Choque de realidade acende alerta no Rio de Janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sugerido por Gilberto

O choque de realidade de US$ 18 bi em dois anos…

 

 

Choque de realidade

Por Renata Batista | Do Rio

Do Valor

 

 

Divulgação / Divulgação

Maquete do Porto Maravilha: nos últimos meses, uma onda de reclamações acendeu o alerta no governo e no setor privado do Rio, mesmo com o maior volume de investimentos dos últimos 50 anos

 

“Acabou o amor.” O canto da torcida do Flamengo na arquibancada do Maracanã é, antes de tudo, um grito de guerra. Ecoa naqueles momentos de tensão, quando é preciso recobrar as forças. Fora dos gramados, o amor parece ter acabado também nas ruas e avenidas do Rio. A Cidade Maravilhosa exibe claros sinais de cansaço diante do desafio de abrigar, em um intervalo de apenas dois anos, os eventos esportivos de maior visibilidade do mundo: a Copa e a Olimpíada. Além das dificuldades naturais de uma metrópole como o Rio, o carioca ainda terá de enfrentar um segundo tempo exaustivo, com uma agenda extensa de obras em andamento, e conviver com o estresse de uma das mais acirradas disputas para o governo estadual em duas décadas. É preciso recobrar as forças.

Na semana passada, a turma do Jeitinho Carioca – coletivo que criou o bordão “Imagina na Copa” e produz uma websérie cômica sobre o Rio – foi ao largo da Carioca, no centro, para pesquisar novos episódios e conclamar o morador da cidade a fazer alguém feliz. O resultado foi pouco animador. Deixaram o local com uma longa lista de reclamações, do trânsito à sujeira nas ruas, passando pela alta dos preços e a questão da segurança pública, mas principalmente com a sensação de que o carioca não está bem-humorado em relação à sua cidade. “A irreverência deu lugar ao descaso e ao mau humor”, diz Sil Esteves, uma das integrantes do grupo.

Nos últimos meses, uma onda de reclamações como essas acendeu o alerta no governo e também no setor privado do Rio, mesmo com o maior volume de investimentos dos últimos 50 anos. A preocupação geral é com um movimento que remeta à crise de autoestima que atingiu a cidade na década de 1990 e só arrefeceu quando o Rio obteve melhores indicadores econômicos e a cidade foi escolhida para ser sede da Olimpíada de 2016.

Pesquisas já captam a reversão na sensação de bem-estar. Depois de bater o recorde em 2011, no ano passado o orgulho de morar no Rio voltou ao nível de 2008, segundo o movimento Rio Como Vamos, que a cada dois anos faz levantamentos sobre a percepção dos cariocas a respeito da cidade.

“Há ansiedade em relação a vários assuntos e o tema da segurança, na minha opinião, está no topo da lista”, observa o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, sócio da Gávea Investimentos e um apaixonado pelo Rio. “Mas vejo como positiva a resposta da opinião pública. As pessoas estão conscientes da importância da política”, prossegue o economista, um dos nomes mais próximos do pré-candidato tucano à Presidência, Aécio Neves.

A possibilidade de a cidade ter se desviado do caminho de consolidar o reencontro com o sucesso pode ser um dos fatores para a sensação atual. Para Sebastião Santos, coordenador da ONG Viva Rio, os cariocas temem mais voltar aos momentos agudos das décadas perdidas do que os problemas causados pelas obras e a reverberação da questão da insegurança pública. “O medo influencia o humor, o jeito de ser, mas ainda não afetou a vida social e cultural do Rio.”

Em junho, manifestações em várias cidades do país vocalizavam uma insatisfação nacional, mas, no Rio, as palavras de ordem alcançaram decibéis bem mais altos. Um mês depois, o governo de Sérgio Cabral (PMDB) já amargava a pior avaliação do país, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope. Apenas 12% da população considerava a sua gestão ótima ou boa. Nesta sexta-feira, Cabral deixa o Palácio da Guanabara com a intenção de ser candidato ao Senado.

 

Marcelo Carnaval/Agência O Globo

Manifestantes diante do prédio onde mora o governador: em junho, Cabral (PMDB) amargava a pior avaliação do país, segundo pesquisa da CNI em parceria com o Ibope

 

Os protestos arranharam também o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). Ele mesmo admite que está sendo “odiado” pela população e trabalha com a expectativa de que, quando as intervenções urbanas terminarem, terá sua reputação recuperada. O prefeito considera natural um certo desânimo de assessores – alguns emblemáticos -, que deixaram o seu governo nos últimos dias. Em menos de duas semanas anunciaram a saída a secretária de Educação, Cláudia Costin, e a diretora da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques. Já o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, braço direito de Paes, mesmo com todas as críticas em sua área, optou por disputar um cargo eletivo: vai postular uma vaga de deputado. Outros cinco assessores vão se desligar da prefeitura, entre eles o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, muito próximo a Paes.

“Ninguém lembra que fui o prefeito que criou condições para que a cidade recebesse investimentos em um momento de crise no país”, diz Paes. É verdade que não ajudou em nada um vídeo postado no YouTube, em fevereiro, que mostra o prefeito lançando restos de fruta durante um evento político. A cidade estava em meio à crise da greve dos garis e fazia seis meses que entrara em vigor a lei do Lixo Zero, que pune quem joga sujeira no chão. “Acho que estou superimpopular, mas não perdi o prazer de ser prefeito. Falem mal de mim, mas não da cidade.” (Leia entrevista na página 10.)

Para Paes, fatores conjunturais colaboram para comprometer a imagem da cidade. Os transtornos causados pelas intervenções urbanas em virtude dos megaeventos, a constatação de que o Brasil é um “país que não vive seu melhor momento” e o fato de estarem “desafiando” o programa de pacificação da cidade, que visa recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e milicianos, tornam o panorama mais cinzento.

De fato, as nuvens estão carregadas, especialmente na área de segurança pública. Em menos de um ano, o Rio enfrentou longas e violentas manifestações. Foram duas greves com ampla repercussão – dos professores, em 2013, e dos garis, em pleno Carnaval. Ações do crime organizado e da polícia motivaram um novo pedido de ajuda ao governo federal – o primeiro desde que o programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foi lançado, em 2008.

Nas ruas, as manifestações foram marcadas pela morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, atingido por um sinalizador jogado por manifestantes, mas também por cenas de violência da polícia divulgadas nas redes sociais. Meses antes, houve ampla repercussão do caso do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, supostamente morto por policiais da UPP da Rocinha. Ele era morador da favela de onde também saiu o grupo de PMs preso pela Polícia Federal nesta semana, acusado de fornecer informações para traficantes de drogas. As UPPs passaram a ser alvo de ataques, incluindo a morte de policiais em serviço. E a polícia também cometeu erros, simbolizados pelas cruéis imagens da servente Claudia Silva Ferreira, que foi arrastada no asfalto por um carro da PM durante um possível resgate, após ser baleada no Morro da Congonha, em Madureira.

“Os conflitos entre grupos armados e as UPPs deixam moradores que sempre estiveram vulneráveis em situação de terror”, afirma Jorge Luiz Barbosa, coordenador da ONG Observatório das Favelas. Para ele, a ocupação do Complexo da Maré pelo Exército no fim de semana reforça a militarização do processo de pacificação. “Havia uma demanda de que os serviços públicos também chegassem às comunidades, o que não está acontecendo.”

 

Genilson Araújo/Parceiro/Agência O Globo

Vista aérea da Perimetral: “O carioca está cansado de obras que têm que ser feitas, do trânsito que não tinha. Talvez esteja com pouca paciência, mas adora a cidade”, diz Mussnich

 

Mas os sinais de cansaço não estão apenas na esfera pública. O Índice de Confiança do Empresário (ICE), medido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), voltou a cair no começo do ano, depois de ensaiar uma recuperação no fim do segundo semestre de 2013. Ainda de acordo com a Firjan, o mercado de trabalho reflete esse estado de espírito: a geração de vagas registrou o pior resultado em dez anos em 2013. As oportunidades na construção civil – um dos setores mais ativos no Rio -, no ano passado, caíram para menos de 10% de 2012.

A previsão de investimentos na cidade é alta como nunca. Entre 2012 e 2014 soma US$ 18 bilhões, incluindo os US$ 5 bilhões em 48 projetos intermediados pela agência de promoção de investimentos Rio Negócios desde sua criação, em 2010. Já as obras de mobilidade e reestruturação urbana incluídas no pacote da Olimpíada representam mais US$ 8 bilhões. As informações são da Rio Negócios com base em dados da Firjan.

O economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mauro Osório, especialista em economia fluminense, avalia que o Rio sofre por ter pouca reflexão sobre a própria realidade, o que faz o carioca ir da euforia à insatisfação sem muita sustentação. “Fiquei impressionado com o apoio da população à greve dos garis.”

A cidade é também a que tem mais jovens entre as três maiores regiões metropolitanas, na categoria dos chamados “nem nem”, de acordo com Osório. São os que nem trabalham nem estudam. Totalizam 26,8% ante 23,2%, de São Paulo, e 19,9%, de Belo Horizonte. Em alguns bairros, como Santa Cruz e Jacarezinho, esse índice chega a quase 40%. Na Rocinha, favela com o maior proporção de trabalhadores com carteira assinada da cidade, o percentual dos “nem nem” fica em 28%.

O salário médio no Rio, que em 2002 era de 85% do que é pago em São Paulo, ultrapassou a média do Estado vizinho e hoje é equivalente, de acordo com dados levantados pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio). Mas não parece suficiente para compensar os aumentos da cesta de compras. Enquanto no Brasil, dos 50 itens que mais subiram em 2013, apenas 6 não são alimentos, no Rio, esses itens representam pouco mais da metade dos que mais pressionaram a inflação. Na lista das 50 maiores altas, estão psicólogos (6º item, com alta de 24,5%), joias (11º item, com 20,9%) e estacionamento, cujo aumento foi de 17,8% em 2013, além de clubes e aluguéis.

O custo de morar no Rio é um capítulo à parte nesse enredo repleto de efeitos colaterais por causa da Olimpíada e da Copa. “O carioca teve que optar por imóvel menor ou em localizações menos valorizadas”, diz Fernando Schneider, diretor da administradora de imóveis Apsa, uma das maiores da cidade.

Neste ano, para se manter em um apartamento de dois quartos, com 75 m2 em Ipanema ou no Leblon, o carioca tem que desembolsar 70% mais do que em 2009, antes de a cidade ser escolhida para sediar a Olimpíada. Outra opção foi migrar para Copacabana ou Flamengo, de onde quem não quis aumentar os gastos com moradia teve que sair para desembarcar na Zona Norte, como Tijuca ou Jacarepaguá. “Esses preços de 2009 são muito próximos dos preços dos apartamentos quarto e sala nesses mesmos bairros em 2014. É o custo para se manter na Zona Sul.”

O setor privado também enfrenta o mau humor do carioca, que neste verão lançou mão da irreverência em movimentos cujo mote era a crítica aos preços de alimentos e serviços na cidade. Foi daí que nasceram os movimentos nas redes sociais Rio Surreal, cujo mote é a denúncia de preços considerados extorsivos, e Isoporzinho, prática de levar para a rua a própria bebida em “coolers” que, até há algum tempo, era encarada de olho torto pelo carioca e recebia o apelido pejorativo de “farofa”.

“Houve excessos. O setor [serviços] tem que ser competitivo. Não adianta varrer os problemas para debaixo do tapete. Tem que discutir e admitir que ninguém tem a resposta”, diz Pedro de Lamare, presidente do SindRio, que fez um estudo para tentar explicar a alta dos preços dos serviços e descobriu novos fatores de pressão, para além dos aluguéis e da inflação de alimentos e mão de obra, como a demanda por segurança privada. “Esse item consome 1% do faturamento do setor. Alguns restaurantes que não tinham segurança estão contratando.” Após ser assaltado recentemente, o CT Trattorie, restaurante do cultuado chef Claude Troisgros no Jardim Botânico, aderiu à segurança particular, segundo Lamare.

 

Leo Correa/AP / Leo Correa/AP

Operação militar no Complexo da Maré: “Há ansiedade em relação a vários assuntos e o tema da segurança, na minha opinião, está no topo da lista”, observa Arminio Fraga, um apaixonado pelo Rio

 

Todos esses indicadores, na avaliação de Tereza Lobo, do Rio Como Vamos, são insuficientes para compreender a dinâmica atual da cidade. Os principais gatilhos para essa percepção, em sua opinião, estão na mobilidade e na segurança, mas também existe uma grande insatisfação com os serviços. O carioca reconhece melhorias, principalmente na educação e na saúde, mas, quando precisa atribuir notas, é duro na avaliação, feita para as pesquisas do movimento. “Houve uma euforia com a Copa e a Olimpíada, estimulada pelo próprio governo, que, agora, volta como frustração. Mas isso não quer dizer que o carioca entrou em depressão.”

Tereza analisa os indicadores de criminalidade, vê retrocesso, mas confirma que a cidade, como pondera o prefeito, está melhor. Os roubos na rua, por exemplo, subiram 19% em 2013, mas ainda estão cerca de 30% abaixo do registrado em 2009. O alerta se acende ao observar os indicadores do mal das grandes cidades na violência no trânsito, que pioram ano a ano. “Menos de 10% dos cariocas consideram o trânsito bom; 75% dos entrevistados citam a lentidão como o principal motivo, mas as outras razões estão associadas à postura dos próprios motoristas e do poder público”, diz. “Não adianta só fazer campanha, tem que fiscalizar e punir.”

Na prefeitura da capital, o esforço para destravar a insatisfação mobiliza uma força-tarefa de comunicação. A estratégia se sustenta nos dados sobre investimentos compilados pela Rio Negócios, na avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que rebaixou a nota de crédito do Brasil, mas manteve o “grau de investimento”, e também de um discurso mais “pé no chão” do prefeito.

A pesquisadora Patrícia Cerqueira Reis, especialista em marketing de cidades da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), defende a tática mais realista ao discurso ufanista. O risco da retórica descolada da realidade seria o carioca entrar em uma espécie de síndrome da propaganda de margarina: “Olha a imagem que é vendida da cidade, mas não se reconhece”.

“Essa imagem corresponde ao que o turista quer vivenciar quando vem ao Rio, mas não ao que o carioca vive aqui. É uma construção estereotipada, que é promovida pela própria prefeitura e acaba caindo no descrédito”, diz. “A imagem do carioca alegre, que está sempre de bem com a vida, nem sempre corresponde à realidade.”

Uma pesquisa do Instituto Ipsos SMX, feita a partir de menções espontâneas na internet, constatou que, entre fevereiro e março, 29% dos pesquisados demonstram um sentimento negativo em “ser carioca”, mas a maioria (62%) exibe aspectos positivos.

Carioca emblemático, morador do Leblon e botafoguense, o advogado Francisco Mussnich, responsável por boa parte das mais vultosas operações de fusão e aquisição no Brasil, diz que é preciso ser fiel ao Rio. “O carioca está cansado de obras que têm que ser feitas, do trânsito que não tinha. Sente-se desprotegido. Talvez esteja com pouca paciência, mas adora a cidade”, observa.

Na mesma linha, Fraga aproveita para recolocar na pauta a despoluição das águas da cidade, cujo símbolo máximo é a Baía de Guanabara. “O prazo de preparação para os Jogos [Olímpicos] não era suficiente. Todo mundo sabe que isso é trabalho para uma geração. Mas sonho com um Rio cada vez mais verde. O meio ambiente aqui deveria ser sagrado. Tem tudo a ver com a vocação da cidade”, afirma.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

19 Comentários

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  1. RJ

    Gilberto,

    Parei de ler logo no início, pois já sei o que vem depois.

    A situação atual do RJ é semelhante, ou melhor, bem maior que o Favela Bairro, Rio Cidade e Rio Orla, todos os três programas violentamente contestado quando de suas execuções, e depois de prontos praticamente zero contestação.

    O que deveria ser comentado, uma solução eficiente para melhorar a extremamente poluída Baía de Guanabara, que tem PDBG- Programa de Despoluição da Baía de Guanabara que pouco fez desde 1992, nenhuma linha. 

    Como o Valor é publicação dos Marinho, a reportagem também omite a recente intervenção federal no Complexo da Maré, a pedido do próprio governo estadual, algo realmente surrealista. A ênfase ao assalto à mão armada promovido pela rede de hotéis e por muitos comerciantes ( omelete a 90 reais na Av.Atlântica) também seria bem vinda.

    O grupo não se conforma por não ter ocorrido o tão anunciado caosaereo, agora a bola da vez é a Copa 2014 e as obras em curso na cidade, todas atrasadas rsrsrs. Sugiro aguardar pelo término das mesmas e seus resultados na prática quando então todos poderão criticar ou elogiar.

    Um abraço 

  2. Rio ainda está melhor que a maioria das capitais

    A UPP é um sucesso, problema é que o Sérgio Cabral tem aliados ligados aos milicianos (há poucas UPPs na região oeste) e não investiu na melhoria dos indicadores sociais para evitar que jovens sem perspectivas ingressem no tráfico (preferiu terceirizar o trabalho social para as ONGs e o Luciano Huck se autopromover).

    As obras das Olimpíadas ainda são menos atrasadas que as da Copa.

    A solução do Rio é política, o PT nunca teve tanta chance de eleger um governador no estado como agora, como o PT nunca foi forte na Baixada Fluminense Lindbergh está grudado no legado Brizolista prometendo recuperar os CIEPS em seu projeto original e seria ótimo se sua chapa apoiar Brizola Neto para o Senado.

  3. rio

    A foto acima do desmonte da perimetral relalitiviza o tom de fim de mundo da reportagem. O Rio tem obras por todo lado e a maior delas, a destruição do mostrengo da perimetral, é espetacular. Sem dúvida é lamentavel o aumento do custo de viver nessa cidade e ainda vê-la cronicamente dominada por milícias, donos de empresas de ônibus e, imobiliárias. Lamentável que projeto das UPPs se esgote, como parece, em ocupação policial.

  4. Reforma em casa sempre é um

    Reforma em casa sempre é um transtorno. Imagina em uma cidade inteira… . O Rio de Janeiro está tendo uma oportunidade que poucas cidades do mundo já tiveram. A possibilidade de se refazer.

    Reclamar do caos urbano que essas obras causam é humano, mas também tem certo componente de mesquinhez.

    Se muda, reclama. Se não muda, reclama também.

     

  5. E tudo com comentário do

    E tudo com comentário do nauFraga como a cereja do bolo.

    Frise que eu sou paulista.

    Estive no Rio a cerca de um mês. Dei várias risadas. A cidade maravilhosa continua maravilhosa, maltratada sim mas maravilhosa.

    Com um taxista troquei idéia sobre a visão de moradores de rua com a presença de alguns crakeiros e escutei um comentário recheado de compaixão sem ser piegas ou idealista. Realista com compaixão. Um cidadão.

    Tem muito que melhorar no Rio como em muitas outras cidades e locais.

    Um bom começo para melhorar a vida do povo é combatendo a sonegação de impostos. Uma boa pauta para o Valor, não?

  6. Mais uma do consórcio Globo/Folha

    Vindo dessa dupla, o que primeiro se deve esperar são matérias dirigidas conforme o interesse político do grupo. Esta parece feita sob medida para reforçar o pessimismo, sobretudo da classe média B, pelos exemplos que cita. Com que finalidade? Ou, como perguntavam os romanos, cui prodest?, quem sai ou quer sair ganhando com isso? Não consigo atinar.

    E tem sempre o infalível “mas” para desmerecer as coisas boas. P. ex., fala no aumento dos salários, que empataram com os de SP, o que já era sabido, mas essa melhoria, de cujos benefícios não diz palavra, “não parece suficiente para compensar os aumentos da cesta de compras”. Para comprovar que apesar dos salários melhores, a vida ficou pior para o carioca — a ponto de o pobre coitado que morava no Leblon ou Ipanema ter de mudar, que horror!, para Copacabana por causa dos alugueis –, ressalta o aumento escandaloso de itens básicos na cesta de compras do povo da Maravilhosa, como joias, estacionamento e clubes. Fala muito de passagem, sem dar nenhum destaque, num dado alvissareiro,escondidinho no meio dos escandalosos aumentos desses itens essenciais: os alimentos, que sempre tiveram peso considerável, representam menos da metade dos 50 itens, enquanto “no Brasil” apenas 6 dos 50 itens não são alimentos.

    Que valor pode ter essa reportagem do Valor?

    P.S. Por que foram pedir a opinião do financista tucano Armínio Fraga? Que papel ele representa na vida da cidade?

  7. Essa saiu quentinha da

    Essa saiu quentinha da editoria do vai dar m*** . Em período pré eleitoral , até notícia de falecimento tem que ser lida com desconfiança …

  8. “Uma pesquisa do Instituto

    “Uma pesquisa do Instituto Ipsos SMX, feita a partir de menções espontâneas na internet, constatou que, entre fevereiro e março, 29% dos pesquisados demonstram um sentimento negativo em “ser carioca”, mas a maioria (62%) exibe aspectos positivos.”

    Não entendi isso. O que eu vejo é a sensação de “não me representa” diante desses estereótipos que os jornalistas e publicitários insistem e insistem.

    Outra coisa que insistem e insistem é na blindagem da dupla do PMDB, que, na verdade, têm o PSDB no A(U)DN! Ninguém tem informação NENHUMA sobre os contratos assinados com as empreiteiras.

    O Sergio Cabral caiu em desgraça por causa das manifestações. Até então o que se falava sobre ele e o tal Cavendish, por exemplo, mesmo com o debate nacional acontecendo, era quase nada.

    Há um sério rumor – vejam só o que se fala nos “lares e nos bares”, como escrevia o paulista Joelmir Beting no Oglobo – de que ele é chantageado pela mulher que é advogada de um escritório que defende empreiteiras e concessionárias no Estado. Já vi cena de transmissão do “carnaval da globo” dele dando uma beijoca numa lá e fazendo sinal com as mãos de depois eu te ligo, rsrsrs…. Haha, exmulher é pra sempre! Quem vazou as fotos da confraria do chapel/guardanapo em Paris? É óbvio que foi alguém do petit comité, ora, ora…

  9. Dinheiro não trouxe felicidade?

    Eu vinha lendo, vinha lendo, até que esbarrei no comentário do Armínio Fraga. Nada sério pode trazer a opinião deste cafetão das finanças.

    O resto do texto é caótico. Tenta arrumar alguma relação de causa e efeito entre investimento e felicidade, grana disponível e tomada hostil do território para especulação imobiliária e capitalismo de eventos, com o bem estar da população.

    Isto é: “Como, com tanta grana rolando, os cariocas não estão exultantes como deveriam?”.

    E se lançam a tentar buscar justificativas esdrúxulas:

    – Especulação imobiliária? Uai, o sistema capitalista, de tempos em tempos “rearruma” as cidades (desde D.João em 1808), não há novidade a ser incorporada no humor ou ânimo carioca (seja lá o que isto queira dizer).

    – Segurança? O problema não é (apenas) medir índices, mas alterar as abordagens. O que acontece hoje (e sempre) é outro ciclo de soluções mágicas que se esvaziam quando chamadas a intervir na realidade.

    Assim como nos outros temas, não existe nada de novo que pudesse ter remexido as estruturas sociais e da desigualdade carioca, desde ontem e sempre. 

    De quebra, o terrível (e longuíssimo) texto reproduz os mesmos chavões sobre segurança, tomando como referência a fraude da UPP.

    E bem lá no fundo, escamoteado na mensagem, a tentativa de nos empulhar um tal de “espírio hospitaleiro ou malandragem carioca” que foram criados para esconder as contradições de classes, violência extrema, segregação geográfica e social dos pobres, e muito, mas muito patrimonialismo disfarçado sob a cordialidade sérgiobuarquiana.

    Tolice. O Rio e seus moradores contiunuam os mesmos de sempre, com seus defeitos e suas virtudes, assim como estão os paulistas ou paulistanos, belorizontinos, potiguares, etc.

    Como eu disse no início, nada que tenha ouvido a opinião do Armínio merece crédito (deculpem o trocadilho infame).

  10. matéria divertida
    Pra comentar sobre a percepção dos cariocas a respeito da cidade, convocam o Armínio Fraga. Típica figura carioca, todo sábado tá num samba na Lapa (só que não). E ele fala, veja só que inesperado, que o problema é a segurança. Afinal, qual outro problema dele a cidade pode resolver, além do medo de alguém tomar o que ele tem?
    (no final tem uma palavra do Francisco Mussnich, outro exemplo do típico carioca)

    Aí fala do trânsito, que tem engarrafamento e tal por causa das obras, mas sem mencionar a palavra “ônibus”. Alguma palavra sobre a situação dos trens e metrô que estão quebrando um dia sim e no outro também? Enquanto isso as passagens só aumentam.

    Como exemplo dos aumentos dos aluguéis, apartamentos em Copacabana e Flamengo. A Zona Norte deles é Tijuca e Jacarepaguá (que fica na zona oeste).

    Mas a cereja do bolo é o exemplo do Trattorie como aumento dos custos de segurança. Na boa: provavelmente 90% dos cariocas nunca ouviram falar do Trattorie e outros 9% não sabem onde é. O que acontece com ele não tem o menor impacto na cidade. Alguma palavra sobre as contratações de segurança das empresas no entorno das favelas, que tiveram um grande aumento de criminalidade com implantação das UPPs?

    A única coisa que consegui aproveitar da matéria é que estão querendo livrar a cara do Eduardo Paes, mas pelo jeitão da matéria, não é com o povo carioca.

  11. O que o petismo ganha defendendo cabralzinho?

    Se a Dilma aparecer no palanque com Fernandinho Beiramar, terá mais votos np Rio do que se aparecer com o cabralzinho. Pelo menos aquele é bandido assumido e não organiza quadrilha, para assaltar o dinheiro público e o patrimônio de todos cariocas. O PT não ganha nada na aliança com o crápula que desgoverna o Rio. A área portuária, um espaço maior do que Copacabana, está sendo doada/privatizada, enquanto pobres das imediações estão sendo, removidos para onde Judas perdeu as meias; nem um palmo quadrado dessa gigantesca área urbana será dedicado a moradia social, o que deveria ser prioridade, estabelecida legalmente, para propriedades que pertencem a União.

    Na concepção elitista de planejamento urbano da dupla cabralzinho/eduzinho, pobre tem de morar em lugar pobre, com infraestrutura urbana pobre, transporte público pobre, saneamento pobre, educação pobre, saúde pobre, enfim, depois de servir e trabalhar para os ricos, “a elite brasileira quer que eles desapareçam”, como diz Ermínia Maricato aos 2:30 no vídeo abaixo, “se possível virem vapor”. Até agora só li nesta postagem, comentários que parecem se conformar com o elitismo que norteia o planejamento urbano do Rio, por essa herança do mais escroto chaguismo que é o PMDB carioca.

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=Ctadh7ehMQo%5D
     

    1. RJ

      Almeida,

      Até aqui ninguém elogiou ou se conforma com o partido adotado para o planejamento urbano da cidade.

      No meu caso, digo que se deve esperar pela conclusão das obras, até porque pela metade não podem ficar, e depois de prontas, que venham as críticas ou elogios, estes raríssimos quando se trata de obra pública.

      Sobre a área do porto, nunca foi motivo de preocupação por parte de nenhum governante, vem um e resolve revitaçlizar aquela área inteiramente depauperada e todos reclamam, devem achar normal o porto de uma cidade turística como o RJ suportar uma meia dúzia de navios.

      Quanto às remoções naquela região, sei que a maoria dos imóveis objeto de demolição eram da RFFSA  e também sei que ninguém ficou ao relento.

      Sobre as desapropriações, tiveram preço justo, possivelmente superior ao de mercado quando o o valor foi estabelecido – não é possível comparar um preço quando a intervenção não tinha sido iniciada com o preço depois que as obras avançam ou estejam concluídas. Não tenho qualquer interesse $$ nem faço parte de nenhuma destas intervenções, mas five conhecimento da rotina as desapropriações.

      Quanto à percepção da senhora citada, concordo com a visão da elirte brasileira, e não apenas da carioca a resperito dos 3P, e discordo com certeza em relação à infraestrutura urbana pobre e saneamento pobre no caso da dupla de governantes, pois qualquer condomínio residencial MCMVida ou de outro Programa oficial é dotado de tudo isto.

      Crítica boa é a respeito dos prédios construídos nas favelas da zona sul, de alguns andares e sem qualquer licença de ninguém, mas ninguém toca neste assunto – acho estranho.

      Um abraço 

       

      1. E o Morro da Providência que nunca foi tomada?

        Fica ali do lado, você sabe. As pessoas estão sendo removidas dali, mas não reservam para elas, nenhum imóvel nas áreas que pertencem a União logo ao lado, na área portuária. Elas serão enviadas para caixa prego, para onde o vento faz a curva; o mesmo está acontecendo com as remoções vizinhas do Maracanã. Imagina, se a elite vai reservar área nobre para pobre. Vão doar o pedaço para os financiadores de campanhas eleitorais, no processo de assalto de patrimônio público chamado de privatização. Quem é que vê problema na assentamento de pobres na área portuária, a esquerda ou a direita? Parece que existe “esquerda” incomodada com pobre em área nobre.

        O que o pessoal faz aqui nos comentários é o seguinte: as reportagens estão n’O Globo e publicações afins do que se chama de PIG, então tratam de desqualificá-las como improcedentes e acabam fazendo a defesa indireta da dupla cabralzinho/eduzinho e seus desatinos. Enviar pobres para as cidades-de deus-me-livre, para as vilas-kennedys-minha-casa da vida, os parque-antares-sucursais-do-inferno habitacionais, para que eles possam chegar ao emprego através de três conduções e duas ou três horas depois. Isto já se fazia desde a administração lacerdista, teve continuidade depois durante a ditadura e tal política prossegue no atual governo.

        Ermínia Maricato e Raquel Rolnik, você deveria saber, estão entre as maiores responsáveis e colaboradoras, para a formulação de políticas urbanas do Partido dos Trabalhadores, que ele não segue nesses três mandatos. Suas críticas à rendição petista e recuo na reforma urbana precisam ser ouvidas e repercutidas, a esquerda sempre se orgulhou de fazer autocrítica; para quem bate no peito que enfrentou ditadura, qual é o medo de enfrentar um editorialzinho d’O Globo, outro do Estadão, “crônicas” do Jabor e blogueiros raivosos da Veja? Medo deles darem novo golpe e implantarem nova ditadura? Para quê existe esquerda se não for para se confrontar com a direita?

        A favela do Morro da Providência, que nunca foi tomada, nasceu com o próprio termo que designa os guetos precários, favela, onde habitam o pobres do país. Eram soldados cariocas veteranos da campanha de Canudos, que ao retornarem ao Rio, cobraram as promessas que lhes foram feitas e não cumpridas, acampando no Campo de Santana. Então, para se livrarem daquele acampamento incômodo, nova promessa lhes fizeram, para que  que aguardassem a “providência” acampando no morro que ficava adiante. Os participantes identificavam-se como veteranos das lutas no Morro da Favela, em Canudos, o morro do novo acampamento receberia os dois nomes, da Favela e da Providência. O primeiro passou a designar todos os guetos precários onde moram os pobres, o morro então identificou-se como da providência que nunca veio, ou melhor, chega agora repetindo o mesmo: a providência de enviar pobres para novos acampamentos, agora perfumados de MCMVida, que providencia novas favelas, longe dos ricos, é claro.

        Em tempo, conheço no Brasil cidades inteiras, com milhões de habitantes até, que, com o descaso no urbanismo e as precariedades de saneamento, podem ser consideradas integralmente cidades-favela; todas enquadradas como “cidades-dormitório” estão nessa categoria, são reles acampamento, cidades-senzala.

        1. Urbanização x Remoção

          Almeida,

          Não conheço a situação do Morro da Providência, nem qual foi o critério utilizado para a remoção, já que não foi desapropriação – as circunstâncias são diferrentes. 

          Já vi $$$ para remoções em locais semelhantes na zona sul, isto é, para famílias reconhecidamente invasoras, naqueles casos $$$ para as construções existentes, casas, muros, etc… Eu discordo quanto a esta situação, pois não compreendo invasões em lugar nenhum,  mas é mera opinião pessoal, pois govermos se comportam de modo diferente. Tenho informação ( não especificamente em relação ao morro da Providência) que ninguém  ficou ao relento.

          Não vejo nada de errado com o MCMVida, são condomínios dotados de completa infra-estrutura, algo que uma família removida não tinha. Quanto à distância em relação ao Centro, é inevitável em função do preço dos terrenos, que inviabilzam qualquer programa de casa própria para faixa até 10 s.m. O município do RJ deve ter a menor relação população / MCMVida do país.

          Entendo que uma remoção deste tipo tem um sério problema além da distância física, é a dificuldade para a ida e volta diária para o trabalho,  e o pior de tudo,a falta de oportunidade de trabalho que se verifica em alguns lugares, mas não em todos eles.

          Conheço muitos críticos em matéria de políticas de urbanização, já que é posição smpre confortável. Quanto às premissas do pessoal do PT,para o assunto, normalmente discordo pelo fato de não apresentarem a necessária substância, pois é matéria cada vez mais séria, não permite sonhos – por mais de um motivo, entendo que, nos próximos anos, muitas famílias de baixa renda procurarão a região de acesso a Campo Grande e Santa Cruz para viver, é a região atendida pela TransOeste e que oferece oprtunidade de trabalho,sendo também dotada de infra-estrutura na maior parte dos locais. 

          Um abraço 

    2. Populaçôes

      Em tempo,

      Para os críticos, o Complexo da Maré tem 130 mil pessoas e a Rocinha baixou de 140 mil pessoas (a maior favela da Améica Latina, era a propaganda enganosa, pois é na Cidade do México que está a maior de todas, com mais de 500 mil pessoas) para os atuais 70 mil, os dois números tão legítimos quanto o dos quase dois milhões de pessoas no Reveillon em Copacabana.

      O primeiro não chega a 40 mil, e osegundo a 50 mil, basta fazer um Censo correto, isto é,sem viés político. Como eu sempre digo, a turma do palpite e até mesmo alguns de governos precisam sair do ar condicionado de vez em quando.

  12. Não seria melhor esperar as obras terminarem?

    Alguém já fez alguma obra em casa?

    Imagina isso em vários pontos de uma cidade ao mesmo tempo?

    Sem Copa e Olimpíadas nada disso aconteceria e sendo esta oportunidade única acho que é necessário ter paciência até que as coisas comecem a funcionar.

    Infelizmente temos o calendário para atrapalhar. São os eventos, são as eleições.

    Sempre funcionou assim e continuará desta forma.

    Moro em frente a Transcarioca e o que tenho a chamar atenção é a qualidade da obra.

    A obra em si é muito importante e dou todo apoio.

    O engraçado é que ainda não vi nenhuma reportagem abordando esta questão da qualidade.

    De uns tempos pra cá só consigo ver um forte viés crítico sem considerar a magnitude das intervenções.

    Fico imaginando como deve ter sido complicado pra construir a Av Rio Branco e a Av Pres Vargas.

     

  13. Matéria morta

    Postei ontei no fora de pauta esta matéria. Friso que a escolhi pela primariedade, não pela pertinência. Parece o trabalho de um ginasiano que copiou e colou dados, sem ser capaz de conecta-los. 

    Alguns aqui já criticaram alguns pontos. Confesso que nem sei por onde começar de tão ruim que é o texto. Mas, vamos lá:

    A previsão de investimentos na cidade é alta como nunca. Entre 2012 e 2014 soma US$ 18 bilhões, incluindo os US$ 5 bilhões em 48 projetos intermediados pela agência de promoção de investimentos Rio Negócios desde sua criação, em 2010. Já as obras de mobilidade e reestruturação urbana incluídas no pacote da Olimpíada representam mais US$ 8 bilhões. As informações são da Rio Negócios com base em dados da Firjan.

    São portanto, até agora, U$ 26 bilhões ou R$ 58,5 bilhões. Vocês se deram conta deste número? É, para efeito de comparação, mais que o orçamento aprovado de São Paulo em 2014 (R$ 50,6 bilhões). Há pouco de resultado visível deste investimento que, creio eu, se junta ao orçamento da cidade.

    O pior, é que a matéria vai buscar pessoas, com pouca ou nenhuma representatividade, apenas para tentar demonstrar… o que mesmo? Um puro sentimento de mau humor subjetivo?  Um choque de realidade?

     

  14. Rio, cidade partida

    No Rio, a democracia não chegou aos setores aos setores populares. Não frase melhor do que a definição de Paulo Lins: “A democeacia só é boa para a classe média branca.” É ela que se beneficia de todos os predicados da cidadania. Não soubemos aproveitar os investimentos, só aumentamos as disparidades sociais.

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