Energia limpa pode reduzir demanda por fósseis em mais de 25% até 2030

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Foto de Sungrow EMEA na Unsplash

O planeta precisa acelerar seu processo de transição energética e impedir a abertura de novos projetos para a exploração de combustíveis fósseis, assim como intensificar o processo de produção de energia limpa.

Relatório elaborado pela Agência Internacional de Energia (IEA) mostra que o avanço da energia limpa, aliado a adoção de medidas políticas, podem reduzir as emissões de CO2 no setor de energia em até 35% até 2030 em comparação com 2022.

A redução das emissões de metano em 75% até 2030 também é essencial para limitar o aquecimento global. Segundo o relatório, reduzir esse percentual nas operações de petróleo e gás natural custa cerca de US$ 75 bilhões em gastos cumulativos no período, o equivalente a 2% da receita líquida recebida pelas petrolíferas em 2022. 

De acordo com a IEA, a adoção de medidas que acelerem a transição é urgente para que o aquecimento global seja limitado em 1,5 °C acima da temperatura do período pré-industrial.

Além disso, a instituição afirma que a adoção de políticas rigorosas e eficazes estimulam a implantação de energia limpa e poderão reduzir a demanda por combustíveis fósseis em mais de 25% até 2030 e 80% em 2050.

Porém, projetos de petróleo e gás já aprovados precisam manter o investimento, mas com redução, enquanto o investimento para energia limpa deve ser crescente para evitar picos de preços prejudiciais.

Recorde de emissão

Segundo o documento, as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) do setor de energia atingiram um recorde de 37 bilhões de toneladas em 2022, 1% acima do nível anterior à pandemia de Covid-19 declarada em 2020, e as emissões ainda devem atingir o pico nesta década.

Por outro lado, o mercado de energia limpa teve avanço nos últimos anos, mas precisa de mais ambição para dominar o cenário – o mundo deve investir US$ 1,8 trilhão em energia limpa em 2023 e US$ 4,5 trilhões em cada ano seguinte até o início da década de 2030.

Pelos cálculos da IEA, as emissões de gases poluentes precisam diminuir 80% nas economias ricas e 60% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento até o ano de 2035, quando comparados com os níveis vistos em 2022.

Com informações do Observatório do Clima

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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