Júri de ex-policial que matou petista em festa de aniversário é remarcado pela terceira vez

Pelo menos 12 pessoas serão ouvidas em fevereiro de 2025; defesa vai alegar que acusado agiu em legítima defesa ao invadir festa de petista

Crédito: Reprodução

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba, remarcou o júri de Jorge Guaranho, ex-policial que responde pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, executado na própria festa de aniversário por divergência política.

O júri será realizado entre 11 e 13 de fevereiro em Curitiba, em vez de Foz do Iguaçu, onde o crime aconteceu. Esta é a terceira vez que a audiência é remarcada.

Enquanto o Ministério Público do Paraná vai pedir a condenação de Guaranho por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, devido a preferência partidária e que o réu ameaçou outras pessoas ao assumir o risco de atirar, a defesa vai tentar justificar o crime como legítima defesa. 

Relembre o caso

Marcelo Arruda, guarda municipal e eleitor de Lula, foi morto enquanto comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa temática do PT. 

Guaranho invadiu a festa, gritando Bolsonaro e mito, de acordo com as testemunhas. Ele ameaçou os presentes e atirou no aniversariante, que também estava armado, tentou revidar, mas não sobreviveu ao ferimento. 

A vítima era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, tesoureiro do PT municipal e foi candidato a vice-prefeito. 

Em fevereiro, a Advocacia-Geral da União  informou que a família de Arruda, que era casado e tinha quatro filhos, será indenizada em R$ 1,7 milhão. 

Guaranho foi exonerado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e está preso  no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Datas

Inicialmente previsto para dezembro de 2023, o júri foi adiado para abril do ano seguinte porque, na ocasião, a defesa abandonou o julgamento e inviabilizou a continuidade dos trabalhos.

Já em 7 de abril, a defesa pediu uma nova data e a transferência da comarca, tendo em vista que a vítima desempenhava um papel na gestão municipal de Foz do Iguaçu e o crime teve grande repercussão na cidade, o que poderia influenciar a decisão do júri. A Justiça acatou os pedidos.

Até o momento, não houve justificativa para a nova data. Sabe-se, porém, que pelo menos 12 pessoas serão ouvidas como testemunhas. 

LEIA TAMBÉM:

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador