Em luta contra tráfico, Macri autoriza abate de aviões não identificados

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Da Agência Brasil

Como prometeu em sua campanha eleitoral, o presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou a adoção de novas medidas para combater o narcotráfico, que teve um aumento preocupante no país nos últimos anos. Macri declarou “emergência sobre a segurança pública por um ano em todo o território nacional”, autorizando o abate de aviões não identificados.

Os narcotraficantes costumam usar pequenas aeronaves para transportar grandes quantidades de drogas, especialmente entre as fronteiras com os países vizinhos. Segundo dados do governo, cerca de 400 voos do tipo são registrados por ano no país. Como “aeronaves hostis” foram definidas aquelas que “por suas características, no âmbito da situação e exigências da operação, implicam uma chance de dano ou perigo aos interesses vitais da nação”.


Diante de críticas da oposição, representantes do governo anunciaram que será enviado um projeto de lei ao Congresso para debater a norma. A ação não afeta o decreto presidencial, que entra em vigência na próxima segunda-feira (25).

Citado pelo jornal local La Nación, o ex-ministro de Defesa no governo de Cristina Kirchner, Agustín Rossi, disse que o decreto “é uma pena de morte sem julgamento prévio”. Rossi considerou “uma barbaridade” Macri ter decretado a medida sem um processo de debate e sem a aprovação do Congresso.

Macri, que assumiu o governo em 10 de janeiro, afirma que 12 anos de kirchnerismo causaram graves danos ao país, especialmente no que diz respeito ao aumento da violência e dos índices de narcotráfico.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

15 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Cuidado!

    Será que eles derrubaram o avião do Dudú Campos, já que continua sem identificação nenhuma?

    E helicópteros? Será que derrubam? Em Minas os fazem desaparecer.

  2. Esse aí vai se enforcar sozinho

    Não precisa nem empurrar, esse aí vai se enforcar sozinho. Não tem mais nada a fazer nem como mostrar serviço, cambou pro populismo desvairado (devia chamar o Datena pra ministro da Justiça dele…) e nessa base ele vai se afundando.

    Como diria o Capitão Nascimento: “nego afobado, parceiro, geralmente faz merda”…

  3. Tadinho..não vai resolver o
    Tadinho..não vai resolver o problema insolúvel do narcotráfico (aliás, só a liberação resolve isso) e ainda se arrisca a fazer uma besteira do tamanho do mundo…imaginem um avião sequestrado com o piloto (como é comum acontecer), que pilota como refém dos traficantes (o que é comum acontecer) ser abatido pela turma do macri….a família indo na TV, suas imagens de revolta percorrendo o mundo…se bem acho que isso não dev eacontecer, deve ser só mais um “faquitóide” desse povo.

  4.  
    Não se surprenda quado vier

     

    Não se surprenda quado vier a lume, que esse hipócrita tenha no lugar de nariz um potente aspirador de pó da walita ou da Arno.

    Orlando

  5. pense uma repetição de cagadas desse tipo…

    e imagine o vazio que pode surgir delas, até que algum figurão $$$ do tráfico chegue a concluir que a saída ou troca política aconteceu com o que não se queria

    pobre Argentina, se os mais fortes ocuparem um mesmo espaço

    1. quase tivemos a mesma coisa por aqui…

      mas não teríamos os mesmos traumas, em sendo uma porção da mesma estrutura

      nossa juventude sim, estaria mais ao alcance, em perigo maior

      1. é o que sempre poderá acontecer…

        nas trocas entre direita e esquerda, vencendo aquela simplesmente pela troca, ou saída, ter acontecido por ódio

        ódio vicia também

        qualquer dúvida percorram o narebabook

  6. ainda bem que o de lá, judiciário…

    tenta equilibrar e nortear, pois

    desgraçado o país cujos legislativo e judiciário dão permissão para que a grande mídia atue como partido político

    desgraçada será também a sua juventude

  7. tá bom……………………….mas já passeei Alok

    mas o que é me permitido fazer mais,  a esta hora da noite, se a chuva parou e o vento já virou as folhas?

  8. Lic. Patricia Bullrich

        Esta possivel descisão de Macri, nem dele é, quem deve ser entendida é Patricia Bullrich, a qual ele nomeou como Ministra de Segurança da Nação, que tem entre seus pressupostos no cargo, um conjunto de ações bem mais perigosas, para a sociedade argentina, do que esta “boutade” macriana, a de utilizar o exército argentino, em ações nos “pueblos” periféricos de BsAS ( BUenos Aires ), no lugar da PFA, resumindo : Militarizar o combate ao trafico de drogas, uma atitude que na experiência internacional, tipo Colombia *, não dá certo.

         Quanto a “Lei do Abate ” macrista, é uma “boutade”, ninguem deveria ficar histérico com ela, pois leis referentes ao ” Policiamento Aereo “, são comuns a varios paises, na ALatina : Brasil, Colombia, Equador, Bolivia, Perú, México, Venezuela, Rep. Dominicana, NIcaragua, as possuem, e todas, inclusive a americana, são reguladas pela Circular 330 ICAO/UN de 2011.

          O Controle Aereo Argentino é muito bom, a sede é em Merlo ( Ce.VYCa ) – a fixa, na Prov. de BsAS, já os moveis ( são dois) mas o relevante, no caso , é em Resistência( Provincia del Chaco ), e as ameaças de possiveis voos de “narcos”, estão concentradas nos acessos norte – sul ( da Bolivia, Paraguai e Perú ),  para bloquear tais rotas,a  FAA dispõe de poucos meios, como a IIIa Bgd Aerea em Resistência ( 4 IA58C Pucarás ), e como apoio, já decolando de BsAs, os IA63 Pampa II da VIa Bgd Aerea ( no maximo 6 operacionais ), pois os A4AR Fighthawk não servem para este tipo de operação.

           Portanto há um erro crasso no informe, o mais imprtante para a sociedade argentina, não é esta lei de abate, mas a idéia da Patricia Bullrich, em utilizar o exército, em ações internas, e todo mundo sabe, é histórico, que utilizar unidades militares profissionais ( o EA atualmente é todo voluntario e de carreira ), dá “MERDA”, aliás, trata-se de um risco ainda premente em varias sociedades latino americanas, que confundem ações policiais, que são em parte sociais, com ações militares.

           * Colombia : Há mais de 20 anos foram formuladas doutrinas operacionais conjuntas ( CACOMs ), que somam unidades da PNC ( Policia Nacional Colombiana ), com unidades militares, e ainda hj. problemas de relacionamento e conduta, continuam ocorrendo. É premissa básica : Não se misturam unidades civis/policiais com unidades militares.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador