Perdas com crise climática chegam a US$ 1,5 trilhão em 2022

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Relatório destaca impacto em países pobres, tropicais e mais populosos; PIBs no sudeste asiático e sul africano têm forte queda

Foto de Kelly Sikkema na Unsplash

As economias de países mais pobres, em especial aqueles localizados no Sul Global, são afetadas de forma desproporcional pela crise climática no comparativo com seus pares mais ricos.

Relatório elaborado pelo Centro de Ciência e Política de Mudança Climática Gerard J. Mangone, da Universidade de Delaware, revela que regiões de baixa renda, tropicais e que dependem da agricultura já veem seu PIB (Produto Interno Bruto) ser afetado de forma substancial.

Por outro lado, as nações mais desenvolvidas sofrem impactos suaves, imperceptíveis ou mesmo benefícios temporários com as mudanças climáticas.

Os países listados pela ONU como os menos desenvolvidos do mundo amargam uma perda média de 8,3% em seus PIBs, na comparação com um cenário sem mudanças climáticas.

A situação mais grave é vista nos países do Sudeste asiático, com uma perda média de 14,1% nos PIBs, e no Sul da África, com uma perda de 11,2%. Na outra ponta, países europeus registraram aumento médio de 4,7% em seus PIBs.

Impacto nos países ricos

Nem mesmo os países ricos vão passar incólumes pelas mudanças climáticas, tanto que o destaca a possibilidade de que benefícios como a economia de energia usada para aquecimento (nos casos frequentes de verões mais quentes) deem lugar a desequilíbrios econômicos e perdas materiais.

“Tanto a Europa quanto a Ásia Central apresentam estimativas de PIBs 4,7% mais altos do que teriam sem as mudanças climáticas. Esses benefícios decorrem da redução do frio no inverno, o que diminui o consumo de energia e as taxas de mortalidade, entre outros fatores”, aponta o documento.

Segundo o relatório, os benefícios tendem a acabar conforme o aquecimento continua e, de forma eventual, os efeitos energéticos e de saúde dos verões mais quentes gradualmente vão neutralizar os benefícios dos invernos amenos.

O texto destaca que Estados Unidos e a China estão atualmente próximos ao ponto em que as perdas sob temperaturas mais altas superam os benefícios dos invernos mais suaves: em 2022, os EUA apresentaram estabilidade em seu PIB em 2022, quando considerados os efeitos das mudanças climáticas na comparação com um mundo sem aquecimento. Já a China apresentou perda de 1,8%.

Leia abaixo a íntegra do documento elaborado pela Universidade de Delaware

Report-Loss_and_Damage_Today

(Com Observatório do Clima)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador