Bolsa pensa em reavaliar metodologia

Jornal GGN – A BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) está avaliando alterar a forma como determina a importância das ações em seu índice de referência. A sinalização foi dada pelo presidente da bolsa, Edemir Pinto, segundo informações da agência de notícias Bloomberg.

Em entrevista a jornalistas no Rio de Janeiro, Edemir afirmou que um grupo começou a estudar tais alterações há oito meses, e um relatório sobre o tema deve ser apresentado em 31 de julho. Caso ocorra algum ajuste, só seria feito em dois ou três anos.

Questionado sobre a influência das empresas de Eike Batista no índice, o presidente da Bolsa afirmou que não há motivo para preocupação e que é preciso que a bolsa se preocupe em ter regras claras.

Recentemente, o índice de referência da bolsa brasileira tem sido bombardeado pelo desempenho das empresas de propriedade do empresário Eike Batista, incluindo a produtora de petróleo – segundo a Bloomberg, o papel é o mais volátil dentre os 823 que compõem o índice de mercados emergentes MSCI.

Mesmo após a capitalização realizada no mercado, o papel OGXP3 se tornou uma das ações mais pesadas da bolsa, com seu volume médio diário chegando a 179,1 milhões de ações, ante 34,5 milhões registrados em 2012 – um dos fatores de influência foi o fato de a empresa não ter cumprido suas metas de produção.