Ordem Unida: Alckmin, por Frei Sérgio Görgen

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Ordem Unida: Alckmin

por Frei Sérgio Antônio Görgen ofm

Ordem unida é quando um comandante alinha a tropa, ordena o rumo e a partir daí todos marcham disciplinadamente numa mesma direção.

O comando executivo do golpe deu a ordem unida: todos com Alckmin.

A tropa perfilou e inicia a marcha. A direita tem candidato.

Porém.

Pode ser tarde.

O “Capitão” Bolsonaro pode ter ido longe demais, sua tropa é numerosa e podem não obedecer à ordem unida e o tempo de convencimento de parte desta tropa tenha passado do ponto.

E o “Resistente” Lula de Curitiba também pode ter ido longe demais e ter se tornado imbatível em qualquer cenário e consolidado uma barreira popular intransponível.

E outro porém.

O escolhido pode não ter sido o melhor. O Geraldo é “Intragável” na goela do povo. Não encanta nem entusiasma, e não tem brilho, É mais do mesmo golpe rejeitado nas ruas, do desemprego, da fome, do gás caro, e muitos outros eteceteras dolorosos. E quando o roteiro é ruim, o ator principal tem fraco desempenho e os coadjuvantes são péssimos, nem a Globo faz milagre.

Caso isto se confirme, e há grandes probabilidades de que tal aconteça, vão permanecer no páreo, quando o fim de setembro chegar, o “Capitão” e o “Resistente”.

O “Intragável” projeta a continuidade do que está aí. Mas é o que eles tem, para parafrasear um sociólogo famoso e também já sem os brilhos de antanho.

O “Capitão” projeta a volta ao passado, de uma ditadura onde “as coisas funcionavam”. Mas pode ter na sociedade brasileira uma mistura de fascismo, saudosismo e necessidade de segurança em tempos incertos, de tamanho suficiente para sustentar o “Capitão” de pé até outubro. Mas passado não tem futuro. 

E o “Resistente” projeta esperança de dias melhores alicerçada nos feitos de passado recente e na confiança construída no entorno do símbolo de que dias melhores são possíveis.

O “Resistente”, no entanto, depende da tenacidade, da firmeza e da capacidade mobilizadora dos seus. Se tiver, será Presidente.

É sempre muito difícil construir “ordem unida” na esquerda institucional. Talvez até seja bom que assim seja. Inocula proteção contra hegemonismos.

Mas no grave tempo em que vivemos, as maiorias trabalhadoras e populares, e a militância de esquerda popular, generosa e aguerrida, também estão se perfilando em Ordem Unida: e é pela volta do “Resistente”. E com o olhar fixo na construção da esperança, da soberania e do futuro, com ele Presidente e as forças populares tentando tomar nas mãos a condução do seu próprio destino.

Frei Sérgio Antônio Görgen ofm – Frade Franciscano, Militante do MPA e autor do livro “Trincheiras da Resistência Camponesa”.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. O NASSIF PODE EXPLICAR?

    O NASSIF, QUE TEM USADO O JOGO DE XADREX PARA INTITULAR SEUS TRABALHOS, PODERIA NOS AJUDAR DIZENDO O NOME DA JOGADA FINAL, O LANCE VITORIOSO NO JOGO DE XADREX.  Pois eu queria que o nome dessa jogada final intitulasse isto que escrevo agora…ou seja:     Afinal, por que não se questiona o bastante sobre a morte de Teori Zavaski? Por que todo esse silêncio?   Afinal, se não foi um mero acidente (suficientemente provado como acidente) então foi crime. E se foi crime, por que não investigar a fundo?    Afinal, quem teria motivo de sobra para não correr o risco de levar um novo puxão de orelhas como quando Teori o deu logo após uma pessoa ter gravado criminosamente a conversa telefônica entre Dilma e Lula?  Afinal, um segundo puxão de orelhas não poderia existir, pois teoricamente Teori teria que dar uma punição mais séria em quem continuasse a cometer crimes.   E será que se omitir quanto à denúncia de Tacla Duran não é crime?  Será que julgar sem provas de culpa de Lula, mas não aceitando ver a prova maior de que o triplex era da OAS não é outro crime?    E será que se insurgir (em gozo de férias) contra uma decisão de autoridade de uma instância superior (Favreto) também não é no mínimo falta gravíssima contra a hierarquia do Judiciário?  Será que não declarar-se impedido de julgar pela óbvia razão de proceder com escancarada perseguição político/judicial também não é crime?   Enfim, ante tanto ativismo, provavelmente Teori teria que afastar alguém de sua obra…e esse alguém precisaria não deixar isso acontecer…..e daí, se um aviãozinho caísse……blablabla……Percebe o espírito da coisa, pessoal?   De repente a gente só tem suspeição que é quase convicção mas hoje em dia convicção sem prova também serve para condenar……E DAÍ VEM A TAL JOGADA FINAL: COMO FICARIA A IMAGEM DE ALGUÉM SE SOBRE ESSE ALGUÉM SE INSTALASSE NO MÍNIMO A SUSPEITA DE SER ASSASSINO?   POIS SE ESSE ALGUÉM CONTINUOU CONDENANDO, TUDO TERIA QUE SER ANULADO (OBVIAMENTE SE HOUVESSE VERGONHA NA CARA NAS INSTÂNCIAS SUPERIORES…)   É COMO É QUE O ZÉ DO TOPETE IA IMPEDIR QUE LULA CONCORRESSE DEPOIS DE TER SIDO CONDENADO NESSAS CIRCUNSTÂNCIAS?        QUE RESPONDAM A ISTO OS MAIS CAPAZES…..

  2. Vai haver extrema manipulação dos números

    Começar cedo só ampliaria o desgaste, esse era o momento do tudo ou nada.

    Vai haver extrema manipulação dos números de pesquisas, misteriosamente Ibope e DataFolha não estão fazendo pesquisas e ninguém comenta. Só institutos duvidosos andam fazendo pesquisas.

    A XP Investimentos(mercado) faz pesquisas semanais pelo telefone agora(sabe se la com qual credibilidade) e milagrosamente Alckmin saltou 5% no sudeste essa semana e já está com 2 dígitos.

    Ora…

    Qualquer um que pense sabe oq esta acontecendo e como vai ser a tentativa de manipulação daqui em diante.

    1. Foto

      Sugiro que todo o eleitor registre seu voto com uma foto via celular na hora de votar.

      Já que não haverá impressão do voto em todas as urnas, essa é a saída para evitar a fraude.

      Vão dizer: isso é proibido.

      Tem tantas coisas proibidas que se nós não fizermos continurá proibida.

      E vou dizer: isso nem de longe é desobediência civil.

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