Flávio Bolsonaro falta à acareação com empresário que o acusou

Audiência em que Flávio Bolsonaro teria que ficar frente a frente, diante dos investigadores, com o empresário Paulo Marinho estava marcada para hoje (21)

Foto: Divulgação

Jornal GGN – A audiência em que Flávio Bolsonaro teria que ficar frente a frente, diante dos investigadores, com o empresário Paulo Marinho, que acusou o senador e filho do presidente de receber informações privilegiadas sobre a Operação Furna da Onça, em 2018, estava marcada para ocorrer hoje (21). Mas Flávio não compareceu.

Enquanto o senador negava, nas redes sociais, as acusações detalhadas de Marinho, o parlamentar se ausentou da acareação definida pelo Ministério Público Federal (MPF), que quis colocar ambos um de frente para o outro para confrontar as diferentes versões sobre o caso.

O empresário acusou Flávio de ter tido acesso antecipado a ação da Polícia Federal contra o seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. A Operação foi deflagrada em novembro de 2018, período eleitoral. Marinho é presidente do PSDB no Rio e disputa este ano as eleições à Prefeitura.

Ele concedeu três depoimentos aos investigadores, dois deles à Polícia Federal e um ao Ministério Público, trazendo detalhes de como o vazamento à Flávio Bolsonaro ocorreu, naquela ocasião, ano também em que Jair Bolsonaro venceu as eleições.

Ao ser intimado a prestar depoimento, os detalhes dados por Marinho foram apresentados pelos investigadores à Flávio. Entretanto, o senador filho do presidente negou a acusação e disse que as declarações de Marinho tinham objetivos eleitorais, já que disputa este ano o comando da capital fluminense.

Contestando amplamente nas redes sociais, Flávio Bolsonaro dizia que a acusação de ter recebido informações antecipadas da Furna da Onça é “uma invenção de alguém desesperado e sem votos”. Por outro lado, no depoimento ao MPF, ele admitiu que se encontrou com Paulo Marinho, em dezembro de 2018.

No dia 20 de julho, o empresário confrontou novamente as negativas de Flávio nas redes sociais e disse que estava “à disposição do MPF para a acareação”, que é o confronto das versões de ambos diante dos investigadores.

“Estou à disposição do MPF para a acareação com o senador – é só marcar data, hora e local que lá estarei. Reafirmo tudo que relatei nos meus três depoimentos. Já o senador assumiu que esteve na minha casa na reunião do dia 13/12/18, mas não soube de nada. Francamente, senador!”.

O MPF aceitou a sugestão de Marinho e decidiu intimá-los a prestar depoimento, frente à frente para as autoridades, neste 21 de setembro. O empresário esteve no local, na sede do MPF no centro do Rio de Janeiro. Mas Flávio Bolsonaro, não.

“Com certeza alguém mentiu, né? E não fui eu”, disse Marinho.

Em reposta, a advogada de Flávio, Luciana Pires, havia dito na última sexta-feira (18) que o senador não iria. “Não precisa justificar. A prerrogativa já diz que ele pode escolher dia, hora e local”, justificou. Segundo ela, o parlamentar iria propor outra data.

 

Redação

7 Comentários

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    1. foi fazer a dancinha doida, do jegue do Sikeira Jr. Depois de ter sujado as calças no debate da tv, viu que seus nervos não aguentam segurar o esfíncter, quando fica frente a frente com uma oposição. A valentia é um elemento familiar, apesar do constante medo de ser pego, o que também é genético.

  1. O flavinho medrou. Ou ele vai confirmar o que o seu acusador diz através do seu silêncio, pois quem cala, consente, ou ele vai se preparar tomando uma boa dose antecipada de enteroviofórmio para não fazer feio durante o grande embate da acareação.

  2. O senador preferiu estar em um programa jornalixo.
    Agora, considere, caro leitor. Além de não comparecer à acareação por nenhum motivo, um senador da República esteve, no mesmo horário, em um programa de televisão. O senador não deveria estar trabalhando (é uma pergunta retórica)?
    Alguns diriam, bundão, vagabundo, filhinho de papai. Será que é isso mesmo?

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