Bretas concede prisão domiciliar a ex-secretário de Paes, acenando colaboração

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O ex-secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto, que trabahava para o prefeito Eduardo Paes, teve a sua prisão revogada pelo juiz da Lava Jato do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, e terá que cumprir a detenção em casa. A decisão, contudo, foi aceno para que o investigado continue “colaborando” com os processos.
 
Alexandre estava preso desde o dia 23 de janeiro deste ano, após ser acusado de participação em esquema de corrupção envolvendo as obras da bacia de Jacarepaguá, na zona oeste, e do corredor expresso BRT Transbrasil, que liga o centro do Rio à zona oesta da cidade.
 
Juntamente com Paes, ele é réu em quatro ações penais que tramitam 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e foi preso em fase da Lava Jato deflagrada em janeiro deste ano no Estado. 
 
Os advogados dele, contudo, pediram que a prisão fosse revogada e Bretas aceitou com um aceno de que o investigado acataria fechar um acordo de delação premiada ou mesmo de entregar outras provas investigadas.
 
“[Alexandre Pinto] tem manifestado interesse de colaborar e esclarecer os fatos criminosos nos processos a que responde”, pontuou o juiz do Rio de Janeiro.
 
De acordo com Bretas, o investigado, durante os interrogatórios “buscou explicar os delitos imputados a ele, e eventualmente confessando a prática de crimes, o que representa uma atitude de cooperação da defesa perante o Juízo”, analisou.
 
Dessa forma, o magistrado prevê que Pinto “vem adotando comportamentos que demonstram a intenção em contribuir com a investigação criminal, pelo que fica afastada a necessidade da cautelar de prisão”.
 
As quatro ações a que Alexandre é alvo estão, ainda, em fase processual avançada, dificultando uma possibilidade de interferência nas apurações. Com essas alegações, Bretas autorizou a prisão domiciliar, proibindo que Alexandre Pinto mantenha contato com outros investigados e entregue seu passaporte à Justiça Federal.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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