Síria: civis fogem usando corredores humanitários

Rússia e Estados Unidos organizam rota de fuga para refugiados em Aleppo
 
 
Jornal GGN – A cidade de Aleppo, na Síria, está no foco do conflito entre as forças do presidente Bashar al-Assad e os opositores de seu governo, apoiados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), forçando milhares de famílias a fugir do município. 
 
A Rússia, que apoia o regime de Assad e participa diretamente do bombardeio contra os rebeldes, criou um corredor humanitário para permitir a passagem da população. 
 
Segundo informações da Sana, agência de notícia estatal da Síria, os civis estão sendo levados de ônibus até centros provisórios de apoio. Cerca de 300 mil pessoas ainda precisam ser retiradas. 
 
Outros corredores humanitários foram abertos pelos Estados Unidos com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações não-governamentais que atuam na região. Na última sexta-feira (29) um hospital pediátrico da cidade de idlib, perto de Aleppo, controlado pela ONG Seve The Children, foi destruído por bombardeios. O local tinha a única maternidade em um raio de 70 quilômetros e atendia 1,3 mil mulheres por mês. 
 
A guerra na Síria já dura cinco anos. O conflito começou inspirado pela Primavera Árabe, em março de 2011, quando grupos contrários ao regime Assad iniciaram uma rebelião armada para tirá-lo do poder. Os opositores chegaram a receber apoio dos Estados Unidos, enquanto Assad recebeu apoio da Rússia. A desestruturação social e política abriu caminho para o fortalecimento do Estado Islâmico na região, que agora atua diretamente junto aos rebeldes.
 
*Com informações da Agência Ansa
Redação

5 Comentários

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  1. pergunta

    As forças do governo sírio, e aliados, cercaram completamente a cidade de Aleppo.

    Como é possível haver corredores norte americanos?

  2. Um bom exemplo para os que

    Um bom exemplo para os que acham que uma guerra civil faria bem ao Brasil e também para aqueles que acham que, se houver problema por aqui, basta ir para Miami. Só se for nadando…

  3. Meses

         Quem lê a noticia ,acredita que por bel – prazer estes “corredores” foram instituidos por obra e graça de instituições humanitárias, mas na realidade crua, foram resultados de negociações de meses, iniciadas em janeiro deste ano, não foram motivados por razões “divinas”, sequer de compaixão com os civis – em guerras deste tipo, civis e/ou deslocados, são “armas”, que para os contendores, são muito uteis – , portanto sujeitos a “negociações”, não apenas entre os governos ( Siria e Russia ) mas com a UN e os do “outro lado” – exceto o ISIS.

           Como são estabelecidos : No caso Aleppo as negociações levaram a 3 “rotas”/areas *, a oeste da cidade, logo depois estabelecida uma nova “rota/area” a noroeste ( preservandoo afluxo de pessoas desta area, que teriam que passar por areas “não liberadas” para atingir os 3 corredores originais ), estas “rotas/areas” são previamente calculadas, e em suas “saidas”, estabelecidos “pontos de controle” (check points ) finais, que colaboram com outros moveis situados em rota, visando impedir que combatentes se misturem aos deslocados. No caso de “combatentes” queiram passar, desertores desarmados mas identificados, devem levar um “salvo conduto”, que foram distribuidos por ar nas zonas conflagradas, geralmente homens entre 14 e 50 anos ( é facil identificar um combatente/desertor : ele estará sozinho, no maximo em dupla, com um aspecto geral melhor, tanto fisico como de indumentaria ).

            Rotas/Areas : Os “corredores” não são apenas linhas que conduzem para fora da cidade, não existe uma tregua geral, as operações continuam, apenas são sustadas nas areas adjacentes aos corredores, acordos localizados tb. são efetuados através das forças no terreno, que por horas ou até dias, concordam em parar o combate e manter as posições, e protegerem a saida dos deslocados, até o “corredor” propriamente designado, já quanto as operações aereas e de artilharia, as coordenadas por GPS/Glonass delimitam estas areas, inviabilizando ataques.

            O Problema : Em condições “normais”, quando apenas uma area/cidade encontra-se conflagrada, a alocação dos deslocados é dispersa entre outras areas fora de combate do território/país, algo que não ocorre na situação siria, portanto a situação agrava-se muito, pois atender uma massa de 15.000 á 30.000 pessoas, todas elas em condições fisicas e psicológicas debilitadas, requer um planejamento prévio anterior e paralelo a negociação dos próprios “corredores”, os deslocados demandam muitos cuidados imediatos, serão circunscritos a “campos”, cercados e vigiados, com alimentação/agua racionados, e pior, sem visão ou esperança de futuro, o que eles tinham não existe mais, as lembranças doem, a maioria não sabe o que ocorreu, alguns refugiam-se na FÉ, e sabemos o que ocorre com quem opta neste sentido.

            Já escrevi neste sitio sobre Gaza, Sudão, Haiti, Etiópia, Yugoslavia, Siria, Libano, Turquia, sobre “deslocados” e seus “Campos “, e apesar de conhecer bastante sobre guerras, que o animal mais perigoso é o homem, quem vê um ” Campo”, pode ser na Europa ( Belsen, Auschwitz ), ou os campos de “estupro” na Bósnia, da fome no Haiti, da falta de agua no “Chifre da Africa”, ou relembrando o “kwashikor” nigeriano ( anos 60 Biafra ) – paro por aqui, poderia colocar outros casos – que o ser humano é uma realidade, mas a propalada “humanidade” dele, é conto de Grimm, é papo furado.

  4. Aleppo, é o baluarte do

    Aleppo, é o baluarte do ISIS,atualmente. A evacuação , da população civil, faz parte   da estratégia acertada  entre  Rússia e EUA,para a “quatro mãos”,  empreenderem  ação mais contundente  contra o  Estado Islâmico. Claro que, daria fôlego a Assad, mas combater o ISIS em meio a mixórdia de múltiplas frentes, em que todos atiram contra todos,todo o tempo, sem resultado  ,nem político ,nem militar é o que importa.   O ISIS , está atingindo o coração da Europa e começa a produzir   efeito de demonstração  na terra de Obama. Putin , também não escapa,os chechenos tem  a loucura  na dose exata exigida pelo ISIS.Portanto, união tática é a palavra de ordem.

  5. Às armas. De onde vêm elas?
    Às armas. De onde vêm elas? Quem as transporta? Quem se beneficia delas desse dia fabricação? Uma indústria armamentista intacta, mãos mal alimentadas para pegar em armas, não ajudam em nada Aleppo.

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