TVGGN: Pesadelo nuclear é o assunto do “Fala, Fads” de hoje, às 18h30

O Fala, FADS! desta semana discute a problemática da Energia Nuclear e seu impacto negativo na sociedade ao longo do tempo.

Card Fala, Fads!
Card do programa Fala, Fads!

É impossível dourar a pílula: para onde quer que se olhe, a história da Energia Nuclear no Brasil e da mineração de urânio deixa um rastro de contaminações, doença e morte. Ao avaliar prós e contras, a balança é negativa para essa forma de produção de energia.

Colocado na balança o peso das consequências para trabalhadores e população atingidos por essas atividades de mineração e depósito de lixo radiativo, é uma atividade que deveria ser extinta, pois trará mais mortes e doenças a extensas faixas da população para fornecer energia a complexos industriais.

Há que considerar ainda que as formas de produção industrial estão em transformação no mundo e não justificam esses investimentos. Os grandes complexos industriais, eles mesmos, buscam alternativas em virtude da pressão mundial por redução do CO2 e reduzem novos investimentos.

Ao longo dessa história da Energia Nuclear, há um misto de desconhecimento e necessidade de trabalho, para quem busca emprego, somado a uma perigosa irresponsabilidade de técnicos e governos, que levaram e levam trabalhadores e população residente nas áreas de mineração à morte.  Estamos num novo limiar do agravamento dessa história com o anúncio de mais seis usinas nucleares ao longo da região do Rio São Francisco e abertura de novas áreas da já desastrosa mineração de urânio.

Levando em conta o anúncio do governo e o tempo de execução, no curto prazo teremos somente a liberação de novas áreas de mineração de urânio, num governo que não consegue controlar nem desmatamento e garimpos ilegais por interesses pouco claros e porque desmontou órgãos de fiscalização. Que dirá mais 10 ou 12 minas de urânio.

A entrega dessas reservas e a licença de exploração por grupos industriais privados em parceria com o governo, desenha um quadro catastrófico, para meio ambiente e claro, para a saúde da população dessas e das áreas que receberão o lixo radioativo.

A linha do tempo para o anúncio do governo indica novas áreas de mineração, muito antes da construção de qualquer Usina, pois demandam muito tempo e um recurso para investimento que nem está previsto no orçamento de 2022.

Qual será o destino do Urânio enriquecido a ser retirado pelas parceiras do governo até que essas usinas sejam construídas?  O panorama desenhado é que exportemos o urânio para grandes potências com bombas nucleares e usinas e o Brasil fique com o ônus de áreas degradadas e população doente.

O Fala Fads de hoje trata desse tema: a energia nuclear, os sonhos militares de armamento nuclear que devem embalar os sonhos militares dos generais do governo e a fragilização de mais e mais faixas das populações que serão atingidas.

Para conversar conosco sobre esse assunto, temos convidadas e convidado da sociedade civil que acompanham há muitos anos essa luta:

Renato Cunha – Engenheiro, coordenador executivo do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) e membro da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB);

Monique Chessa – professora militante ecossocialistas em movimento, mãe do Francisco e coordenadora da SAPE (Sociedade Angrense de Proteção Ecológica)

Lucelia Leal – Professora, graduada em pedagogia e especialista em educação intercultural no pensamento decolonial, cacique Pankará da terra indígena Serrote dos Campos, em Itacuruba (PE);

Joelma do Couto – Facilitadora da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB) e fotodocumentarista

Para anotar na agenda: Fala FADS Pesadelo Nuclear: da mineração do urânio às chaleiras atômicas, no dia 8 de dezembro, a partir das 18h30, pela TV GGN (www.youtube.com/tvggn). Para saber mais sobre a Frente Ampla Democrática Socioambiental – FADS e assistir aos debates anteriores, acesse www.facebook.com/falafads.

Redação

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  1. Não há esperança para a estupidez da Esquerda.

    Não estou me referindo apenas às pessoas que integrarão a mesa. Temos um órgão de mídia (o GGN) que organiza um evento sem o contraditório (como se diz no Direito), um verdadeiro tribunal de linchamento. E isso ocorre no GGN porque, no ambiente da Esquerda, esse é um tema de caráter fanático-fundamentalista, com base na ignorância, que nada deve aos extremistas da antivacinação. A única diferença é que, na Esquerda, isso vem disfarçado de posição intelectualmente esclarecida, e de humanismo pró-vida.

    Como teus filhos são levianos contigo, mãe-terra. Perdão.

  2. Visto que o GGN é um dos poucos refúgios da discussão aberta e honesta sobre quaisquer temas, por que não ir a fundo, conforme comentário do leitor Antonio Domingues?
    Como sugerido pelo comentário dele, senti falta do contraditório. Sou leigo no assunto e gostaria de assistir o debate, não condenação prévia.

    Grato pelo serviço prestado pelo GGN.

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