Desempenho de fontes de energia gerou o apagão, mas sozinho não causaria impacto visto, diz ONS

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Apesar da linha de investigação sólida, ONS diz que ainda seguirá estudando o que gerou apagão do último 15 de agosto para o relatório final

Dúvidas ainda rondam a investigação do ONS, que não vê razão para o problema encontrado ter gerado um impacto tão grande. Foto: Reprodução

Conforme avaliação apresentada na primeira reunião técnica para a elaboração do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que deverá ser concluído em cerca de 45 dias, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o desempenho abaixo do esperado das fontes de geração gerou o apagão. 

O informe consta de um relatório preliminar indicando que o problema ocorreu próximo à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, de propriedade da Chesf, o que pode ter causado a queda de energia que afetou 25 estados e o Distrito Federal no dia 15 de agosto. 

De acordo com o ONS, apesar da linha de investigação ser consistente, somente a ocorrência no Ceará não “causaria o impacto visto” no sistema elétrico nacional. O prazo de 45 dias para a entrega definitiva do RAP começou a ser contado a partir do último dia 16 de agosto.

Esse relatório preliminar foi apresentado na sexta-feira (25). Em nota, a ONS diz que “a linha de investigação mais consistente aponta esse desempenho abaixo do esperado como um segundo evento que desencadeou todo o processo de desligamentos que aconteceram em seguida”.

O apagão do dia 15 de agosto, que começou às 8h30, interrompeu mais de 22 mil MW de energia em 25 estados e no Distrito Federal, com queda no fornecimento de cerca de 30% da carga total (73 mil MW) naquele horário. Uma nova reunião de avaliação está marcada para o dia 1º de setembro.

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Renato Santana

Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

1 Comentário

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  1. Quando a empresa era pública e não ocorria apagões, a Folha de São Paulo dizia que ela não prestada e devia ser privatizada. Agora que ela é comandada por empresários vagabundos que maximizam os lucros demitindo empregados e reduzindo despesas com tecnologia e manutenção, a Folha diz que o apagão que causou transtorno e prejuízos foi fruto de uma imprecisão. A Eletrobras privatizada é uma merda e os danos que serão causados ao país estão apenas começando.

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