Orbán, da Hungria, usa cachecol que ignora territórios vizinhos

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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Viktor Orbán apareceu em fotografia com cachecol que desconsidera territórios vizinhos

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, gerou problema diplomático com países vizinhos. Em fotografia com jogador da seleção húngara, o premiê estava vestindo cachecol com mapa que desconsidera territórios de: Áustria, Croácia, Eslováquia, Romênia, Sérvia e Ucrânia.

A Hungria não se classificou para a Copa do Mundo deste ano. O registro foi feito em amistoso contra a Grécia.

O adereço se refere ao antigo Império Áustro-Húngaro, extinto em 1920. Como um dos derrotados na Primeira Guerra Mundial, o então reinado sofreu perdas territoriais. O Tratado de Trianon fez a Hungria passar de 325 mil quilômetros quadrados de extensão para 93 mil.

Como consequência, o chefe do Executivo da Hungria foi pressionado a se desculpar. Porém, ele provocou os países vizinhos:

Futebol não é política. Não leiam coisas que não estão lá. A seleção húngara pertence a todos os húngaros, onde quer que vivam!

respondeu ele

Por sua vez, o ministro do exterior da Ucrânia, que está em guerra com a Rússia desde fevereiro, criticou o premiê vizinho.

Viktor Orbán veio a uma partida de futebol com um cachecol, que retrata a Hungria com parte do território ucraniano. A promoção do revisionismo ideias na Hungria não contribuem para o desenvolvimento das relações ucraniano-húngaras e não cumprem os princípios da política europeia. Um embaixador húngaro será convidado para o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, ao conhecimento do qual o ato de Viktor Orban será levado. Estamos esperando um pedido de desculpas oficial do lado húngaro e uma refutação aos zazíhans sobre a integridade territorial da Ucrânia

declarou Oleg Nikolenko’s

Extrema-direita mundial

Viktor Orbán é considerado por analistas como um dos grandes nomes ultranacionalistas no atual cenário geopolítico. À frente da Hungria desde 2010, ele implementou políticas anti-imigração e defende bandeiras associadas à extrema-direita. O húngaro é o principal aliado do presidente russo, Vladimir Putin.

Ainda, Orbán é aliado de Jair Bolsonaro desde o início do mandato do brasileiro. Em 2019, esteve presente na posse do atual presidente. Foi um dos poucos chefes de Estado.

Já neste ano, o primeiro-ministro da Hungria declarou apoio à reeleição de Bolsonaro. Ele foi derrotado no segundo turno do pleito para Lula.

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Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

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