Menina de 11 anos estuprada em Santa Catarina consegue fazer aborto, confirma MPF

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

"O hospital comunicou ao MPF que foi procurado pela paciente e sua representante legal e adotou as providências para a interrupção da gestação", diz MPF

Confira um paralelo entre Brasil e outros países do mundo quando a pauta é aborto

O Ministério Público Federal confirmou nesta quinta-feira, 23, que a menina de 11 anos que foi estuprada em Santa Catarina conseguiu realizar o procedimento hoje, no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

O hospital comunicou ao MPF, no prazo estabelecido, que foi procurado pela paciente e sua representante legal e adotou as providências para a interrupção da gestação da menor.” A gestação estava na 29ª semana.

Quando buscou o hospital pela primeira vez, a menina estava com 22 semanas, mas a equipe médica recusou-se a fazer procedimento escudando-se numa portaria do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, que impôs um limite de 20 semanas para realização de aborto, orientação que afronta o Código Penal.

O caso foi parar nas mãos da juíza Joana Zimmer, que negou o direito à menina, alegando que era preciso defender a vida do feto. O escândalo foi revelado em reportagem conjunta do The Intercept Brasil e portal Catarinas.

A juíza deixou o caso após ser promovida por merecimento, menos de uma semana antes da matéria ser publicada. Agora, ela será investigada pela Corregedoria-Geral de Justiça, que já recebeu quatro reclamações contra a magistrada.

Leia mais: O que pode acontecer à juíza Joana Zimmer, investigada por negar aborto a menina que sofreu estupro em SC

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador