Casa Civil mantém o Conselhão inativo

Dilma Rousseff tem sido enfática na defesa do seu mandato.

Mas o primeiro passo para um governante legitimar seu mandato é assumir que não é propriedade sua e sim de um conjunto de forças sociais, econômicas e políticas por ele representadas.  Quando governos deixam de ser representativos, caem ou limitam-se a empurrar seu mandato com a barriga.

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A legitimação de um mandato se dá quando governantes se abrem para os setores sociais. E essa abertura só é eficaz se feita de forma organizada e institucionalizada.

Daí não se entender a pouca atenção dada até agora a um instrumento consagrado de participação social: o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) ou Conselhão.

Criado há dez anos, Conselhão já foi uma secretaria com status ministerial, já foi vinculado à Secretaria de Relações Institucionais, já foi vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos. No período Lula, tornou-se uma referência internacional para os grandes pactos nacionais e para oxigenação do governo.

É um organismo de participação já testado, com conselheiros já escolhidos, fórum ideal para discutir pacotes, aprimorá-los e conquistar adesões.

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Dilma Rousseff nunca foi fã de trabalhos participativos. Sua visão de gestão é a do gerente tradicional, das empresas tradicionais, que decidia sem ouvir e não admitia questionamentos.

Uma curva ABC – método que permite identificar as opções mais adequadas – colocaria o CDES no primeiro plano das prioridades presidenciais.

Não tem custos, permite uma interlocução ampla com os mais variados setores e não implica em nenhum risco político.

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Dilma nunca mostrou interesse pelo Conselhão. O desinteresse se manifestava nas poucas plenárias ocorridas no seu mandato e no diálogo internacional, com outros países que adotaram o modelo.

Desde o ano passado, quando foi colocado na Casa Civil, o Conselho desapareceu. Em fevereiro passado, os conselheiros foram informalmente convidados para um novo mandato. Mas até agora não houve a renovação.

Houve ordens expressas do Ministro Aloisio Mercadante para que o Conselhão se abstivesse de qualquer atividade, justamente no período em que a interlocução política tornou-se peça essencial para a manutenção da governabilidade.

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No fundo, as duas grandes vulnerabilidades de Dilma são a absoluta impermeabilidade a qualquer forma de participação externa e o aprofundamento da recessão, com toda a dose de desgaste político que traz.

Ontem, no Senado, o presidente do Banco Central Alexandre Tombini reiterou que o banco irá valer-se do que for necessário para trazer a inflação de volta para o centro da meta ainda em 2016.

Significa, na melhor das hipóteses, derrubar o PIB em mais de 5% em dois anos.

O governo não tem fôlego político para bancar essa conta. Se tivesse, a conta não teria viabilidade econômica, pois significaria derrubar o nível de atividade e, com ela, a arrecadação. Se tivesse viabilidade econômica, não teria a financeira, porque ajustue fiscal nenhum equilibra uma dívida bruta crescendo a mais de 20% ao ano, por conta dos níveis da Selic.

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Não é o golpismo inconsequente da oposição que derrubará Dilma. Se cair, será pelo desânimo dos defensores da legalidade.

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. Nassif
     
    Legitimidade

    Nassif

     

    Legitimidade diferente de legalidade.

     

    Sejamos democratas e sigamos a CF/88!

     

    Golpe com base em legitimidade é golpe!

     

    Legalidade é preservar mais que a Dilma,

     

    Legalidade é preservar o nome do Brasil e dos seus 205 milhões de habitantes e cidadãos.

     

    Chega de artigos que alimentam o Golpe.

     

    Não somos Honduras, não somos Paraguay!

     

    Pouco importa que quem está no poder tenha seu tempo.

     

    Não podemos instigar qualquer ruptura institucional!

     

    Não podemos passar por esta vergonha suprema que é ter um governante eleito derrubado!

     

     

    1. quem ficaria?

      O Brasil, ao longo desses séculos, cuja contagem teve início em 22.04.1500, tem sido, no que diz respeito a sua trajetória política, uma arena onde se degladiam leões e hienas. Não há ética entre esses contendores. Atendo-me apenas ao momento atual, tem-se que democratas.apelam pelo golpe, chamando-o de impeachment. Já o governo, tido como de esquerda, toma decisões que nos fazem saudosos do tempo do FMI. É um caos. O cidadão comum, ante uma imprensa, a todos níveis, comprometida com um segmento partidário, não tem um referencial, que lhe permita observar uma luz ao fim do túnel. Temos três poderes, que deveriam ser harmônicos, que só navegam no oceano do interesse. Um Congresso estigmatizado sob duas óticas: governo e oposição. Não creio que ninguém votou num candidato para que ele fosse sistematicamente contra tudo que viesse do Governo, nem também que fosse uma macaca de auditório do Executivo. É deplorável, por exemplo, julgar que uma manifestação que venha a reunir milhares, torne-se mais importante que os milhões de eleitores que pensam ao contrário deles. Amigo, não se iluda, não seja massa de manobra desses polícos que aí estão, independentemente de partidos, porque eles só lhe vêm no período imediatamente antereior ao pleito. Não vejo ainaa saída para nós. Poderia citar-se: e a reforma política? Como admití-la como um remédio salvador, se é fabricado por eles? Ainda não há um Messias no nosso campo visual. Fala-se fora corruPTos. Quem é contra isso? Mas, quem ficaria?

  2. Nassif
     
     
    Repito que quero

    Nassif

     

     

    Repito que quero ver a sua manifestação ao voto do giOmar, o mendes, senador do PSDB no STF.

     

    Isso sim é a crise das instituições brasileiras.

     

    Dilma, que você torpedeia dia sim e outro também, já sabemos que não é estadista.

     

    Você Nassif está sapateando sobre algo que você sabe que não é.

     

    Mas precisamos respeitar a normalidade democrática.

     

    Não podemos de forma alguma desrespeitar a normalidade democrática.

     

    Ainda não vi este posicionamento firme seu.

     

    Num momento de crise, alguns se preservam….outros não a depender do que escrevem.

     

    Já nao vai dar mais para você ficar no meio termo.

     

     

     

    1. E eu gostaria de ver um

      E eu gostaria de ver um artigo sobre a Frente Brasil Popular que sabe cobrar e garantirá a permanência de Dilma usando as armas que forem necessárias.

  3. Mal essa nova tentativa de

    Mal essa nova tentativa de golpe foi posta em movimento, parece que a intervenção de alguns bravos deputados e deputadas e dos blogs alternativos deu um golpe violento nos golpistas, não sei se fatal, mas suficiente para mostrar-lhes que não vai ser fácil.

    Mais uma vez, Dilma nada fará; absolutamente nada. Então em poucas semanas aparecerá um outro movimento golpista, ainda mais virulento.
    O MST, a UNE, a CUT e todos os demais setores democráticos já demonstraram seu apoio incondicional à manutenção do mandato, ainda que sejam contrários ao rumo tomado pelo governo. O que detém a Dilma de tomar uma atitude diferente, quiçá radical, para não somente mudar o rumo tomado, mas para não continuar a alimentar as chances do PSDB ou similar voltar ao poder em 2018?
    Não é possível que seja tão teimosa ou que tenha medo absoluto de forças ocultas.

  4. Nassif, Nós seus colabores

    Nassif,

     

    Nós seus colabores e leitores gostariamos de ver a sua defesa inconteste do mandato de Dilma Rousseff e sua defesa inconteste contra qualquer tentativa de golpe e ruptura institucional. Simples. Básico. 

  5. “Não é o golpismo

    “Não é o golpismo inconsequente da oposição que derrubará Dilma. Se cair, será pelo desânimo dos defensores da legalidade.”

    Sempre achei que para um presidente eleito democraticamente cair deveria incorrer em crimes de responsabilidade…

    Agora o Nassif diz que alguém eleito com 54 milhões de votos pode cair por desânimo dos defensores da legalidade.

     

    Ora, pera lá…

     

    Alguém já fez alguma pesquisa (rsrsrs) para conhecer o desânimo dos defensores da legalidade?

    Já perguntaram ao MST o que acham da quebra da legalidade?

    Legalidade é algo acima de defensores de flamengo ou fluminense em qualquer país civilizado Nassif!

     

    Ando muito p da vida com suas posições!!!!

     

     

    1. MST

      Cara me desculpe mas porque alguém deve perguntar algo ao MST?

      Sou contra todas essas movimentações para tentativa de impeachment mas  as trapalhadas da Presidente estão tornando difícel a governabilidade e ela vai acabar passando todo o segundo mandato correndo atrás do rabo curto sem nada conseguir realizar.

      E o único culpado é ela mesmo.

  6. A teimosia de Dilma vem

    A teimosia de Dilma vem ruindo – dia após dia – todo um sonho, todo um projeto, todo um trabalho de um Brasil maior, mais igual e melhor… infelizmente!!!

    1. De onde menos se espera é da onde não sai nada!

      Um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, deve ser um conselho capaz de sugerir INOVAÇÕES, não um bando de figurinhas carimbadas que para propor algo de novo vão ter que perguntar para seus NETOS.

  7. Caro Nassif, se é verdade que

    Caro Nassif, se é verdade que a Lava Jato veio para fazer ordem unida nas forças econômicas internas e punir severamente quem ajudou os governos trabalhistas a fazer o país avançar em seu desenvolvimento, então os empresários estão quase reféns de um comando interno de classe que os proibe de colaborar com o governo. Estão com medo, e só os das finanças, que estão acima do bem e do mal, se pronunciaram tranquilamente a favor de paz para que o governo possa governar. Quanto ao governo cair por falta de habilidade política, sinto muito, mas considero quase uma ingenuidade sua.

    1. Sei não, Severino… assim

      Sei não, Severino… assim como um número significativo de empreendedores brasileiros montam empresas apenas para vendê-las a algum investidor estrangeiro, não por tesão no negócio propriamente dito e menos ainda por algum sentimento pátrio, uma olhada em quem são nossos rentistas vai apontar para um número muito grande de empresários do setor produtivo. Ainda mais nessa praga, verdadeira maldição, que é a combinação entre isenção de imposto a rentistas combinada com um das maiores taxas de juros do mundo. Assim, não sei se a gente pode dizer “só os das finanças” como se houvesse essa distinção tão clara. Acho que não.

      1. O Conselhão é composto de Múmias.

        Coloquei as razões acima, para um conselho de desenvolvimento eu jamais utilizaria este grupo de múmias da indústria internacional!

  8. Sobre a participação….

    Gestão sem participação é tecnocracia. Participação sem gestão é assistencialismo.
    Isso que a presidente faz não é  nem gestão nem assistencialismo, é um festival de trapalhadas.
    Parece uma gerente taylorista da década de 40, pura e simplesmente.
    Quase uma imposição ditatorial. 
    Para quem já sofreu e resistiu a ditadura parece contraditório…

    A teimosia já virou autoritarismo, faz tempo, na minha opinião.

    Democracia às custas de desemprego, encolhimento econômico, aumento de impostos, é democracia?
    Ou seja, temos liberdade de expressão, e mais o que? Só se for a gritos e ranger de dentes.

    1. Tecnocracia? E este Conselho o que ele representa?

      Caro Renato.

      A constituição deste conselho é basicamente vinculado a setores que apesar de serem setores privados, são setores que nos últimos 50 anos vivem da dependência do Estado ainda com a cabeça voltada para a política de substituição de importações. É só olhar os seus membros, são representantes de setores industriais responsáveis pelo atraso da indústria no Brasil, não há ninguém que pense no futuro, eu diria até que eles tem uma tendência a atrasar mais o Desenvolvimento Industrial e Social do que avançar.

      Inclusive vi nomes neste conselho que achava que já estavam mortos, tal o grau de antiguidade em termos de ação dos mesmos, pessoas que já faziam parte de federações de indústrias há mais de trinta anos, e sempre vinculados a dinheiro de impostos sindicais. Isto é gestão participativa?

        1. Só uma pequena ressalva.

          Este conselho não é a cara da Presidente Dilma, é sim a cara das oligarquias atrasadas que dominam a economia dependente do Brasil.

          Acho que não procuraste entender talvez por preguiça do que qualquer outra coisa, este conselho é regido por membros que se dedicam a indústria atrasada e dependente do governo, tanto por dinheiro público como pela criação de legislação que criem feudos na indústria nacional.

  9. Sério?

    Sério que você quer ressuscitar o defunto?

    Tudo é válido para evitar o “golpe”.

    Não se esqueça do golpe que a nação está sofrendo desde a apuração do resultado das urnas em 2014.

  10. Com conselhão ou sem

    Com conselhão ou sem conselhão, com Tombini ou sem Tombini, retirar a presidenta do cargo sem razões muito bem fundamentadas é golpe. Não pode e não deve ter o desânimo dos defensores da legalidade, por conta dela não seguir essa ou aquela receita para evitar o golpe. Cada um tem a sua. 

    Uns dizem que se não tirar o Mercadante, ela cai. Outros que senão baixar os juros, ela cai. Manter o Mercadante, não baixar juros, por mais equivocado, não é crime. FHC entregou o país em condições econômicas muito piores, e por isso não fez o sucessor, mas foi até o fim, arrastando pode ser. Que seja assim com a Dilma.

    Acho, Nassif, que é hora de esquecer por um tempo esse papo de cai ou não cai, que é a pauta da oposição/pig, e partir para a embate político entorno do pacote, no Congresso e nas ruas. A oposição já se mobiliza para derrubar o CPMF. Que o governo faça o oposto, contando com a mobilização das centrais nas ruas.

     A esquerda invés de criticar o ajuste, que é criticável em vários pontos, deveria unir-se para batalhar por sua agenda no Congresso. Me parece claro que o ajuste não é um pacote fechado. O governo chamou os parlamentates à responsabilidade. O que está certo, pois a culpa de crise não é só da Dilma.

    E a esquerda que está em desvantagem no Camara tem que mobilizar-se para reverter isso. E parar de reafirmar pela enésima vez o quanto a presidenta é ruim de política. Se for bem sucecida na guerra do ajuste leva o governo mais a esquerda.

    PS: Não é que a Dilma não muda, ela muda, só que aos 48 minutos de segundo tempo, nos acréscimos. O que deixa todo mundo arrancando os cabelos até lá 

  11. Quem compõe o conselhão? Qual inovação ele pode aportar?

    A visão do Nassif é que este conselho pode ajudar no problema político do atual governo, pois acho que se formos analizar a constituição deste conselho não vejo muita legitimidade do mesmo. Para seguirmos neste caminho precisamos antes responder as seguintes questãos:

    Quem faz parte deste conselho? Quem os elegeu? Qual a importância do mesmo na política industrial do país? E a pergunta principal. O que pode sair deste conselho em termos de futuro para o desenvolvimento?

    Para quem não sabe quem são os seus membros é só olhar em

     http://www.cdes.gov.br/conselho.html

    São na realidade representantes de setores envelhecidos e atrazados da indústria internacional, setores que nos países desenvolvidos estão em franca decadência, verdadeiras múmias em termos de visão do futuro.

    O que vemos neste conselho, representantes do governo, e inúmeros empresários de setores estabelecidos da economia brasileira. O grifo no “estabelecidos” é para chamar atenção que um conselho de desenvolvimento deve estar voltado para o futuro e não preso no passado e presente.

    Não identifiquei neste conselho ninguém do setor privado que tenha a capacidade de se livrando de suas próprias amarras que estão vinculados, tenham a capacidade de propor algo inovador para o futuro.

    Outro problema, a academia, por mais problemas que tenha, é solenemente ignorada neste conselho, também não se vê nome de intelectuais vinculados a novas formas de pensamento fazendo parte neste conselho.

    O mais importante é que não há neste conselho industriais vinculados a setores mais modernos, como biotecnologia, aeroespacial, informática, nanotecnologia e outros, nos USA um dos primeiros setores que mais cresce é o setor de entretenimento, tem alguém da área. Assim como representantes de indústrias que desenvolvam P&D são sub-representados em relação aos mais retrógradas, não adianta colocar num conselho de empresários para pensar no futuro do país, aqueles que vivem da importação de tecnologias ultrapassadas nos países mais desenvolvidos, garantidos por barreiras alfandegárias ou extra-alfandegárias. 

    Em resumo, o CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, é um conselho conservador em termos de ramos abrangidos que só podem pensar no passado e soluções para o desenvolvimento econômico e social passam necessariamente pela inovação tecnológica e não pelo conservadorismo tecnológico.

    O Conselhão serviu a Lula não para apoia-lo em momentos difíceis, mas sim para aplaudi-lo em momentos de êxito em que as commodities, algo que estes representantes do conselho lidam, estavam com preços altos.

    Repito: SE É PARA CHAMAR EMPRESÁRIOS PARA AUXILIAR O GOVERNO, QUE PAREM DE CHAMAR MÚMIAS.

  12. Estrutura de participação obsoleta e ineficiênte

    Tivesse apresentado ao menos UM projeto que realmente fizesse a diferença para o povo e a nação e este conselho teria melhor sina.

    Não presta para nada e não prestará nunca, por mais lobby que o Nassif faça para ressucita-lo.

    Muito melhor e na minha opinião realmente eficiênte seria a Dilma abrir um canal e comunicação direta com a presidência da república, onde uma equipe de pessoas analizariam as sugestões e as considerariam ou não. 

    Respostas técnicas, onde sem compromissos ou peias inconfessáveis o melhor para o povo e a nação seria avaliado.

    Idéia boa é idéia boa, surja onde surjir, pensada por qualquer um, independente de filiação partidária, comercial, industrial ou  religiosa.

    O que vemos é o interesse feroz de apaniguados que mamam há anos nas tetas do governo defendendo ferozmente seus privilégios inconfessáveis, como o Ministro Armando e o Scaf no caso do sistema S e suas verbas.

    Dilma, acorda, pega uma idéia como a minha de dar Norte, Rumo e Estrela para o Brasil e a usa para montar a equipe de análise de sugestões, a que analiza a minha idéia, analizará todas as outras.

    1. Não é a estrutura que é obsoleta, mas sim os seus membros!

      Alexandre, o meu ponto é que não sai nada de produtivo deste conselho é porque ninguém tem capacidade de propor nada. Seus representantes são de setores industriais que estão sendo abandonados por países mais desenvolvidos pela falta de inovação tecnológica que os mesmos produzem.

      Simples é um conselho que só serve para pedir benesses quando o governo tem dinheiro para isto, quando não tem eles ficam na oposição.

  13. “Se conselho para soberba

    “Se conselho para soberba teimosia que não sabe ouvir, e muito menos fazer análise vetorial das consequências de seus atos falhos, fosse bom, não se dava nem se vendia, simplesmente mandava passar lá no posto ipiranga e perguntar, no posto ipiranga, se eu tô na esquina.”  Lula, o discípulo dileto de Confúcio.

  14. Lixo político

    A história do Brasil, principalmente no período republicano, é uma cópia da história política dos demais países sulamericanos e da américa central, um verdadeiro lixo político baseado em conchavos e corrupção, basta ver da abertura de 1985 para cá são 30 anos de palhaçada, um presidente morto, vice assume e reelege, presidente é executado por impeachment, vice assume, presidente passa 8 anos, outro mais 8 , outra mais 8; em 30 anos o poder passou na mão efetiva de apenas 4 presidentes, isso é prova cabal de que o Brasil possui uma democracia de fachada, esse PT é um lixo que vai destruir esse país por completo e depois que for extirpado do poder vai deixar os restos mortais para alguém tentar consertar; esse PSDB é outro lixo que pouco tem a mudar na política; PMDB é um lixo fisiológico que apoia quem tem mais poder; sobra o que?? Nada, seremos um eterno país em desenvolvimento mas nunca desenvolvido. Acho que a Dilma deve ficar no cargo somente para detonar mais ainda com a imagem do PT, quando as greves de servidores pipocarem pelo país inteiro e o povo estiver atolado de dívidas e tributos, aí quero ver os defensores do Lulopetismo felizes e cantando hinos para seus heróis.

  15. O problema sempre foi de interlocução

    Dilma não dialoga porque não tem interlocutores, seu círculo é restrito, e aliado ao seu jeito arredio, impaciente, qualquer tentativa nesse sentido não prospera. Se fosse no mundo corporativo, diria-se que Dilma não tem “network”.Por que no governo Lula manteve-se um escritório da Presidência no Banco do Brasil da Paulista com Augusta? Porque naquele governo se conversava e muito, se dialogava, se trocava ideias. Volta e meia o Presidente está em SP, e o endereço da Paulista e a estrutura do BB se encaixavam direitinho nos propósitos. É em SP que estão os principais empresários e políticos do país, em vez de a cada passagem por aqui usar uma ou mais suítes de hotel, nada melhor do que o escritório do BB, localização perfeita, cheio de helipontos nas imediações. Seria interessante que o Jornal GGN mandasse um email singelo para a Assessoria de Imprensa do BB perguntando quantas vezes o governo Dilma usou as instalações nos últimos 2 anos, por exemplo.

  16. Seria estranho, com o chefe

    Seria estranho, com o chefe que a casa civil tem, que esse conselho funcionasse pra valer. O indigitado em questão, chamado de “aloprado” em 2010, deve ter medo, dada a sua mediocridade, de que apareçam mais do que ele. Enquanto isso, o Brasil que se ferre.

    Mas no fundo a culpa não é dele. A culpa é da teimosia ou espírito de avestruz que reina no palácio.

  17. Com a manutenção da taxa de

    Com a manutenção da taxa de juros dos EUA perto de zero e, provavelmente, por um bom tempo devido a inflação extremamente baixa nos EUA por um período longo e problemas na economia da China e de outros países emergentes, como o Brasil, abre-se uma excelente janela de oportunidade para o Banco Central brasileiro reduzir rapidamente a taxa de juros da Selic para 11%a.a., ajudando a melhorar as expectativas do setor produtivo e dos consumidores brasileiros para uma rápida retomada do crescimento econômico e do emprego, reduzindo a pressão política contra o governo da presidente Dilma. Resta a presidente trocar o ministro da fazenda e do banco central urgentemente.
     

     

  18. Um conselho para Presidenta
    Se conselho fosse bom não se dá vá, vendia – se. Mas a essas alturas do campeonato, com o país do jeito que está, com o povo desesperado, vendo todo o discurso eleitoral do PT virar p em menos de um ano, vou deixar aqui um CONSELHÃO para a Presidenta: Dilma, escute o CONSELHO. Ele é o termômetro da sociedade brasileira – a mesma que votou em você. Não a ignore, não a negligencie. Não se feche em copas. Não feche o Conselho.Ao contrário, abra-se para o Conselho! Mostre para o Brasil que você quer de fato dialogar. O CDES é o caminho para esse diálogo Calá – lo é calar a voz de quem sempre acreditou no PT.

  19. Um CONSELHO para a Presidenta: ouça a VOZ DO BRASIL

    Calar o Conselho é calar o povo brasileiro. O Conselho é o termômetro da sociedade brasileira. E ainda faz bonito lá fora, ganhando prêmios internacionais e colocando o Brasil de forma positiva na Imprensa – fato rato, já que, ultimamente, só se fala da nossa pátria mãe gentil de forma nada gentil nos jornais mundo afora. O Conselho já foi referência para muitos países. Mas, para a Presidenta, parece que não é referência para nada. Todo mundo se lembra do Conselhão e de como seus trabalhos eram importantes para nortear as ações do Lula. Era algo de que o brasileiro se orgulhava: o Planalto parava para escutar e DIALOGAR com a sociedade civil, de peito e ouvidos abertos. E agora a Presidenta quer fechar o CDES, CALAR o Conselho? Grande miopia, enorme erro de gestão! Vou dar um CONSELHÃO para a Presidenta e espero que ela me escute: Dilma, você não diz que quer DIALOGAR? Então, ao invés de calar o CONSELHO, dê-lhe voz. Ele é a VOZ do Brasil!  O Brasil precisa de um Conselho. E você, Presidenta, também! Então, fique com este meu CONSELHO e não acabe com o seu!

    1. Exatamente por ser a voz do Brasil que não deve ser ouvido!

      Pode parecer um contrassenso, mas o que menos deve se ouvir num conselho de Desenvolvimento Econômico e Social é a voz de setores que estão com olhos no passado, que eu chamo a voz do Brasil. Se quisermos o desenvolvimento devemos ter olhos no futuro e, por exemplo, centrar a visão no que já existe resulta no que muitos reclamam, a desindustrialização.

      Como a economia estava indo muito bem nas commodities os olhos de todos eram para melhorar o desempenho de setores vinculados a esta parte da economia, algo que deveria ser feito em outros conselhos setoriais que procurassem organizar melhor os esforços do governo em torno destes objetivos. Entretanto um conselho de desenvolvimento deve pensar na inovação, pois sem esta ficamos obsoletos como muitos setores industriais ficaram.

      Os liberais, no seu desconhecimento de políticas públicas de indução a novas fronteiras, esquecem que sem alguns fatores básicos como o estímulo a P&D, acham que o mercado resolve estes problemas, porém como o movimento do mercado é mais reativo do que proativo em países como o Brasil que não há uma tradição na indústria de inovação tecnológica deixar para projeto de futuro a ação de pessoas acostumadas a soluções tradicionais. 

      Para não ficar muito na teoria vamos a um exemplo simples que poderia ser ou não útil para o Brasil. Muitas pesquisas e já soluções tecnológicas, são feitas na introdução de fibras de diversos tipos no concreto, melhora em muito as qualidades do mesmo e pode diminuir em muito os custos de grandes estruturas criando neste os concretos com o Concreto Reforçado com Fibras (CRF), este concreto elimina a necessidade de ferragem, diminui a mão de obra, e diminui também o consumo de cimento. Se houvesse alguma sugestão de estímulo ao uso deste tipo de compósito que já é dominado tecnologicamente no Brasil, provavelmente os representantes do setor siderúrgico, representantes dos empregados e dos fabricantes de cimento se oporiam a qualquer movimento neste sentido tentando criar barreiras legais (normas) e extralegais para impedir a vulgarização desta tecnologia. A ação destes setores não impediria a introdução deste tipo de tecnologia no nosso meio, porém retardariam o máximo a sua vulgarização.

      O exemplo acima demonstra como a criação de conselhões regidos por setores fabris que vivem de tecnologias centenárias não agregam em nada no Desenvolvimento Econômico e Social do país, mas até os atrasam.

      Desenvolvimento tem que ser regido por uma estratégia em longo prazo e não por remendos sobre setores que vão mal, e estratégias em longo prazo não são feitas por pessoas com conflitos de interesses.

  20.  Dilma está colocada entre o
     

    Dilma está colocada entre o presidente do Banco Central (inimigo da governabilidade) e os deputados da Câmara. Ela está sendo punida até pelos pecados dos denunciados na Lava Jato.

    A questão nova é a CPMF. Na câmara a oposição impede de chegar ao ordenamento. Parece que não existe fidelidade partidária; os interesses dos deputados estão permeados pelo plano final do mercado financeiro.

    Falta um destes parlamentares, por impotência e limitação dos meios, dizer que a extensão empírica do equilíbrio das contas públicas, juntando-se ao poder do Banco Central, é uma cultura superficial para a economia.

    Então, a tal discussão de modo, que vai dirigindo o esgotamento de muitas pautas do governo, visa apenas suprimir todo histórico material em poder do Estado (republicano?)… A economia só funciona se a liberdade fazer a dissociação do bem estar (babá), e deixar que o mercado financeiro ofereça os recursos para cada indivíduo se desenvolver.

    Mas, a verdade oculta nas pautas tem o profundo interesse de centralização do mercado.

    Tudo indica que, desde começo, o consenso que inspira o desejo do fracasso do ajust e – para se ganhar o tempo improdutivo – até setores judiciosos aguardam, é : A PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS E REMOÇÃO DE TODA PLANTA DA IDEALIDADE SOCIALISTA.

     

    1. A ideia de um conselhão como o criado é uma ideia imobilista.

      Miguel, além das críticas pertinentes resultado da situação política atual, acho que estruturas como este conselhão não dão bons conselhos e em outro pontos explico melhor a minha opinião.

  21. Somos um capitalismo ou
    Somos um capitalismo ou socialismo?

    Queria entender da onde vem essa idéia de diminuir desigualdade social.

    Isso não existe.

    Vivemos no capitalismo, não consigo entender como em um país capitalista movimento dos sem terra tem voz.

    Ascender como classe não é uma questão somente de recursos, mas de postura.

    Não confundam consumo com prosperidade.

    Consumo é quanto vc consegue comprar, prosperidade quanto você consegue poupar ou investir.

    1. Retrocesso ao século XVIII.

      Este tipo de comentário seria pertinente lá pelo século XVIII, pois ele contraria até economistas liberais mais modernos.

      O conceito que tu és pobre porque a natureza assim o quis contraria até a ideia do livre mercado. Se vemos a base do conceito do livre mercado é que estando todos os atores com os mesmos direitos os mais fortes e melhores vencerão, e está vitória dos melhores servirá para o crescimento da economia como um todo.

      Se não há planos para diminuir a desigualdade social o que ocorre é que haverá uma imensa maioria que simplesmente não terá condições para entrar no mercado e com isto retorna-se a um sistema de castas.

      Seguindo nesta lógica a medida em que dás as condições iniciais de todos ascenderem ao mercado, parte dos que receberam algum auxílio ficarão somente recebendo auxílios enquanto outra parte utilização este auxílio para incrementar a sua capacidade de operar no mercado. Ou seja, dentro da lógica canhestra dos liberais, a desigualdade social não é boa nem para o mercado.

  22. “DILMA TÁ MAIS PERDIDA …

    que cachorro em dia de mudança”, disse-me ontem o taxista que foi me buscar em Congonhas. Fiquei quieto olhando e pensando … Ô Nassif, sabe que o cara até que tem razão. Cara, mas a mulher não é brincadeira … Turrona da porra! Valente, honesta, gente boa demais… Mas chega irritar as burradas da presidenta! Que impeachmet ô caramba.. é só deixar que as coisas rolam por esse caminho! Naturalmente …

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