IPCA desacelera e fecha fevereiro em 0,90%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Retomada do ano letivo impulsiona preços do grupo Educação

Jornal GGN – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o mês de fevereiro em alta de 0,90%, resultado inferior ao visto em janeiro, quando a variação foi de 1,27%. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, o índice acumulou 2,18%, inferior aos 2,48% acumulados em igual período de 2015. Nos últimos doze meses (10,36%) o acumulado ficou abaixo dos 10,71% dos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2015 o IPCA foi de 1,22%.

Os grupos Educação (5,90% e 0,27 ponto percentual de contribuição) e Alimentação e Bebidas (1,06% e contribuição também de 0,27 ponto percentual) foram responsáveis por 60% do IPCA do mês, ou 0,54 ponto percentual.

Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a mais elevada variação ficou com Educação, que atingiu 5,90%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%, constituindo-se no item de maior contribuição no mês, com 0,21 p.p.. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude de diferença na data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos regulares situaram-se entre os 3,99% da região metropolitana de Recife e os 10,88% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 5,53%.

Em fevereiro, os preços dos alimentos (1,06%) continuaram subindo, embora com menos força do que em janeiro (2,28%). Entre os produtos em alta, o destaque ficou com a cenoura (23,79%) e farinha de mandioca (11,40%), enquanto o tomate (-12,63%) e a batata-inglesa (-5,70%) aparecem entre os produtos com preços em queda.

As tarifas de ônibus urbanos, com alta de 2,61%, são destaques no grupo Transportes (0,62%), sendo que um dos destaques ficou com o reajuste de 6,67% registrado na região metropolitana de Curitiba, onde a tarifa diferenciada dos dias de domingo passou de R$1,50 para R$ 2,50. Outros destaques ficaram com os aumentos dos ônibus intermunicipais (2,17%) e do táxi (1,04%).

Além disso, houve aumento de 3,83% nas tarifas de trem, reflexo dos reajustes de 12,12% ocorrido no Rio de Janeiro em 02 de fevereiro e de 8,57% em São Paulo no dia 09 de janeiro. Ainda em Transportes, observa-se que os preços do etanol continuaram subindo e foram para 4,22%, enquanto a gasolina ficou em 0,55%. Por outro lado, a queda nas passagens aéreas foi significativa, chegando até -15,83%.

As contas de energia elétrica (-2,16%) também perderam força e levaram o grupo Habitação para -0,15%, sendo a principal contribuição negativa (-0,09 ponto percentual). Este comportamento se deve à redução no valor da bandeira tarifária vermelha, que passou de R$ 4,50 para R$ 3 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, a partir de 1º de fevereiro. Já na taxa de água e esgoto, a alta foi a 1,72%  Na região metropolitana de São Paulo, a variação de 4,75% em água e esgoto é resultado de adaptação dos cálculos à forma de escalonamento da faixa de bonificação concedido às tarifas e à incorporação da tarifa de contingência.

Nos demais grupos, os destaques foram: TV por assinatura e internet (7,86%); TV, som e informática (2,80%); artigos de higiene pessoal (1,90%); conserto e manutenção (1,90%); cigarro (1,89%); eletrodomésticos (1,50%); plano de saúde (1,06%); serviços médicos e dentários (0,76%); cabeleireiro (0,70%). O cigarro (1,89%) refletiu reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões, além de redução nos preços.

Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Salvador (1,41%), destacando-se a alta de 2,55% nos preços dos alimentos. O menor foi o da região metropolitana de Vitória (0,28%), onde os alimentos ficaram em 0,36%, bem abaixo da média nacional (1,06%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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