Jornal GGN – Um padre de Fortaleza deve ingressar no Programa Estadual de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH) do governo do Ceará, após ser hostilizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em missa realizada na Paróquia Nossa Senhora da Paz, no bairro Aldeota, em Fortaleza.
Aos 82 anos, o padre Lino Allegri relata em entrevista ao jornal Diário do Nordeste que as ameaças contra ele e integrantes da igreja são constantes, e ocorrem tanto por meio de WhatsApp como pelos perfis da paróquias nas redes sociais.
O religioso diz que é acusado de misturar religião e polícia ao citar a atuação do governo Bolsonaro no combate à pandemia de covid-19. O pároco chegou a ser agredido verbalmente por oito apoiadores bolsonaristas durante missa realizada no dia 04 de julho, quando lamentava a morte de mais de 500 mil pessoas na pandemia e que o descaso político em meio à tragédia era algo “não cristão”.
Uma semana após o primeiro ataque, um homem foi expulso da igreja por fiéis depois de gritar com os sacerdotes que realizavam a missa das 8h. Enquanto as notas de apoio ao religioso eram lidas, o manifestante gritou que “este padre [Lino Allegri] transformou o altar em um palanque político”.
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