Juíza que elogiou atos golpistas foi apontada em acusação de compra de decisões para a JBS

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Filha da juíza Maria do Carmo Cardoso foi acusada, em 2017, de negociar compra de decisões favoráveis à JBS em tribunais

Foto: Divulgação TRF-1

A juíza do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Maria do Carmo Cardoso, teve as redes sociais bloqueadas após elogiar os atos golpistas de bolsonaristas. Em 2017, a sua filha, advogada Renata Prado de Araújo, foi acusada de negociar a compra de decisões favoráveis à JBS em tribunais superiores.

Como mostramos aqui, a desembargadora teve as redes sociais bloqueadas pelo Conselho Nacional de Justiça, por elogiar os atos golpistas em frente aos quartéis do Exército. Mas não é a primeira vez que o nome da magistrada aparece em episódios polêmicos.

Em 2017, reportagem da Veja revelou a troca de mensagens entre o então diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, e a advogada Renada Gerusa Prado de Araújo. A advogada é filha da desembargadora. E à época, traçou estratégias junto à JBS para obter decisões favoráveis a empresas do grupo.

Foram mencionados “pagamentos em espécie” para a compra das decisões. Alguns dos processos tramitavam sob a relatoria de sua mãe, a juíza Maria do Carmo Cardoso. Outros tramitavam no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As trocas de mensagens foram denunciadas pelo empresário Pedro Bettim Jacobi, ex-marido de Renata Araújo, ao Ministério Público.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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