Descobri a porra do kit gay: nosso filho é homem e ponto final, diz Bolsonaro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O presidenciável ainda relacionou a homossexualidade à pedofilia e disse que kit gay ensinava “Pedrinho a namorar o Joãozinho”
 

Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – “Ninguém quer chegar e encontrar o filho Joãozinho de sete anos de idade brincando de boneca por influência da escola”, disse o candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL), ao tentar se defender das acusações de homofobia, misoginia e xenofobia.
 
Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ter criticado o material didático preparado pelo Ministério da Educação, durante o governo de Dilma Rousseff, para conscientização à tolerância sexual e contra a homofobia nas escolas públicas.
 
Na manhã desta terça-feira (28), o candidato participou de agenda de campanha na Central de Abastecimento do Rio de Janeiro, e foi perguntado por jornalistas e pela plateia, formada em grande parte por seus apoiadores e simpatizantes.
 
E hoje o Supremo Tribunal Federal (STF) julga se decide aceitar esta denúncia contra o candidato, tornando-o réu em mais um processo na Suprema Corte.
 
Ao ser perguntado, disse que “a senhora Raquel Dodge, lamentavelmente, fez uma juntada disso [declarações dele] e mandou para o STF” e ironizou, tentando humor, que “descobriram que eu sou gay, é aquela palhaçada de sempre”.
 
E decidiu responder: “Descobri a porra do kit gay, desculpa o linguajar aqui, e resolvi mostrar. Era inclusive para filho de pobre porque era pra escola pública depois iria pra privada. No intervalo, vai o Pedrinho namorar o Joãozinho, a Mariazinha namorar a Joaninha”.
 
Sem se preocupar pelo teor das declarações, que novamente podem ser consideradas homofóbicas, bradou em tom mais forte: “Porra, nosso filho é homem e ponto final, porra!”, batendo com a mão na mesa.
 
Ainda, não se contentando com as novas declarações, Bolsonaro relacionou a homossexualidade com a pedofilia, este último crime. “Estão escancarando as portas para a pedofilia”, disse. “Ele [seu filho, sofresse violação “por um cara barbado”] não vai ter tesão por mais ninguém na vida, pode ter certeza disso, tá ok?”, continuou.
 
“Se vocês encontrarem alguém, um marmanjo aí fora, enfiando um pênis no anus de um menino de três anos de idade, você não pode chamar a polícia não, você tem que levar aquele cara pro hospital, submetê-lo a um laudo psiquiátrico. Se ele estiver sofrendo de transtorninho, ele tem que ser internado”, criticou Bolsonaro, sem pudor com as palavras.
 
“Queremos que o nosso filho em sala de aula seja respeitado e não que fique inventado coisinha pra botar na orelha dele com seis anos de idade. Ele tem um piu-piu debaixo da perna, mas quando tiver 12 anos de idade, vai decidir se vai ser menino ou não”, acrescentou.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Sei lá!!!

    Voto no Lula e no PT. Para refletir! Muitas organizações da causa gay nos EUA tem insistido na liberação de sexo com crianças. Um destes ativistas afirmou: “Nós ainda faremos sexo com os filhos destes evangélicos que importunam nossa causa!”. É por causa deste discurso que o Bostonario se apropria de outro – o da “moral” e dos “bons costumes.

  2. Este cabra só pensa

    Este cabra só pensa naquilo…imagine uma miséria desse nível de indigência rastejante, abrindo os trabalhos como representante do Brasil na ONU. O primeiro a falar, como é da tradição naquele importante Forum Internacional. Ai que a Republiqueta de merda acabaria de soçobrar. PQP! Que o santanaz se apiede e, nos livre de tamanha desgraça. Amém!

    Orlando

  3. Pauta sequestrada

    A famosa pauta identitaria, de tantos méritos na defesa dos direitos humanos e de minorias, está obviamente sequestrada, só a esquerda não percebe, ou finge que não percebe.

    Transformou-se num instrumento de engenharia politica e social, controlado por pequenos mas poderosos grupos da elite liberal, que provavelmente manipulam tanto setores da direita quanto setores da esquerda, visando o fortalecer o  ” centro”, ocupado por gente como Hilary Clinton, Macron, Alckmin e outros office-boys do istabishi, a unica alternativa contra “nazistas, racistas, machistas, populistas e xenófobos”,

    É só seguir o dinheiro, dimensionar os volumes financeiros e o grau de penetração e organização adquirida por esses movimentos, a ferocidade e a radicalização dos discursos. Nada têm de orgânico, identitário, e muito menos de direitos humanos, pelo contrario, a marca é a sectarização, a estigmatização dos críticos e a demonização dos oponentes, obrigando-os a se jogarem nos braços dos Trumps e Bolsonaros que farão a agenda liberal avançar ainda mais rapidamente, porque não dão bola para a midia e a legalidade corrompidas.

    Esses movimentos mercem um olhar mais cuidadoso por parte dos analistas, integrando-os no quadro da politica do século XXI, dominado pela midia, redes sociais  e por ongs bilionarias, onde movimentos sociais, sindicatos e partidos politicos viraram no máximo coadjuvantes de luxo.

     

     

     

  4. Quem se importa? Gays são

    Quem se importa? Gays são minorias absolutas quando se tratam de números e a esquerda não tem que perder tempo com pautas que dividem a população.

    A esquerda tem que se concentrar no trabalhador pobre, que é a maioria esmagadora da população, independente do sexo, religião, raça, etc. Quando unirmos toda essa gente e fizermos mudanças drásticas nas estruturas de poder, podemos finalmente lidar com as questõas das minorias, mas nunca antes da união dos trabalhadores.

     

    1. Quem se importa? Bolsonaro,

      Quem se importa? Bolsonaro, aparentemente. Só fala bem (quando fala) sobre isso. Sabe por que? Porque das duas uma: a) ou é muito mal resolvido sexualmente, como muitos dos seus “fãs” (isso mesmo, ele é um candidato sem eleitores e sim fãs) ou a mais provável b) ele é simplesmente homofóbico mesmo.

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