Os países responsáveis pelas mudanças climáticas prometeram doar pouco mais de US$ 700 milhões para um fundo de perdas e danos gerados – porém, o valor equivale a menos de 0,2% das perdas irreversíveis sofridas pelos países em desenvolvimento.
A composição de tal fundo foi acordada na abertura do primeiro dia de reuniões da COP28, finalizada recentemente em Dubai.
Segundo o jornal The Guardian, esse fundo foi considerado uma vitória dos países em desenvolvimento, que esperavam por um compromisso por parte dos países desenvolvidos de fornecerem apoio financeiro para lidarem com a destruição em andamento.
Porém, os compromissos têm ficado muito abaixo do necessário, uma vez que as perdas e danos sofridas pelos países em desenvolvimento ultrapassam os US$ 400 bilhões/ano, com perspectiva de crescimento. As estimativas anuais para cobertura dos danos variam entre US$ 100 bilhões e US$ 580 bilhões.
De acordo com especialistas entrevistados, os fundos para perdas e danos devem ser novos e adicionais, e serem pagos como subvenções e não como empréstimo. Mas, na maioria dos casos, a natureza e o momento em que os recursos serão empregados seguem pouco claros, uma vez que existem poucas informações a respeito.
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