos dos “vendidos” do Tsipas.

        Descenessário explicitar a diferenca amazônica existente entre um Yanis Varoufakis e um Celso Furtado na compreensão dos nexos conjunturais. Furtado, sinônimo de Cepal,  não teve num problema em fazer uso de perspectivas ortodoxas como primeiro momento do Plano Trienal; 2) reconhecer as dificuldades, os erros e não êxitos ; 3) seguir a vida de forma  discreta e elegante.

    2. O Minotauro Global e o Sátiro Francês

      a Ex-querda tem se dedicado com afinco a caluniar e denegrir Varoufakis, justamente por este demonstrar, em palavras e ação, como existem alternativas viáveis a uma capitulação voluntária ao grande Capital.

      vejamos:

      os gregos foram derrotados pela sua liderança, pela traição de Tsipras e do Syriza. assim como Lula, Tzipras jamais quis confrontar a banca, mesmo que Varoufakis tivesse montado toda uma estratégia para tal.

      a versão posta para circular pela Ex-querda brasileira está longinquamente distante do que aconteceu concretamente. Tsipras é o Lula grego – também pode ser vice-versa: Lula é o Tsipras brasileiro.

      não é verdade que a capitulação do Syriza era inevitável. ao contrário, após a vitória do NÃO no plebiscito, acovardar-se foi uma decisão unilateral de Tsipras e sua gangue de rendidos à Troika.

      a proposta da equipe de Varoufakis foi declarar default ANTES das negociações, devolvendo o problema para quem o criou: a Troika.

      nisto se encaixa a auditoria da dívida (contribuição da brasileira Maria Lucia Fatorelli). como a situação das dívidas dos países Europeus é insustentável, assim como um Euro mantido como padrão fixo (sem mecanismo de absorção de choques e reciclagem de superávits), esta estratégia levaria necessariamente a um rearranjo financeiro da EU, sob pena de colapso do Euro.

      “Varoufakis fala também pela primeira vez da derrota política que o levou a sair do governo. Segundo a versão do ex-ministro, propôs ao governo um plano com três ações caso o BCE obrigasse ao encerramento dos bancos: a emissão (ou o anúncio) de uma moeda paralela (uma promessa de dívida conhecida como IOU), o corte na dívida detida pelo BCE desde 2012 e tomar o controle do Banco da Grécia. “Perdi por seis contra dois”, diz Varoufakis, que voltou a insistir no plano na noite da vitória do OXI.”

      LINK

      “Entrei exultante no gabinete do Primeiro Ministro. Eu flutuava numa bonita nuvem impulsionada pelo entusiasmo popular com a vitória da Democracia Grega no referendo. E no momento em que adentrei no gabinete, senti imediatamente um certo ar de resignação – uma atmosfera negativamente carregada. Eu me deparei com um ar de derrota, que era completamente inverso ao que ocorria do lado de fora, nas ruas. Naquele momento, tive que dizer ao Primeiro Ministro: “Se você deseja usar todo este clamor por democracia que ouvimos do lado de fora das portas deste prédio, conte comigo. Mas se, por outro lado, você sente que não pode usar este majestoso “Não” contra uma proposta irracional de nossos parceiros Europeus, eu simplesmente desapareço no meio da noite”.

      Yanis Varoufakis – 13/07/2015

      o Plano B incluía até mesmo a tomada de assalto do sistema que controlava as finanças gregas, gerido pela Troika:

      “So we decided to hack into my ministry’s own software program in order to be able break it up to just copy just to copy the code of the tax systems website onto a large computer in his office so that he can work out how to design and implement this parallel payment system.”

      LINK 1

      LINK 2

      o infoGrécia publicou a gravação da intervenção de Varoufakis para uma platéia de investidores em Londres, onde descreve a preparação do plano alternativo para o caso de o país ser empurrado para fora do Euro. depois da polêmica criada com artigos na imprensa grega o atacando, o ex-ministro das Finanças da Grécia autorizou a divulgação pública desta gravação.

      LINK 1

      LINK2

      em “A Modest Proposal for Transforming Europe”, Varoufakis apresenta linhas de ação para superar uma crise global que se desdobra em quatro frentes: crise bancária, crise da dívida, crise de investimentos e crise social. através de engenharia financeira clara e precisa, define o que fazer, porque fazer, como fazer e indica qual a fonte dos recursos.

      a  proposta nos diz respeito. pois aborda como reciclar aplicações financeiras, redirecionando-as para investimentos produtivos, e  reequilibrar fluxos financeiros assimétricos como suporte para programas sociais.

      exemplo: o superávit comercial retorna como investimento aos países deficitários e a remuneração do fluxo de capital vindo destes países é usada para neles financiar programas sociais.

      video: Capitalism will eat democracy — unless we speak up | Yanis Varoufakis

      [video: https://www.youtube.com/watch?v=GB4s5b9NL3I%5D.

       

  3. Minotauro/Fausto/Bobo da corte.
    O quê mais me intriga nessa postura dos que fazem oposição às medidas tomadas pelo usurpador Temer, é a teoria do fato consumado. Como se fosse impossível a reversão dos atos praticados por esse governo ilegítimo.
    Ora, a depender do Congresso eleito para a legislatura que se iniciará em 2019, com a maior renovação de toda a história parlamentar brasileira, aumentando substancialmente a representação no campo das esquerdas, seria lógico a aprovação de um referendo revogatório que retorne a legislação ao status quo ante.
    A repetir-se uma composição congressual tal como a presente, nenhum ser humano será capaz de nos livrar da eterna vassalagem ao capital e interesses geopolíticos das grandes potências.
    Portanto, é imprescindível a união e consenso entre as forças de esquerda, caso contrário, estaremos a fornecer a corda que irá nos enforcar.
    Devemos delimitar nossos verdadeiros adversários e agirmos com pragmatismo nas composições políticas, sem sermos ingênuos com os ‘Cavalos de Tróia’ que nos serão ofertados.

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